Trailer
Sinopse
Em 2014, no momento em que começa a Guerra em Donbas, o casal de ucranianos Irka e Tolik vive na região da fronteira entre seu país e a Rússia. Ela está grávida, e se recusa a abandonar sua casa, mesmo quando seu vilarejo é tomado pelas forças armadas. Tudo fica ainda mais complicado quando um avião civil é abatido e cai na região.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Quantas vidas são ceifadas com uma guerra como a da Ucrânia e Rússia? Quantos sonhos acabam, quantos amores são interrompidos, quantas famílias são dilaceradas? É justamente de olho nisso que mergulha ‘Klondike’. Dirigido e roteirizado por Maryna Er Gorbach (‘Omar and Us’), o longa-metragem conta a história de uma família ucraniana que vive na fronteira da Rússia e da Ucrânia durante o início da guerra. Irka se recusa a sair de casa mesmo quando a vila é capturada pelas forças armadas. Pouco depois, eles se encontram no centro de uma catástrofe de acidente aéreo. Forte e potente, o longa-metragem mostra uma triste permanência temática, atravessando os anos e as décadas por meio de boa reflexão e ideias, mostrando sua relevância como cinema.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Em cartaz nos cinemas

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Drama

Guia Romântico para Lugares Perdidos
Com Clive Owen e Irène Jacob. Dois estranhos, ambos presos numa vida de mentiras, partem juntos numa extraordinária viagem pela Europa explorando lugares esquecidos, enquanto se reconciliam com os seus próprios passados.

Deception
Adaptação do romance ‘Deception’ do escritor Phillip Roth, esta é versão francesa do diretor Arnaud Desplechin e fez parte da seleção do Festival de Cannes 2021. O filme segue Phillip (Denis Podalydès), um escritor americano que vive em Londres (que só fala francês) e seus relacionamentos com diversas mulheres. Contracenando com ele temos Léa Seydoux, que dá vida a uma inglesa casada, descontente com o relacionamento, e que tem um caso com o escritor. À medida que conhecemos cada uma das mulheres, fica claro que elas são apenas corpos que usamos para atrair o ego do personagem central, dono de uma total falta de consciência de seus maus tratos, o que é desconcertante. A trama ainda discute sexismo e misoginia de uma forma deveras problemática. É palatável dizer que essa é uma adaptação pretensiosa que reduz totalmente as personagens femininas ao sofrimento, mulheres irracionais que procuram um homem para serem salvas. A atuação de Seydoux é um motivo para assistir ao filme, mas mesmo isso não pode salvar um roteiro que usa a misoginia como fio condutor.

Pureza
Baseado na história real de Pureza Lopes Loyola, uma mãe que fez o possível e o impossível para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo. No filme, Dira Paes dá vida a essa mulher real e faz um trabalho delicado, potente e bonito. Com direção de Renato Barbieri (‘Cora Coralina: Todas as Vidas’), consegue construir bem está cinebiografia, com a dose necessária de emoção e desenvolvimento dos personagens. ‘Pureza’ tem uma fotografia belíssima, que destaca o poder da floresta amazônica. Sem dúvida, temos aqui uma história que merece ser conhecida.

Mentes Extraordinárias
Alexandre Jollien é um filósofo e escritor suíço que, quando nasceu, passou por um problema: o cordão umbilical enroscou em seu pescoço e, por conta desse estrangulamento, teve paralisia cerebral. Dos três aos vinte anos, viveu em uma instituição especializada para deficientes até que entrou na universidade para obter uma licenciatura em letras e, depois, um mestrado em filosofia. Em 2022, ele é o protagonista absoluto do bonito ‘Mentes Extraordinárias’. O longa-metragem conta a história de Louis (Bernard Campan), um agente funerário que atropela Igor (Jollien), um rapaz esforçado e com deficiência mental. Esse acidente une os dois em uma viagem à França adentro. É um típico road movie, que se vale da movimentação em uma estrada (ou qualquer outra coisa equivalente), para desenvolver os personagens e, acima de tudo, a relação entre pessoas -- neste caso, os diferentes Igor e Louis. ‘Mentes Extraordinárias’ já começa com o pé direito, colocando um deficiente mental no papel de um deficiente mental. Não é como ‘A Teoria de Tudo’, por exemplo, que coloca um ator que não entende a força e os desafios de uma deficiência. A direção do filme, que é assinada pelos dois protagonistas Bernard e Jollien, abraça a diversidade e coloca o longa-metragem em outra prateleira. Há diversidade, há respeito e inclusão, em um filme que também acerta na emoção, na beleza e na poesia.
