Eu, Capitão (2023)
Eu, Capitão
”Seydou e Moussa fogem de Dakar em busca de uma vida melhor na Europa, enfrentando perigos no deserto, centros de detenção na Líbia e o mar.”
Fora de cartaz nos cinemas
Trailer
Por que assistir a este filme?
Eu, Capitão é um filme italiano, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, mas que se passa bem longe das ruas de Roma: o longa-metragem é, na verdade, um retrato da situação de dois garotos senegaleses que buscam uma nova vida na Europa – mais especificamente, claro, na Itália. A partir daí, o diretor Matteo Garrone (do excepcional Dogman) transforma essa jornada quase em uma fábula, colocando suas já tradicionais e inesperadas doses de fantasia, enquanto os garotos chegam ao inferno para tentar atravessar a África e, quem sabe, começar uma nova vida na Europa. É um filme bonito e singelo que, apesar da questão pouco compreensiva de ser uma história sobre refugiados africanos sendo contada por um europeu branco, consegue criar sentimentos honestos.
Matheus Mans
Editor do Filmelier
Sinopse do filme
Seydou, um adolescente que, junto com seu primo Moussa, decide deixar Dakar, no Senegal, e seguir para a Europa. Uma Odisseia contemporânea através dos perigos do deserto, dos horrores dos centros de detenção na Líbia e dos perigos do mar.
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Dogman
Matteo Garrone, de ‘Gomorra’ e ‘Reality: A Grande Ilusão’, dirige um verdadeiro estudo de personagem, sobre um homem (apaixonado por cachorros, daí o título) que vive uma vida medíocre e se vê levado até o seu limite. Dessa forma, temos uma história sobre bullying e moralidade. O resultado é um filme que foi elogiadíssimo no circuito dos festivais (incluindo em Cannes) e que soa extremamente atual.
Reality, a Grande Ilusão
Uma interessante união de sátira e drama, 'Reality' venceu o Grand Prix do Festival de Cannes em 2012. Usando o programa de TV Big Brother como pano de fundo, o longa faz humor a partir da busca pela fama com um ar que lembra as comédias italianas dos anos 1960. Um humor interessante, que inclusive se encaixa na realidade brasileira.
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Trafegando no chamado “vale da estranheza”, esta versão de ‘Pinóquio’ causa desconforto. Afinal, o diretor Matteo Garrone (‘Dogman’, ‘O Conto dos Contos’) se afasta totalmente da versão clássica da Disney e abraça de vez a história de Carlo Collodi, com todas as bizarrices que existem nessa jornada do rapaz de madeira. Aqui, assim como vimos em ‘O Conto dos Contos’, o destaque fica para o design de produção, a maquiagem e os efeitos práticos, que surpreendem -- assim como a atuação do pequeno Federico Ielapi (‘Funcionário do Mês’), que se destaca com sua inocência e delicadeza. No entanto, visto os últimos trabalhos de Garrone, dá para dizer que o filme não alcança todo seu potencial. Parece que o cineasta não se decide entre a fábula infantil e a bizarrice da história, ficando em cima do muro de maneira complicada. Teria sido mais interessante se o cineasta tivesse se afastado de toda e qualquer infantilidade para entregar, talvez, uma história ainda mais sombria, estranha, perturbadora. Seria mais original e, sem dúvidas, muito mais marcante.
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