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Por que assistir a este filme?
A esta altura você já conhece todas as fórmulas dos filmes da Marvel Studios (e das produções de super-heróis em geral), principalmente na hora de contar histórias de origem. 'Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis' é exatamente isso, só que com novas influências - no caso, dos filmes de wuxia, gênero originário do cinema chinês e que mistura elementos de artes-marciais (como dos clássicos de kung-fu) com fantasia, que já nos brindou com produções como ‘Herói’ e ‘O Tigre e o Dragão. Para executar essa tarefa de juntar oriente e ocidente na tela, o estúdio convocou o diretor Destin Daniel Cretton (que, nascido no Havaí, é de ascendência japonesa) e colocou o ator Simu Liu (que é chinês de nascimento) no papel-título. Há, infelizmente, alguns deslizes no roteiro, principalmente quando existe uma necessidade da história referenciar (e até corrigir) outros eventos do Universo Marvel Cinematográfico. Porém, Cretton faz um ótimo trabalho com o desafio que tinha nas mãos, trazendo o que os filmes de wuxia tem de melhor: uma bela fotografia e cenas de luta estilizadas de tirar o fôlego, ainda que com motivações mais rasas. Por mais que soe a mesma história de sempre, 'Shang-Chi’ tem o grande mérito de romper barreiras, apresentando o estilo oriental a um público ocidental mais amplo - além de favorecer a entrada da Disney naquele que é, hoje, o maior mercado de cinema do mundo, justamente o chinês. Afinal, como sabemos, “money talks”.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Shang-Chi é um jovem chinês criado por seu pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, ele logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser e se vê obrigado a se rebelar.
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Do mesmo diretor

Luta Por Justiça
Dirigido por Destin Daniel Cretton (do drama biográfico 'O Castelo de Vidro'), 'Luta Por Justiça' é uma dramatização do histórico caso real de Walter McMillian, condenado injustamente à pena de morte por assassinar uma mulher branca, graças a um testemunho falso. Se você está familiarizado com o caso, é desnecessário dizer onde a história termina, então não temos dúvidas de que será algo previsível. No entanto, o filme tem uma mensagem de empatia altamente relevante e, semelhante ao drama jurídico contemporâneo 'Marshall: Igualdade e Justiça', fornece performances fortes de um elenco de primeira linha, liderado por Michael B. Jordan ('Creed') e acompanhado por Brie Larson (‘O Quarto de Jack’), Jamie Foxx (‘Ray’) e Tim Blake Nelson (‘The Ballad of Buster Scruggs’).
Aventura

A Pequena Sereia
Uma das principais apostas da Disney entre os anos de 2010 e 2020 são os live-actions – que, em essência, são adaptações quase literais de clássicos da animação do estúdio. Alguns resultados são bem ruins (como Mulan e O Rei Leão), muitos são apenas medianos (A Bela e a Fera, Malévola) e pouquíssimos são bons como Aladdin. A Pequena Sereia, que novamente traz praticamente a mesma história da animação dos anos 1980, se encaixa nesse grupo do meio: não tem nenhuma cena musical brilhante como Aladdin, apesar de ser dirigido por um dos grandes nomes do gênero (Rob Marshall, de Chicago), mas também não é absolutamente desastrado. Muito disso por conta das boas músicas, que já conhecemos do desenho, mas também pela boa atuação de Halle Bailey como a protagonista e por algumas mudanças pontuais certeiras, como a relação mais profunda entre a princesa e seu amado. É um filme que não muda a vida de ninguém (e talvez valha mais a pena assistir ao desenho de 1989), mas dá para se emocionar com a história.

Asterix e Obelix no Reino do Meio
Se existe uma instituição francesa que resiste ao tempo é Asterix e Obelix. Criada em quadrinhos na década de 1950, a história é inspirada nos costumes e cultura do povo gaulês, tendo esses dois personagens-título como seus protagonistas absolutos – ganhando, inclusive, séries de televisão e filmes. Esta produção, dirigida pelo também ator Guillaume Canet (de Lui e Rock’n’Roll), retoma a história dos personagens em 2023. Como o nome sugere, fala sobre o “Reino do Meio” ao contar a história da única filha do imperador chinês Han Xuandi, que escapa de um príncipe rigoroso e procura ajuda dos gauleses e dos dois bravos guerreiros Asterix e Obelix. Ainda que exageradamente bobinho em alguns momentos, lembrando esquetes de programas como Os Trapalhões, o longa-metragem emociona com a volta desses personagens e mostra como, mesmo quase 70 anos depois, ainda há espaço para Asterix, Obelix e outras figuras impressas na memória das pessoas.

Super Tufão
'Super Tufão', dirigido por Dong Wei, é uma fábula de desastres que gira em torno de um superpoderoso tufão lançado pela deusa Guanyin para castigar os humanos com monstros. A história acompanha as pessoas tentando escapar e lutar contra os monstros no meio do evento catastrófico. Os efeitos visuais da película são impressionantes, especialmente ao retratar os monstruosos seres criados pelo tufão. O design de som também contribui para a intensidade da película, fazendo o público sentir toda a força da tempestade e o terror que ela traz. No entanto, a trama da película é previsível e os personagens carecem de profundidade, o que dificulta a conexão emocional. A película também não tem um tema claro ou mensagem, deixando o público com a experiência de um filme de desastre cheio de ação. No geral, 'Super Tufão' é uma boa fábula de desastres que cumpre sua promessa de ação emocionante e efeitos especiais impressionantes. Pode não ser uma obra inovadora, mas vale a pena assistir pelas cenas de ação intensas e incríveis efeitos especiais.

Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes
O "Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes" é um prequela que se passa antes dos eventos da trilogia original. A história acompanha Coriolanus Snow, que está orientando a tributo feminina do Distrito 12 durante os 10º Jogos Vorazes. O filme, dirigido por Francis Lawrence, explora a vida pregressa de Snow e sua ascensão ao poder em Panem. A película é bem ritmada e mantém o público envolvido ao longo de toda a projeção. A atuação é excelente, com Tom Blyth entregando uma performance destacável como o jovem Snow. Rachel Zegler também impressiona como a tributo feminina do Distrito 12. Os temas de poder, corrupção e sacrifício são explorados de forma instigante. A fotografia é deslumbrante, com o Capitolio e o campo dos Jogos Vorazes sendo trazidos à vida em detalhes vibrantes. No geral, "Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes" é imperdível para fãs da trilogia original e novatos. O filme faz justiça ao material de Suzanne Collins e prepara o palco para futuras sequências da franquia.
