Lançamentos da semana de 28 de setembro de 2018

Philippe Garrel, um dos grandes cineastas da França, responsável por obras como ‘Amante por Um Dia’ e ‘Amantes Constantes’, nos traz uma história simples, naturalista e curta (são apenas 72 minutos, quase um média-metragem) sobre um casal de cineastas que procura formas de manter viva a chama das produções mais artísticas – enquanto um deles, Pierre, acaba se apaixonando por outra mulher. O resultado é um retrato atual e crível da vida e do amor. A fotografia em preto e branco, para os amantes da simplicidade que o cinema pode ter, também é um destaque. Lançado na França em 2016, a produção só chegou ao circuito comercial brasileiro agora em 2018 e finalmente estreia no streaming. [-]

O que aconteceria se um refugiado sírio que busca asilo na Europa descobrisse, após ser baleado, que pode “levitar”? É assim que começa a proposta inventiva de ‘Lua de Júpiter’, que brinca com metáforas a partir de fatos atuais para tecer críticas à política migratória de vários países. Parte da seleção oficial do Festival de Cannes em 2017, o longa dividiu a crítica e o público justamente pela inusitada mistura de ficção-científica, fantasia e realidade. Mesmo sem ser para todos os gostos, é uma daquelas histórias que nos faz refletir sobre o mundo atual. [-]

‘Café’ conta três histórias inicialmente diferentes entre si, em lugares diferentes do mundo, mas que trazem um fio condutor único, que ganha destaque durante as tramas: justamente o café. A partir da bebida, dilemas da sociedade atual são elencados pelo roteiro, que é coescrito pelo diretor, Cristiano Bortone, de ‘Vermelho Como o Céu’. Um drama para ser claramente apreciado cuidadosamente, cheio de nuances em seu sabor – da mesma forma que deve ser um bom café. [-]

Mais um capítulo da franquia ‘Parque dos Dinossauros’ – e continuação direta de ‘Jurassic World’. Ainda que a saga esteja fadada a repetir sempre as mesmas histórias (aqui, há uma reciclagem de ideias de ‘Mundo Perdido’ e ‘Jurassic Park III’), o longa cumpre a sua premissa: ser um entretenimento pipoca, cheio de efeitos especiais e cenas de ação para disparar o coração de quem está assistindo. Para os nostálgicos, a boa notícia é o retorno do personagem Ian Malcolm, interpretado por Jeff Goldblum em ‘Jurassic Park’ – e que se tornou uma fonte de memes na internet. Outra surpresa do elenco é a ponta de Geraldine Chaplin, atriz veterana e filha de Charles Chaplin. [-]

‘Sicário: Terra de Ninguém’ foi um dos thrillers de ação mais interessantes (e, podemos dizer, surpreendentes) de 2015. Nesta continuação, a dupla de protagonistas Josh Brolin (‘Vingadores: Guerra Infinita’) e Benicio Del Toro (‘Guardiões da Galáxia’) retornam, assim como o roteirista Taylor Sheridan. A troca acontece na direção: sai Dennis Villeneuve e entra Stefano Sollima (da série ‘Gomorra’). Ainda que ‘Dia do Soldado’ fique devendo o lado subversivo e vibrante do primeiro longa, ainda consegue nos trazer uma trama dinâmica, que nos prende do começo ao fim. [-]

Filme selecionado para o Festival Internacional de Toronto em 2018 que, logo em seguida, estreia na Netflix. A história é baseada no livro ‘Hold the Dark’, de William Giraldi, e aborda a busca de um homem pelos lobos que mataram um garoto. A partir daí, surge um thriller que é mais sombrio do que de ação, surpreendo o espectador. A direção é de Jeremy Saulnier e, se você já viu outros filmes dele, como ‘Sala Verde’ e ‘Ruína Azul’, certamente irá reconhecer o seu estilo peculiar. [-]

Misto de documentário e show, este filme original da Amazon Prime Video traz a apresentação de Jack White (fundador da banda White Stripes) durante a turnê solo ‘Under Great White Northern Lights’, além dos bastidores da visita do músico por Washington, DC – e um show surpresa em uma escola local. Certamente irá agradar os fãs de Jack White ou aqueles que buscam uma boa música. [-]

Este filme russo é baseado no romance ‘Anna Karenina’, de Liev Tolstói, e considerado por muitos como uma das maiores ficções já escritas. A adaptação toma liberdades poéticas e é contada a partir do ponto de vista de Vronsky, o oficial da cavalaria pelo qual Anna Karenina se apaixona. É interessante ver a visão dos próprios russos para a obra, sem falar que o filme impressiona pela ótima reconstrução do momento histórico no qual a história se passa. [-]

A violência armada nas escolas e instituições de ensino se transformou em um grave problema. ‘Cartas de Dunblane: Sua Escola, Seu Massacre, Nossas Lições’ é um curta-metragem (são apenas 22 minutos) traz uma abordagem original para a questão, a partir de dois padres que buscam forças para lidar com a dor da perda. Para refletir - inclusive sobre a questão do acesso às armas de fogo. [-]

Este interessante filme brasileiro, gravado na região serrada do Rio e com uma bela fotografia, aborda o abalo no relacionamento entre mãe e filha após a saída do pai e a chegada de um homem misterioso. Poético e com ritmo próprio, o longa é ótimo para assistir em uma tarde chuvosa, acompanhado de uma xicara de chá. [-]

Quer entender o conflito pela independência da Catalunha, na Espanha? Então este documentário é para você. Com as eleições catalãs como um fio condutor, este documentário aborda o problema de diferentes pontos de vista para oferecer uma perspectiva o mais completa possível. Documentário exclusivo da Netflix. [-]

Esta comédia romântica inglesa leva o título do segundo álbum de estúdio da banda Blur – e isso não é por acaso. O longa é um mergulho no rock alternativo com canções de Radiohead, Warpaint, Stereophonics, Vaccines e várias outras. Tudo costurado a partir da história de um casal que divide o amor pela música. Você sentirá que já viu este filme antes, mas, se for fã das músicas, também se pegará cantarolando em diversos momentos do longa... Vale dizer que ‘Modern Life is Rubbish’ não foi exibido no circuito comercial dos cinema e está sendo lançado diretamente no streaming. [-]

Hélio Jaguaribe foi um dos grandes pensadores e cientistas políticos do Brasil no século XX, tendo sido contra o Golpe de 1964 e se vendo obrigado a viver fora do país. Quando voltou, nos anos 1980, foi um dos articuladores políticos no recomeço de nossa democracia, além de cofundar o PSDB. Como escritor, publicou diversos livros e foi integrante da Academia Brasileira de Letras. Para que toda essa história não seja esquecida, a filha de Hélio, Izabel Jaguaribe codirige este documentário com vários relatos e entrevistas. [-]