Trailer
Sinopse
A realidade daqueles que mesmo sem estarem presos, passam seus dias atrás das grades. Adriano é um carcereiro íntegro e avesso à violência, que apesar de manter-se calmo no trabalho, está sofrendo com grandes dilemas na vida pessoal. A chegada de Abdel, um perigoso terrorista internacional, aumentando o clima de tensão no presídio, que já vive dias de terror por conta da luta entre duas facções criminosas. Inspirado no livro 'Carcereiros' de Drauzio Varella.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Baseado na bem-sucedida série da Rede Globo – que, por sua vez, é inspirada no livro de mesmo nome, de Drauzio Varella – ‘Carcereiros: O Filme’ expande e aprofunda o universo ficcional visto na TV, mas sem exigir muito conhecimento prévio da trama. A principal diferença no longa-metragem é o maior apuro estético e a escala, com cenas mais grandiosas que envolvem uma rebelião no presídio e muita ação. Nas atuações, Rodrigo Lombardi se sente totalmente à vontade no papel de Adriano, enquanto o ex-BBB Kaysar Dadour é uma ótima surpresa como o preso Abdel Mussa. Ainda que não haja muito tempo para o importante debate sobre a crise carcerária no Brasil ou uma preocupação em ser fiel à realidade (diferentemente do que acontece na televisão), o longa-metragem funciona muito bem enquanto entretenimento.

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Do mesmo diretor

O Auto da Boa Mentira
Mente criativa por trás de ‘O Auto da Compadecida’, Ariano Suassuna foi (e é!) uma das mentes mais criativas da literatura e do teatro no Brasil. A facilidade que tinha para entrar em temas populares nordestinos fazia com que o Brasil ganhasse mais cores, mais força, mais verdade. E ‘O Auto da Boa Mentira’ comprova ainda mais essa habilidade de Suassuna, principalmente pelo poder multimídia de suas histórias. Aqui, acompanhamos cinco pequenas esquetes cujo tema central é a mentira, suas motivações e consequências -- ao melhor estilo ‘Relatos Selvagens’. Um filme gostoso de assistir, com boas sacadas de roteiro e direção, que vai deixar qualquer um viajando na história extremamente brasileira.

Alemão 2
‘Alemão 2’ mostra que o tempo faz bem ao audiovisual - principalmente depois de um primeiro filme problemático, que simplificava questões complexas. Novamente dirigido por José Eduardo Belmonte, o longa-metragem traz diferentes olhares e diferentes protagonismos. Aqui, três policiais (Gabriel Leone, Vladimir Brichta e Leandra Leal) sobem o Morro do Alemão, após o projeto de pacificação falhar terrivelmente, para capturar um dos principais criminosos do tráfico (Digão Ribeiro). Só que as coisas logo saem do controle e os três policiais ficam presos sem saída. A premissa é muito similar ao que foi visto no primeiro longa-metragem. No entanto, o roteiro de Thiago Brito, Marton Olympio e Pedro Perazzo vai além: não só os três policiais são humanizados e desenvolvidos, como também as pessoas ao redor. Soldado, esse traficante brilhantemente interpretado por Digão, ganha um desenvolvimento raríssimo de se ver. Quando um homem negro, traficante, foi humanizado em um filme, uma notícia, um livro? São sempre vilões rasos, mais do mesmo, e esquecem que são pessoas. ‘Alemão 2’ faz isso. Se mostra atual, reflexivo, contemporâneo. Há, também, mais mulheres: Leandra Leal faz Freitas, uma policial jovem e inexperiente que traz um olhar diferente para a narrativa, sem cair em estereótipos femininos. Era justamente o que ‘Alemão’ precisava, mas não tinha. O coração do filme, porém, é Zezé Motta, que interpreta uma moradora do Alemão que se vê obrigada a dar abrigo para os policiais, é a alma do longa-metragem. Ela tem o melhor diálogo da produção (a questão sobre ser enfermeira, não médica), o melhor embate, a melhor história. Com isso, ‘Alemão 2’ continua sendo um filme de ação, com vários códigos do gênero, mas que não se esquece das pessoas, das histórias, da verdade.
Drama

