Lançamentos online da semana de 19 de junho de 2020

A Noruega, nos últimos anos, tomou gosto pelo “cinemão”. Ainda que produções independentes sejam o forte do país, filmes com uma pegada de ação, e até mesmo com teor apocalíptico, começaram a pipocar no País e a fazer sucesso no exterior. Foi o caso de ‘A Onda’, longa-metragem sobre um tsunami no país escandinavo e que até mesmo rendeu a continuação ‘Terremoto’. Agora, a Noruega volta a se debruçar em efeitos visuais com o longa-metragem ‘O Túnel’. Bebendo da fonte de ‘Daylight’, com Sylvester Stallone, o filme mostra um grupo de pessoas presas em um túnel. E a situação é complicadíssima. Afinal, do lado de dentro, um incêndio de proporções dantescas assusta. Do lado de fora, uma forte nevasca impede as pessoas de sair. A partir disso, o diretor Pål Øie se vale dos tipos e situações clássicas do gênero, devendo agradar o pública que busca uma ação divertida e um tanto quanto descompromissada -- saindo, ainda por cima, da mesmice dos EUA. Lançamento inédito no Brasil, que não passou pelos cinemas e chega direito ao streaming. [-]

Dirigido pelo cineasta francês Olivier Assayas ('Personal Shopper') e parte da seleção oficial do Festival de Veneza em 2019, a primeira coisa que chama a atenção em ‘Wasp Network: Rede de Espiões’ é o elenco ibero-americano de dimensão internacional: Penélope Cruz ('Todos Já Sabem'), Gael García Bernal ('Ema'), Ana de Armas ('Entre Facas e Segredos'), Edgar Ramírez ('A Noite Mais Escura'), Wagner Moura ('Sergio') e Leonardo Sbaraglia (‘Dor e Glória’). Baseado no livro 'Os Últimos Soldados da Guerra Fria', do jornalista brasileiro Fernando Morais, este suspense semi-biográfico recria a verdadeira história de espiões cubanos em solo americano, com uma direção dinâmica e elegante que, embora incomum no dentro da filmografia de Assayas, é muito bem realizada. O roteiro é mais problemático, pois se envolve e tropeça em seu próprio peso devido ao excesso de personagens e subtramas. No entanto, se você gosta de thrillers políticos - e ainda melhor, baseados em eventos reais -, vale a pena assistir. Filme exclusivo da Netflix. [-]

Assim como ‘Finalmente Livres’, esta comédia francesa dirigida por Allan Mauduit (co-diretor do fraco ‘Vilaine’) usa as produções norte-americanas do gênero para fazer rir -- ainda que parodiando algumas das situações, vale ressaltar. Afinal, ‘Mulheres Armadas, Homens na Lata’ se serve de situações absurdas e por vezes bizarras para causar desconforto e provocar o espectador a pensar sobre machismo e abuso no ambiente de trabalho. Mauduit, sendo homem, não entende de tudo que está falando e às vezes passa dos limites, como a cena do membro decepado. No entanto, ainda assim, é uma comédia divertida e fora dos padrões da França para falar sobre a importância da união feminina. [-]

Inspirado na obra do escritor H.G. Wells, o Homem Invisível sempre foi uma das propriedades conhecidas como “os Monstros da Universal” – com a primeira adaptação do estúdio surgindo nos cinemas em 1933. Quase 80 anos depois, o produtor Jason Blum e a sua Blumhouse (de sucessos como a franquia ‘Atividade Paranormal’ e ‘Corra!’) foram convocados para reinterpretar o personagem para as novas audiências. O resultado é um filme de terror com bastante subtexto social, funcionando como uma metáfora do abuso psicológico, da violência doméstica e das relações tóxicas. É um terror que nos aterroriza ainda mais, justamente porque, lá no fundo, não é tão ficção assim. Por tudo isso, ninguém melhor do que Elisabeth Moss ('The Handmaid's Tale') para o papel principal, pois sua incrível performance nos mergulha no estado mental de uma mulher em estado de alerta perpétuo como resultado de anos de abuso. [-]

Lembrando de longe o filme ‘Rua Cloverfield, 10’, o terror independente ‘Aberrações’ conta com uma premissa perturbadora: um pai perturbado (Emile Hirsch) tranca sua filha de 7 anos em uma casa, alertando-a sobre graves perigos externos. No entanto, o misterioso Sr. Snowcone (Bruce Dern, cada vez mais impressionante na tela) tenta convencer a garota a escapar e se juntar a ele em uma jornada misteriosa. Dessa forma, os diretores Zach Lipovsky e Adam B. Stein (ambos do filme em live-action Kim Possible) brincam com noções de verdade e mentira, medo e coragem, conhecido e desconhecido. É quase como um Mito da Caverna de Platão revestido com terror e ficção científica. No entanto, é bom alertar: o roteiro possui uma narrativa um pouco atravancada e os diretores abraçam um estilo mais vagaroso. Quem quer um filme nesse estilo com correria e adrenalina, infelizmente, vai se decepcionar. É uma produção para ser sentida e saboreada aos poucos. Mais uma estreia que chega primeiro no streaming. [-]

