Ex-Machina: Instinto Artificial (2015)
Ex-Machina: Instinto Artificial
”Em uma casa de montanha, um jovem testa a inteligência artificial de uma robô, mas a experiência se transforma em uma batalha psicológica sombria.”
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Trailer
Por que assistir a este filme?
Filme provocativo, criativo e instigante, 'Ex-Machina' é daquelas produções que coloca o espectador para pensar do começo ao fim. Mais especificamente, sobre os caminhos da tecnologia. Afinal, o cineasta Alex Garland brinca com o sentido da vida ao contar a história do funcionário de uma grande empresa de tecnologia (Domhnall Gleeson) que vai passar alguns dias na casa do seu chefe (Oscar Isaac). O motivo? Testar uma nova inteligência artificial (Alicia Vikander). De maneira bem mais profunda do que fez 'Ela', por exemplo, o longa-metragem traz um debate existencialista que remonta à própria criação da humanidade. Quais os limites de uma inteligência artificial? Devemos ter ética com máquinas? Como lidar com esses seres robóticos quase humanos? São algumas perguntas que Gibney levanta, sem quase nunca responder, instigando o público do começo ao fim.
Matheus Mans
Editor do Filmelier
Sinopse do filme
Na casa de montanha de um talentoso bilionário da Internet, um jovem participa de uma experiência estranha: testar a inteligência artificial contida no corpo de uma linda robô. Mas a experiência acaba virando uma batalha psicológica sombria - um triângulo amoroso em que surgem lealdades entre o homem e a máquina.
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Do mesmo diretor
Guerra Civil
Após uma carreira bem-sucedida como roteirista em filmes como Extermínio e Não Me Abandone Jamais, Alex Garland construiu uma reputação como diretor com filmes como Ex_Machina: Instinto Artificial, Aniquilação e Men - Faces do Medo, cada um buscando levantar questões sobre identidade, opressão e dinâmicas de poder à sua maneira. Guerra Civil (Civil War) leva essas reflexões não tanto para o campo de batalha (como seu título pode sugerir), mas para o campo do jornalismo. A trama, em forma de road movie, se passa em uma distopia futura próxima, onde a polarização política nos Estados Unidos dividiu o país em facções em guerra sob um governo corrupto e autoritário. Com o presidente (Nick Offerman) próximo da derrota, um grupo de jornalistas veteranos (Kirsten Dunst, Wagner Moura e Stephen McKinley Henderson), junto com uma jovem fotógrafa (Cailee Spaeny, de Priscilla), decide embarcar em uma jornada perigosa para conseguir uma entrevista exclusiva e documentar o progresso da guerra. Mais do que refletir sobre a polarização política nos Estados Unidos, a abordagem de Garland é mais um reflexo do papel desempenhado pelo jornalismo e pela mídia nesse sentido. Talvez não diga nada realmente novo ou profundo sobre o assunto, e sua fascinação com o deterioro político da nação americana é quase exploratória. Mas como entretenimento, é um filme verdadeiramente absorvente, e todo o elenco é fenomenal.
Aniquilação
‘Aniquilação’ tem como mérito a mistura de estilos: ficção científica, terror, drama e aventura se juntam em uma produção com grande elenco, incluindo nomes como Natalie Portman e Oscar Isaac, por exemplo. Ambicioso, o filme leva a assinatura de Alex Garland, (de ‘Ex Machina: Instinto Artificial’) e consegue entregar um visual interessante e bons sustos, além dos fazer embarcar na aventura proposta. Falta, talvez, um desenvolvimento maior dos personagens e do roteiro em si. Ainda assim, merece ser visto pelos fãs deste tipo de longa-metragem.
Men: Faces do Medo
Foi em 2014 que o cineasta Alex Garland se tornou uma espécie de sensação entre os cinéfilos por conta de ‘Ex-Machina’, inteligente longa-metragem sobre tecnologia, inteligência artificial e o avanço das máquinas. No entanto, depois, o diretor britânico não conseguiu repetir o feito com ‘Aniquilação’. Assim, ‘Men: Faces do Medo’ se torna um filme definidor em sua carreira. A trama acompanha a história de Harper (Jessie Buckley), uma mulher que acaba de passar por uma experiência traumática: não só teve um relacionamento abusivo, como também viu seu marido morrer bem na sua frente. Em busca de saídas, ela aluga uma casa no interior da Inglaterra querendo um pouco mais de paz e, quem sabe, esquecer esses acontecimentos. ‘Men: Faces do Medo’ começa muito bem: não só Buckley (‘Estou Pensando em Acabar com Tudo’) está realmente muito bem nessa personagem surrealista, tentando lidar com traumas enquanto todo o seu redor trabalha contra essa superação. As cenas com Rory Kinnear (‘O Jogo da Imitação’) ajudam a alavancar ainda mais a boa experiência inicial com o longa-metragem. Além disso, Garland cria um clima de terror interessante. Não só pelo jogo de cores de verde e vermelho, contrastando as sensações de acordo com os ambientes em que Harper está, como também por interessantes jogos de luz e brincadeiras visuais assustadoras. O homem misterioso e nu que aparece logo no início cria algumas cenas realmente aterrorizantes. No entanto, aos poucos, ele vai abraçando o mesmo tom adotado em ‘Aniquilação’: surrealismo misturado com uma história social sobre machismo e relacionamento abusivo, enquanto signos vão salpicando a trama e a deixando difícil de compreender. Um filme que deve deixar ânimos à flor da pele.
Ficção científica e fantasia
Megalopolis
Um arquiteto quer reconstruir a cidade de Nova York como uma utopia após um desastre devastador.
Furiosa: Uma Saga Mad Max
Após ser sequestrada do Green Place das Muitas Mães, enquanto os tiranos Dementus e Immortan Joe lutam por poder e controle, a jovem Furiosa terá que sobreviver a muitos desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa.
Dredd
Ser um páramo distópico é o futuro dos Estados Unidos. O último flagelo é Ma-Ma, uma prostituta que virou traficante de drogas com uma droga nova e perigosa. Ela pretende dominar a cidade e a única possibilidade de detê-la é um grupo de elite da polícia urbana chamado Juizes, que combina as funções de um juiz, júri e algoz em um tipo de justiça veloz e brutal. Mas mesmo o melhor Juiz Dredd (Karl Urban), descobre que acabar com Ma-Ma não é tão fácil quanto parece nesta adaptação explosiva dos quadrinhos.
Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes
Foi dito sobre a primeira parte, e pode-se dizer sobre Rebel Moon (Parte dois), da Netflix: é um filme que só será apreciado pelos fãs de Zack Snyder. O filme continua sendo uma cópia do clássico Os Sete Samurais, mas no espaço: nossos heróis, liderados por Kora (Sofia Boutella), retornam à sua pequena lua agrícola para preparar a defesa contra os invasores do Império. A história se desenrola de forma previsível (ainda mais se você viu o clássico de Kurosawa), com os habituais vícios estilísticos de Snyder: abuso de câmera lenta e simbolismo cristão gratuito. Se você gostou da anterior (ou de outros filmes do diretor), sem dúvida irá apreciá-la. Caso contrário, talvez seja melhor deixá-la passar. Leia mais na crítica completa de Rebel Moon (Parte dois).