Profile
Assim como ‘Buscando’ ou ‘Cuidado com Quem Chama’, o inventivo ‘Profile’ se passa unicamente na tela de um computador. Mas, aqui, nada de terror ou suspense: o longa-metragem conta a história de uma jornalista britânica que decide se infiltrar nos canais de propaganda 'on-line' do Estado Islâmico, buscando extrair o máximo de informações de seus “recrutadores”. Forte e tenso, o longa-metragem chama a atenção pela inventividade da proposta, indo além do que já havia sido feito com uma tela de computador. Destaque, além da direção de Timur Bekmambetov (‘Guardiões da Noite’), para a atuação madura e competente de Valene Kane (‘The Fall’), que soube como colocar dramaticidade mesmo usando uma tela.

O Soldado Que Não Existiu
Drama histórico baseado em fatos sobre a Segunda Guerra Mundial, ‘O Soldado que Não Existiu’ segue dois agentes britânicos que criam uma forma peculiar para enganar os nazistas e alterar o curso do conflito. Apesar do tema sério, o filme consegue ter momentos leves, o que dá uma tratamento diferente para este tipo de história - o que pode agradar ou não, já que pode soar desrespeitoso para alguns. Dessa forma, o longa-metragem é espirituoso, divertido e adequadamente cheio de suspense com uma história bem construída. A direção de John Madden é excelente, desenvolvendo um ritmo envolvente desde o início. O elenco da produção, formado por Colin Firth, Matthew Macfadyen, Kelly Macdonald, Jason Isaacs e Penelope Wilton, está ótimo.

Águas Selvagens
Lúcio Gualtieri (Roberto Birindelli) é um ex-policial, trabalhando como investigador, que aceita um trabalho ingrato de ir até a fronteira de Brasil, Argentina e Paraguai para solucionar um crime cometido ali na região. No entanto, chegando lá, acaba encontrando uma organização criminosa envolvida em uma trama macabra e personagens atormentados. É essa a trama do filme ‘Águas Selvagens’, produção de Brasil e Argentina comandada pelo cineasta Roly Santos (‘Qué Absurdo es Haber Crecido’). Apesar da história batida, trazendo a mesma figura de sempre do detetive particular com problemas pessoais e tangenciando seus próprios limites, o longa-metragem conta com atores entregues aos seus personagens. Não apenas o sempre competente Birindelli está bem com seu personagem, como as coadjuvantes Mayana Neiva (‘O Silêncio da Chuva’) e Leona Cavalli (‘Carandiru’) também vão além do óbvio e criar camadas com bons trabalhos com olhares, gestos e afins. No final, fãs de filmes policiais podem encontrar, aqui, um bom divertimento.

Snoopy Apresenta: Para Mamãe (e Papai) Com Amor
No Apple TV+, Charlie Brown e sua turma ganharam um novo espaço no audiovisual com curtas que falam, principalmente, sobre datas comemorativas, trazendo reflexões profundas. E não poderia ser diferente com o Dia das Mães (e, de quebra, o Dia dos Pais) com o singelo ‘Snoopy Apresenta: Para Mamãe (e Papai) Com Amor’. Aqui acompanhamos Patty Pimentinha em um dilema durante o Dia das Mães, quando é lembrada constantemente de como não cresceu com uma figura materna ao seu lado. Com muita sensibilidade, o curta-metragem mostra detalhes desses desafios em uma linguagem que serve todos os públicos, fazendo os mais novos entenderem conceitos importantes sobre vida e família, enquanto os mais velhos saem com uma mensagem no fundo do coração. Difícil não se emocionar com o que Charlie Brown e cia. tem a dizer.