Ainda que os filmes do Studio Ghibli continuem sendo o principal chamariz do cinema japonês de animação, várias outras produções independentes estão chamando a atenção com dramas humanos e poderosos. É o caso de ‘O Jardim das Palavras’ ou, ainda, o celebrado ‘Seu Nome’. Agora, ‘Olhos de Gato’ confirma essa tendência ao contar a história de uma garota que se transforma em gato para ficar perto do garoto pelo qual é apaixonada. Ainda que a história seja um pouco datada, as belíssimas imagens obtidas pelos diretores Jun'ichi Satô e Tomotaka Shibayama ajudam a incrementar a força e potência da história, que mescla aspectos culturais japoneses tradicionais com um mundo mais contemporâneo. É um filme que, sem dúvidas, deve agradar aos fãs das animações japonesas, que vão encontrar reconforto nessa história cheia de encontros e desencontros. Exclusivo Netflix. [-]

Baseado em fatos reais, o longa-metragem ‘7500’ já pode ostentar a coroa de um dos filmes mais desesperadores de 2020. Dirigido por Patrick Vollrath, estreante em longas, a produção se concentra na história de um grupo de terroristas que toma controle de um avião e entra num embate -- físico, mas principalmente psicológico -- com os pilotos. É uma história que lembra (demais!) o excelente longa-metragem ‘Voo United 93’, de Paul Greengrass, que mostra o único avião do atentado de 11 de setembro de 2001 que não atingiu seu objetivo. No entanto, aqui, Vollrath se concentra apenas no ambiente da cabine dos pilotos e coloca todo peso da história numa atuação precisa de Joseph Gordon-Levitt (‘Snowden: Herói ou Traidor’). É claustrofóbico, perturbador, desesperador. Claro: aqueles que esperam um filme dinâmico, podem se decepcionar. Afinal, é uma história de um único ambiente, de uma única linha narrativa. Mas quem embarcar na proposta e sentir a dor desse piloto vivido por Gordon-Levitt vai ter uma experiência interessante e marcante. Exclusivo do Amazon Prime Video. [-]

Este documentário inspirador e divertido é a estreia na direção da atriz Bryce Dallas Howard ('Jurassic World') e foi apresentada no Toronto International Film Festival 2019, onde ficou em terceiro lugar na disputa pelo Audience Award. O primeiro objetivo do 'Pais', por meio de entrevistas e vídeos íntimos da família, é explorar o que a paternidade significa no mundo contemporâneo, com todas as expectativas, riscos e transformações que isso implica. As entrevistas com pais em casamentos gays, como o ator Neil Patrick Harris ou o ativista Rob Scheer, são particularmente enriquecedoras. De uma maneira não tão sutil, mas interessante, o longa também é traz a história dos legados familiares em Hollywood, com Bryce entrevistando várias celebridades cujos pais ou filhos também são famosos -- como Will Smith ou mesmo com seu próprio pai, cineasta e ator Ron Howard ('Uma Mente Brilhante'), que, por sua vez, é filho do ator Rance Howard ('Cocoon'). Novidade exclusiva do Apple TV+, que chega no Dia dos Pais nos EUA; [-]

Um olhar pessoal do diretor Sam Feder sobre a identidade trans na cultura popular nos últimos anos. Com um grande acervo de imagens de programas, filmes e séries, ele conta a história de diversas pessoas que têm uma carreira no cinema e na televisão, e são trans. Como no caso de Lilly Wachowski, diretora de 'Matrix'; MJ Rodriguez, atriz de 'Pose', série com um grande elenco queer; Laverne Cox, ícone da cultura trans no últimos anos e atuou na série 'Orange is the New Black'; entre outras. O filme segue uma linha tênue entre dar foco as pessoas trans e explicar a comunidade para pessoas cis. O que mantém o ritmo da narrativa é a forma como a produção usa a cultura pop nas experiências vividas pelos entrevistados. Documentário exclusivo da Netflix. [-]

