Trailer
Sinopse
Em 1974, Christine Chubbuck é repórter de uma emissora local de televisão. Ela acaba entrando em uma profunda crise devido às frustrações profissionais e pessoais, tomando uma decisão que os telespectadores jamais esquecerão. Baseado em fatos reais.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Uma história triste, que vai fundo nas dores da jornalista Christine Chubbuck (aqui numa grande interpretação da atriz Rebecca Hall, de ‘Vicky Cristina Barcelona’), numa história que até hoje ecoa no mundo jornalístico. Ainda assim, é um relato necessário, que ecoa nos sentimentos de frustração e depressão que temos dentro de cada um de nós em relação à vida pessoal e profissional. No final, fica uma autoanálise necessária para quem assiste. O elenco também conta com Michael C. Hall, da série 'Dexter'.

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Do mesmo diretor

O Diabo de Cada Dia
Logo de cara, é difícil não ficar impressionado com o elenco de ‘O Diabo de Cada Dia’. Dentre outros grandes nomes, estão na tela Robert Pattinson, Tom Holland, Bill Skarsgård, Sebastian Stan, Mia Wasikowska, Eliza Scanlen, Jason Clarke. Ufa. É muita gente. E, ainda assim, o diretor e roteirista Antonio Campos -- que escreveu o roteiro ao lado de seu irmão, Paulo Campos -- consegue misturar todos esses grandes nomes em uma trama interessante, ainda que não totalmente coesa e um tanto quanto arrastada. Mas, no final das contas, a mistura de elementos como violência e religiosidade acaba elevando a trama para um degrau acima, tocando no espinhoso assunto da fé e lembrando o excelente ‘Fé Corrompida’, com Ethan Hawke. Enfim, é um longa-metragem complicado, intrincado. Mas, no final das contas, a reflexão e os assuntos que vem à tona acabam compensando.
Drama

Deception
Adaptação do romance ‘Deception’ do escritor Phillip Roth, esta é versão francesa do diretor Arnaud Desplechin e fez parte da seleção do Festival de Cannes 2021. O filme segue Phillip (Denis Podalydès), um escritor americano que vive em Londres (que só fala francês) e seus relacionamentos com diversas mulheres. Contracenando com ele temos Léa Seydoux, que dá vida a uma inglesa casada, descontente com o relacionamento, e que tem um caso com o escritor. À medida que conhecemos cada uma das mulheres, fica claro que elas são apenas corpos que usamos para atrair o ego do personagem central, dono de uma total falta de consciência de seus maus tratos, o que é desconcertante. A trama ainda discute sexismo e misoginia de uma forma deveras problemática. É palatável dizer que essa é uma adaptação pretensiosa que reduz totalmente as personagens femininas ao sofrimento, mulheres irracionais que procuram um homem para serem salvas. A atuação de Seydoux é um motivo para assistir ao filme, mas mesmo isso não pode salvar um roteiro que usa a misoginia como fio condutor.

Pureza
Baseado na história real de Pureza Lopes Loyola, uma mãe que fez o possível e o impossível para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo. No filme, Dira Paes dá vida a essa mulher real e faz um trabalho delicado, potente e bonito. Com direção de Renato Barbieri (‘Cora Coralina: Todas as Vidas’), consegue construir bem está cinebiografia, com a dose necessária de emoção e desenvolvimento dos personagens. ‘Pureza’ tem uma fotografia belíssima, que destaca o poder da floresta amazônica. Sem dúvida, temos aqui uma história que merece ser conhecida.

Mentes Extraordinárias
Alexandre Jollien é um filósofo e escritor suíço que, quando nasceu, passou por um problema: o cordão umbilical enroscou em seu pescoço e, por conta desse estrangulamento, teve paralisia cerebral. Dos três aos vinte anos, viveu em uma instituição especializada para deficientes até que entrou na universidade para obter uma licenciatura em letras e, depois, um mestrado em filosofia. Em 2022, ele é o protagonista absoluto do bonito ‘Mentes Extraordinárias’. O longa-metragem conta a história de Louis (Bernard Campan), um agente funerário que atropela Igor (Jollien), um rapaz esforçado e com deficiência mental. Esse acidente une os dois em uma viagem à França adentro. É um típico road movie, que se vale da movimentação em uma estrada (ou qualquer outra coisa equivalente), para desenvolver os personagens e, acima de tudo, a relação entre pessoas -- neste caso, os diferentes Igor e Louis. ‘Mentes Extraordinárias’ já começa com o pé direito, colocando um deficiente mental no papel de um deficiente mental. Não é como ‘A Teoria de Tudo’, por exemplo, que coloca um ator que não entende a força e os desafios de uma deficiência. A direção do filme, que é assinada pelos dois protagonistas Bernard e Jollien, abraça a diversidade e coloca o longa-metragem em outra prateleira. Há diversidade, há respeito e inclusão, em um filme que também acerta na emoção, na beleza e na poesia.

A Felicidade das Coisas
Paula é uma mulher chegando na casa dos 40 anos e que tem um sonho: construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia, na cidade de Caraguatatuba, no interior de São Paulo. Esse sonho, em conjunto com esse cenário inesperado da cidade litorânea e uma relação conturbada com a família no momento, se tornam o motor de ‘A Felicidade das Coisas’. Facilmente relacionável com ‘Benzinho’, não só pela piscina, mas também pelos sonhos de uma classe média brasileira típica, o longa-metragem de estreia de Thais Fujinaga traz memórias, nostalgias e sonhos, realizados ou não, que falam muito sobre a própria realizadora, mas que podem ser facilmente identificáveis pelo público – que não necessariamente queria uma piscina na casa de praia, mas que sonhava em encontrar a felicidade nas coisas. Bom filme de estreia de Thais, que traz mais um olhar apurado sobre a vida dos brasileiros indo para além das grandes cidades e centros urbanos do país.
