Lançamentos mais assistidos de fevereiro de 2019

O Queen foi uma das bandas mais marcantes da música entre os anos 1970 e o começo dos 1990, com Freddie Mercury se transformando na face de um estrondoso sucesso musical – que nos deu sucessos como ‘Love of My Life’, ‘We are the Champions’, ‘We Will Rock You’ e, claro, ‘Bohemian Rhapdosy’. Este longa, dirigido por Bryan Singer (‘X-Men’), evoca grandes momentos de Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor, mas sem grandes amarras à cronologia – o objetivo, aqui, é traçar uma linha que leva do começo modesto até o grande show no Live Aid, de 1985. Ainda que parte da crítica tenha pegado um pouco pesado com as falhas do longa (reclamando da narrativa clichê, da falta de empatia e de suavizarem elementos para ter uma classificação indicativa mais branda), o público adorou. O maior destaque, claro, é Rami Malek (‘Mr. Robot’) no papel do frontman. [-]

O diretor Lars von Trier (de ‘Melancolia’ e ‘Ninfomaníaca’) nos apresenta mais um filme polêmico e chocante. ‘A Casa Que Jack Construiu’ traz a história de um serial killer durante um período 12 anos, nos fazendo entrar dentro de sua cabeça, conhecendo suas motivações, seus primeiros assassinatos e a sua evolução enquanto um matador – em um roteiro inspirado até por ‘Inferno’, de Dante Alighieri. Tudo isso ganha novas camadas na interpretação de Matt Dillon (‘Crash: No Limite’), que está em uma performance incrível no papel do protagonista. O elenco ainda conta com nomes como Uma Thurman e Bruno Ganz (que virou até meme como o Hitler de ‘A Queda!’). Trata-se de um longa-metragem que divide opiniões e que não é para todos, tanto é que mais de 100 pessoas deixaram a première do filme no Festival de Cannes – enquanto os que continuaram, após o final da apresentação, aplaudiram e ovacionaram por dez minutos. Pronto para descobrir de qual time você é? [-]

Este thriller nórdico consegue, como poucos filmes, criar suspense e aflição por meio da falta de informação, a partir daquilo que não vemos – e que, aos poucos, vamos descobrindo. A história começa quando um policial, de plantão no atendimento de emergências telefônicas, recebe a ligação de uma mulher sequestrada. Com poucos dados sobre o caso, preso a uma sala fechada e sem apoio dos superiores, começa então uma busca para libertá-la. Com bom roteiro (que traz seus twists), boa trilha (que ajuda a criar o clima) e uma atuação impecável do protagonista, ‘Culpa’ é indicado para aqueles que gostam de um bom mistério procedural. [-]

‘Gintama’ é um dos mangás mais populares do Japão, vendendo cerca de 55 milhões de exemplares, rendendo um anime de sucesso na TV e, agora, esta adaptação live-action, com atores de carne e osso. A premissa é bastante divertida: brincar com os clichês e estereótipos das histórias do gênero, fazendo humor a partir do protagonista – um samurai poderoso que tem um comportamento infantil e prefere evitar o combate. Se passando no final do chamado Período Edo (mais exatamente na década de 1860), a história agrega elementos de ficção-científica (incluindo aliens e suas tecnologias). Com muitas cenas de ação e piadas, trata-se de um longa-metragem despretensioso, feito para divertir fãs de animes em geral, dos samurais ou da cultura japonesa. [-]

Dirigido por Paul Schrader (roteirista de clássicos como ‘Taxi Driver’ e ‘Touro Indomável’), o filme rodou bastante pelo circuito de festivais e foi muito elogiado pela crítica. Conta a história de um pastor protestante (vivido por Ethan Hawke, que está ótimo), de uma pequena igreja do interior do estado de Nova York, que passa a viver questões em relação à própria fé, aquecimento global e sobre o nosso papel no mundo. O resultado é um relato extremamente atual, doloroso e sombrio, que nos faz refletir. [-]

Segunda parte da franquia ‘Animais Fantásticos’, que, por sua vez, é um spin-off dos filmes de Harry Potter, se passando décadas antes das histórias do famoso bruxo. Ainda que faça uma conexão maior com a série principal, incluindo a introdução de um jovem Dumbledore (vivido por Jude Law), ‘Os Crimes de Grindelwald’ acabou extremamente criticando pela imprensa e pelos fãs, seja por conta das mudanças causadas na cronologia (conhecidos como “retcons”), pelas falhas de roteiro ou até mesmo pela escolha de Johnny Depp como o vilão Gellert Grindewald – o ator foi acusado de agredir a ex-esposa, a também atriz Amber Heard. Infelizmente, tudo isso quebrou um pouco a magia da produção, ainda que ela mantenha a fantasia que marca as criações da escritora J.K. Rowling. Indicado para os “potterheads”, aqueles fãs que assistiram a todos os filmes da saga e que, mesmo com seus altos e baixos, vão continuar acompanhando. [-]

Deixe de lado a (boa) adaptação da primeira parte da saga ‘Millennium’ dirigida por David Fincher, ou ainda a trilogia de filmes suecos. ‘A Garota na Teia de Aranha’ traz, na realidade, a quarta obra série de livros, escrita por David Lagercrantz. Lisbeth Salander (agora interpretada por Claire Foy, a jovem Rainha Elizabeth de ‘The Crow’) ressurge como um misto de detetive, hacker e heroína moderna, salvando mulheres de homens violentos e investigando uma rede de políticos corruptos. Como uma trama menos intrincada e menos surpresas que os filmes anteriores (incluindo aí as adaptações suecas), o longa-metragem entrega ação na medida, além de uma boa atuação da protagonista. [-]

Indicado a quatro Prêmios Goya – o Oscar da Espanha --, este drama biográfico oferece um outro ângulo sobre Segunda Guerra Mundial no cinema. ‘O Fotógrafo de Mauthausen’, mais do que uma recriação das atrocidades nazistas nos campos de concentração, conta a história de como imagens - cinema e fotografia - se tornaram o fator determinante para levar à justiça os responsáveis pelo Holocausto após o final do conflito. [-]

Como diz o título, este filme é como o fogo – mas não um incêndio rápido, que acaba em instantes, mas sim uma chama lenta, que cresce de intensidade aos poucos e envolve o espectador. O diretor e roteirista Chang-dong Lee (do premiado ‘Oasis’) adapta um conto do famoso escritor japonês Haruki Murakami em um thriller calcado nas relações dos millennials, envolvendo sexo e dramas pertinentes a essa geração. Destaque para as atuações do trio de protagonistas (incluindo Steven Yeun, o Glenn de ‘The Walking Dead) e para o clima que o longa-metragem cria em volta deles, principalmente no último ato. Por tudo isso, ‘Em Chamas’ recebeu o prêmio da crítica no Festival de Cannes em 2018, além de ter sido pré-indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro. [-]

Em um primeiro olhar, este filme pode parece mais uma comédia romântica sobre uma das partes do casal conhecendo a família do cônjuge – que já rendeu, por exemplo, ‘Entrando Numa Fria’. Porém, ‘Podres de Ricos’ oferece um twist: ele é um mergulho na cultura asiática contemporânea, principalmente dos novos ricos de Singapura. Tudo isso baseado no livro de Kevin Kwan. [-]