A Noruega, nos últimos anos, tomou gosto pelo “cinemão”. Ainda que produções independentes sejam o forte do país, filmes com uma pegada de ação, e até mesmo com teor apocalíptico, começaram a pipocar no País e a fazer sucesso no exterior. Foi o caso de ‘A Onda’, longa-metragem sobre um tsunami no país escandinavo e que até mesmo rendeu a continuação ‘Terremoto’. Agora, a Noruega volta a se debruçar em efeitos visuais com o longa-metragem ‘O Túnel’. Bebendo da fonte de ‘Daylight’, com Sylvester Stallone, o filme mostra um grupo de pessoas presas em um túnel. E a situação é complicadíssima. Afinal, do lado de dentro, um incêndio de proporções dantescas assusta. Do lado de fora, uma forte nevasca impede as pessoas de sair. A partir disso, o diretor Pål Øie se vale dos tipos e situações clássicas do gênero, devendo agradar o pública que busca uma ação divertida e um tanto quanto descompromissada -- saindo, ainda por cima, da mesmice dos EUA.
Depois de ‘O Dia em que a Terra Parou’ construir os pilares para as histórias sobre alienígenas nos cinemas, o longa-metragem ‘A Guerra dos Mundos’ -- história de H.G. Wells que depois também seria adaptada por Steven Spielberg -- ajudou a construir o “cinemão” catástrofe das histórias de invasões extraterrestres. Sob a batuta do visionário diretor Byron Haskin (do divertido ‘Robinson Crusoé em Marte’), o longa-metragem brinca com as possibilidades da chegada de alienígenas na Terra e o caos que se instalaria por aqui. No entanto, é bom alertar: a produção, que é do início dos anos 1950, está repleta de efeitos simples quando comparados com os filmes de hoje -- ainda que muito avançados para a época. É uma produção para se assistir e sentir com outros olhos.
O gênio Steven Spielberg apresenta uma reinterpretação contemporânea de H.G. Wells. ‘Guerra dos Mundos’ tem nem mais nem menos que o incrível feito técnico utilizado nos filmes do seu realizador, conseguindo sequências espetaculares que, com um trabalho de câmara eficaz, exaltam a sensação de perigo constante e de paranoia. Tom Cruise não é o melhor ator para transmitir o aspecto emocional do filme, mas funciona quando se transforma em um thriller de ação.




