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Por que assistir a este filme?
"Crash", do diretor David Cronenberg, é uma exploração provocativa e perturbadora da fascinação humana pela morte e da erotização dos perigos. O filme acompanha um diretor de TV que se envolve com uma subcultura subterrânea de vítimas de acidentes de carro que usam a energia sexual bruta produzida por suas colisões para rejuvenescer suas vidas sexuais. Apesar da premissa explícita e do conteúdo sexual do filme, a direção clínica de Cronenberg cria uma atmosfera surpreendentemente distante e afastada. No entanto, esta abordagem é, no final das contas, eficaz para destacar o desapego emocional dos personagens e a natureza perturbadora de seu fetiche. Os temas e a imagem do filme são território clássico de Cronenberg, explorando a intersecção entre tecnologia, sexualidade e desejo humano. O elenco, incluindo James Spader e Holly Hunter, oferece ótimas performances, plenamente incorporando as motivações complexas e frequentemente inquietantes dos personagens. "Crash" não é para os fracos, mas para aqueles dispostos a mergulhar em seu mundo escuro e tortuoso, oferece uma experiência cinematográfica impactante e inesquecível.

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As nossas sugestões
James Ballard se envolve em uma grave batida de carro. Algum tempo depois, ele se envolve com uma das vítimas e descobre um submundo de pessoas que recriam acidentes famosos em busca de prazer.
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Do mesmo diretor

Mapas para as Estrelas
Um filme sobre pessoas perdidas, retratando alguns dos perfis que flutuam por Hollywood. No entanto, este não é um longa fácil, para todos os gostos. Indicado para quem quer algo ácido, aparentemente sem rumo, pessimista e perturbador.

A Mosca
Essa mistura de ficção científica com terror é mais um bom exemplo, assim como ‘Alien’, de como esses dois gêneros trabalham bem em conjunto. Dirigido por David Cronenberg (de filmes tão provocativos quanto, como ‘Gêmeos’ e ‘Crash’), o longa-metragem conta a história de um cientista (Jeff Goldblum) que desenvolve uma máquina de teletransporte com sucesso. No entanto, as coisas começam a ir mal quando ele faz, sem querer, uma viagem pelo dispositivo com a presença de uma mosca dentro da cabine de teletransporte. Os genes dos dois se misturam. Humano e mosca. Aos poucos, então, esse cientista começa a se metamorfosear em uma criatura horrenda. Chocante, ousado e muito criativo, o longa-metragem tem algumas cenas de revirar o estômago -- a maquiagem de ‘A Mosca’, não é à toa, foi agraciada com o Oscar da categoria em 1987. Mas o filme é mais do que choque e horror. Com uma atuação marcante e certeira de Goldblum (‘Jurassic Park’), a produção também explora os limites do ser humano em um mundo cada vez mais conectado e tecnológico. E, afinal, há uma ironia muito fina nessa história: será que, com a gente cada vez mais imerso dentro de tecnologias, não estamos simplesmente regredindo?

Um Método Perigoso
Esta coprodução entre Alemanha e Canadá, mas gravada em inglês e com um grande elenco internacional, mistura realidade e ficção para retratar um dos relacionamentos mais turbulentos da ciência: entre Carl Jung e Sigmund Freud, com Sabina Spielrein (a primeira psicanalista mulher) entre eles. A direção de David Cronenberg (de ‘A Mosca’) é competente, mas o destaque, mesmo, fica nas atuações do trio Michael Fassbender, Keira Knightley e Viggo Mortensen.

Cosmópolis
Baseado no romance de Don DeLillo e dirigido por David Cronenberg (‘A Mosca’), ‘Cosmópolis’ é uma mistura entre suspense e ficção científica distópica, ambientada em um futuro não muito distante. Como tal, é um retrato distante e frio dos milionários e da apatia educada para com as crises humanitárias ao seu redor, insensíveis por seus interesses pessoais e suas vidas pródigas que, paradoxalmente, os deixam famintos por conexões reais - fato simbolizado, em parte, pelo total isolamento do protagonista em sua limusine equipada com tecnologia de ponta e isolamento acústico. Os diálogos são um tanto tensos, talvez para refletir a frieza de uma elite obcecada pela razão e pelo dinheiro, o que acentua um pouco o ritmo tedioso do filme. Seleção oficial do Festival de Cannes 2012, e com a participação da grande Juliette Binoche, Paul Giamatti e Sarah Gadon.

