Abe
Fernando Grostein AndradeAbe, um menino de 12 anos do Brooklyn, cozinha para se juntar à sua família, metade israelense e meio palestino, mas nada acontece conforme o planejado.
Fora de cartaz nos cinemas
Em breve em casa
Abe (2021)
Trailer
Sinopse
Abe, um menino de 12 anos do Brooklyn, cozinha para se juntar à sua família, metade israelense e meio palestino, mas nada acontece conforme o planejado.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
'Abe' é um daqueles filmes que podem ser comparados com um abraço. Um abraço desajeitado, é verdade. Mas ainda assim é confortável, querido. Afinal, o longa-metragem conta a simpática história de um garotinho (Noah Schnapp) que está começando a viver as emoções da juventude. De um lado, a família religiosa (formada por judeus e palestinos) tenta convencer o menino de que uma religião é melhor do que a outra. De outro, o pré-adolescente descobre e desenvolve sua paixão por gastronomia -- pouco apoiada pelos pais, vale dizer. A partir daí, mergulhamos em uma típica história de "Sessão da Tarde" sobre esse menino aprendendo na marra, e escondido da família, a cozinhar no restaurante brasileiro comandado pelo personagem do Seu Jorge. Há muitos problemas de execução, um amadorismo em algumas decisões e um tom até mesmo exageradamente leve em alguns momentos. Mas a boa mensagem sobre aceitação de 'Abe' faz com que o filme ganhe algumas camadas a mais, tornando-o emocionante na medida certa. Destaque para a química entre Schnapp e Seu Jorge.
Matheus Mans
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Do mesmo diretor
Encarcerados
Documentário inspirado no livro ‘Carcereiros’, de Drauzio Varella, ‘Encarcerados’ é mais do que um filme observativo sobre a rotina dos presídios. Com a direção tripla de Fernando Grostein Andrade (‘Abe’), Pedro Bial e Claudia Calabi, o longa-metragem mostra como os carcereiros enfrentam os dilemas modernos das rotinas das cadeias, como a relação com os presos, as nuances desse trabalho e, até mesmo, como eles tiveram que adaptar o cotidiano depois de um acordo entre o governo do estado de São Paulo com o Primeiro Comando da Capital (PCC). É um filme delicado e bem dirigido, trazendo discussões (ainda que não aprofundadas) para o colo do espectador, mostrando que os presídios podem ser uma instituição que não funciona mais. Bom para assistir de mente aberta, entendendo como esses espaços perderam o caráter de reabilitação para ser meramente punitivista.
Comédia
A Dona do Barato
Isabelle Huppert não brinca em serviço e em ‘A Dona do Barato’ não poderia ser diferente. A brilhante atriz francesa se destaca em praticamente todos os seus personagens e essa comédia é hilária. Huppert deixa a moral de lado nesta história, que acompanha uma tradutora que trabalha para a polícia e acaba se envolvendo com tráfico de drogas. Este filme é politicamente incorreto em tantos sentidos que chega a ser maravilhoso. Podemos entrar em um consenso que na comédia quase tudo é válido? O diretor Jean-Paul Salomé certamente levou isso a sério e não poupou nas críticas à sociedade e nos estereótipos. ‘A Dona do Barato’ é uma produção que não se leva a sério e para ser apreciada, exige que os espectadores embarquem nesta jornada.
Confissões de uma Garota Excluída
Esta é a adaptação do livro ‘Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática’ da escritora Thalita Rebouças, que também assumiu o roteiro do longa. Com direção de Bruno Garotti (que já tinha trabalhado com Rebouças em ‘Tudo por um Pop Star’), o filme é um ótimo exemplo de como as produções adolescentes brasileiras estão melhorando e seguindo uma ótima linha. Thalita Rebouças é um nome bem conhecido na literatura juvenil e aos poucos, está se tornando uma referência também no cinema. Com uma história divertida, conhecemos o mundo de Tetê (Klara Castanho), uma garota cheia de inseguranças que foi criada em um ambiente hostil. Ela conhece o bullying dentro e fora de casa, e quando muda de escola acaba em uma jornada de autodescoberta. Klara Castanho faz um trabalho ótimo para uma menina excluída e dramática, uma ótima síntese da adolescência, que é uma fase complicada para grande parte das pessoas. Além dela, os atores Gabriel Lima, que é o Davi na trama, e Marcus Bessa, que dá vida ao Zeca, também trazem boas atuações, que foge de diversos clichês. ‘Confissões de uma Garota Excluída’ aborda temas importantes e consegue fechar com uma mensagem importante de autoaceitação.
Meu Irmão Persegue Dinossauros
Filme delicadíssimo sobre aceitação e infância, adaptação do livro homônimo do escritor italiano Giacomo Mazzariol, que conta a história da sua vida. Com o cuidadoso olhar de Mazzariol, acompanhamos a dinâmica de dois irmãos, Jack e Gio, e como as descobertas da vida afetam a relação deles. Jack acredita que Gio seja um super-herói, devido a sua condição genética, ele tem Síndrome de Down. Com o passar do tempo, ele entende o que é isso e passa a esconder esse fato dos amigos. O roteirista Fabio Bonifacci e o autor da história trazem muita honestidade para tratar desse tema, sobre o medo de ser diferente. A narrativa é leve e com humor. O relacionamento familiar é abordado da melhor forma possível, deixando a trama muito bonita. Um dos rostos mais conhecidos do elenco é de Rossy de Palma, que ficou graças aos personagens nos filmes de Pedro Almodóvar.
Juno
Uma das comédia mais icônicas dos anos 2000, grande revelação de Elliot Page, que é o protagonista. Dirigido por Jason Reitman ('Thanks for Smoking') e escrito por Diablo Cody, que ganhou o Oscar de melhor roteiro por sua originalidade, 'Juno' é uma representação única da adolescência. Abordando tabus abertamente e com muita ironia, a história é honesta, bem escrita e bem divertida. O elenco, formado por JK Simmons ('Homem-Aranha' ), Michael Cera ('Super Cool'), Jennifer Garner ('Pearl Harbor'), Jason Bateman ('Arrested Development') e Allison Janney ('Eu, Tonya'), é brilhante.