Videodrome: A Síndrome do Vídeo
Trata-se da primeira produção de Hollywood do diretor David Cronenberg, conhecido também como "o Barão do Sangue", e que usou seu orçamento para criar efeitos especiais impressionantes para a época. Apesar de não ter sido um sucesso nas bilheterias, 'Invasion of the Body Snatchers' (melhor conhecida como 'Videodrome', o título original) foi bem recebida pela crítica, pois reflete sobre temas como entretenimento, tecnologia e mídia. É estranhamente relevante até hoje, na era das redes sociais.

Marcas da Violência
Do grande diretor David Cronenberg e baseada na HQ homônima de John Wagner e Vince Locke, 'Uma História Violenta' é um enganoso filme, que a princípio parece possuir uma história direta e simples. Indicado para a Palma de Ouro em Cannes e dois Oscars, esta é uma película com personagens complexos, todos bem interpretados pelo incrível elenco liderado por Viggo Mortensen.

Crimes of the Future
"Cirurgia é o novo sexo", sussurra Timlin, personagem de Kristen Stewart, em determinado momento de ‘Crimes of the Future’. Dirigido e roteirizado por David Cronenberg, o filme se situa entre ‘Videodrome’ e ‘Crash: Estranhos Prazeres’. Aqui, a mudança corporal é algo menor. O foco, na verdade, são mudanças internas, dentro do corpo, criando novos órgãos e causando uma "evolução" quase artificial. No centro das atenções estão Saul Tenser (Viggo Mortensen) e Caprice (Léa Seydoux), artistas performáticos focados em "produzir" novos órgãos, tatuá-los ainda dentro do corpo das pessoas e, depois, retirá-los em exibições públicas. Mostra não apenas a capacidade desse homem sempre moribundo em conseguir produzir novos tecidos internos, mas também em como essa mulher consegue fazer mais modificações artificiais (tatuagens) perfeitamente. Em paralelo à isso ainda há a trama de Dotrice (Scott Speedman), um homem que, após o assassinato de seu filho bem no comecinho da trama, começa a ir atrás de Saul. O motivo? Ele quer que o artista faça uma autópsia como obra de arte. Com um estilo noir, com muitas sombras e esse personagem de Saul transitando nesse cenário, ‘Crimes of the Future’ traz algumas reflexões boas. Ainda que não tenha nenhuma novidade nisso, a busca do prazer pela dor é colocada em um cenário extremo aqui, com sequências gore e que devem fazer os estômagos mais sensíveis revirarem. É interessante mostrar essa dor e mutilação chegando em um estágio artístico nesse futuro distópico. Afinal, se dor é prazer, temos aqui apresentações profanas, talvez pornográficas? É um novo e interessante olhar do voyeurismo, que ganha ainda uma pergunta pertinente: até que ponto podemos chegar? Clique aqui para ler a crítica completa.
Suspense

Destinos à Deriva
Grávida, sozinha e perdida no mar, uma mulher que está presa em um container tenta sobreviver após fugir de um país totalitário e destruído.
A Filha do Rei do Pântano
Autor de clássicos contos de fadas, Hans Christian Andersen também escreveu um texto menos conhecido: A Filha do Rei do Pântano, história sobre uma menina que não fazia ideia de que é a flor capaz de salvar seu pai, um rei egípcio, de uma grave doença. Décadas depois, esse texto inspirou a escritora Karen Dionne com sua história homônima, mas situada em um mundo moderno e com situações familiares mais contemporâneas – e que se transformou em filme sob as mãos do cineasta Neil Burger. A Filha do Rei do Pântano conta a história de uma mulher (Daisy Ridley, de Star Wars) que é assombrada pela figura de seu pai. O motivo? Ele sequestrou a mãe dessa mulher, que viveu em cativeiro até a filha ter lá seus 12 ou 13 anos. Ele é preso, mas, anos mais tarde, escapa da prisão e se torna uma ameaça à sua família. De tom constantemente tenso, o longa-metragem sabe como criar o ambiente e deixa qualquer espectador com frio na barriga – apesar do ritmo lento demais da história. Ponto para a atuação principalmente de Ben Mendelsohn (Invasão Secreta), que se sai bem como o tal “rei do pântano moderno”.