A websérie ‘Em Prova’ se tornou um dos maiores sucessos do YouTube. Ao longo de 10 episódios, a produção alcançou a marca de 80 milhões de visualizações, além de ter recebido o prêmio de melhor elenco do Rio Web Fest. Agora, a websérie salta para um outro formato com o longa-metragem ‘ViihTube: Amiga do Inimigo’. Protagonizado pela atriz e influenciadora digital ViihTube, que conta com mais de 10 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, o filme volta a mergulhar no universo criado na série ‘Em Prova’. Antigos personagens estão de volta com novas em inusitadas situações, o que deve fazer a alegria dos fãs da produção. Além disso, a protagonista mostra que está preparada para assumir novos formatos audiovisuais, com forte presença de cena e com seu estilo particular que já a caracteriza. Sem dúvidas, o filme, que bebe de inspiração das comédias americanas colegiais, vai satisfazer o público que estava ansioso por novidades de ‘Em Prova’. Mais uma novidade que chega direto para o streaming. [-]

Usando fortemente de inspiração o clássico ‘Antes do Amanhecer’, de Richard Linklater, o filme turco exclusivo da Netflix ‘Expresso do Destino’ é um daqueles romances para chorar, se emocionar e sonhar. Dirigido por Ozan Açiktan (do elogiado ‘Annemin Yarasi’) e roteirizado por Faruk Ozerten (do mistério ‘Silsile’), o longa-metragem se debruça sobre a história de dois estranhos que se conhecem durante uma viagem de trem entre Ancara e Izmir. A partir daí, ‘Expresso do Destino’ brinca com as possibilidades desses encontros -- e desencontros, é claro -- e mostra como relacionamentos podem surgir “do nada”. Vale destacar, porém, que este é um filme como o já mencionado ‘Antes do Amanhecer’, quase que totalmente calcado no roteiro com diálogos profundos e algumas boas conversas. Exclusivo Netflix. [-]

Ainda que exista uma infinidade de filmes que falem sobre a Segunda Guerra Mundial, poucos se concentram em mostrar o que estava acontecendo no mundo pouco antes do conflito explodir -- ou quando o “ovo da serpente” estava sendo chocado, como já mostra o filme ‘O Ovo da Serpente’, de Ingmar Bergman. Em ‘The Eternal Road’, o diretor Antti-Jussi Annila (do elogiado ‘Sauna’) embarca nesse desafio ao narrar a história real de Jussi Ketola, um homem raptado por nacionalistas finlandeses e obrigado a caminhar até a Rússia. Ainda que o filme falhe ao não se debruçar sobre aspectos históricos importantes, que ajudariam a contar melhor aquela trama, é difícil não entender ou sentir a dor daquele homem. Mas, além disso, ‘The Eternal Road’ é um bom exemplo para mostrar como o fascismo, muitas vezes, pode surgir de onde menos se espera e quando a situação parece caminhar em uma certa normalidade ou como a salvação de uma crise qualquer. Outra estreia exclusiva do VOD. [-]

O cineasta Aly Muritiba se firmou como uma das vozes mais interessantes e diversas do cinema nacional. Fala sobre juventude, relacionamentos e dores da periferia como ninguém, como se comprovou em filmes como ‘Ferrugem’, ‘Para Minha Amada Morta’ e no excepcional curta-metragem ‘A Fábrica’. Em ‘Nóis por Nóis’, enquanto isso, ele se junta ao diretor estreante Jandir Santin para falar sobre um assunto tão atual quando doloroso: a violência policial contra comunidades negras e periféricas. Direto ao ponto, e conversando diretamente com assuntos do noticiário, o longa-metragem mostra o poder de contestação de jovens e como se dá essa relação podre de poder entre oficiais e população. Ainda que com excessos e algumas cenas artificiais, ‘Nóis por Nóis’ surpreende ao tocar em alguns temas espinhosos e a ajudar a escancarar essa ferida aberta há tanto tempo na sociedade. [-]

Cantor, compositor e músico, o britânico Roger Waters é um dos maiores nomes do rock progressivo. Melhor: é um dos maiores nomes do rock. Dono de uma carreira consolidada na banda Pink Floyd, ele é a voz e o coração por trás de clássicos como ‘Another Brick in the Wall’ e ‘Wish You Were Here’ -- isso sem falar da força vocal que ele tem em assuntos políticos ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Neste documentário dirigido por Sean Evans e pelo próprio Roger Waters, os fãs do música são convidados a espiar detalhes e bastidores da turnê do cantor entre os anos 2017 e 2018. É um retrato intimista, ainda que grandioso em suas proporções, de um dos maiores nomes da música internacional de todos os tempos. É para os fãs se emocionarem e cantarem juntos, entrando um pouco mais na vida e no embalo de suas canções clássicas. Para ver e rever sempre que possível. Também é um filme que chega direto para o VOD. [-]

Lembrando as produções juvenis da Disney do começo dos anos 2000, ‘Feel the Beat’ é mais um passo da Netflix em direção à esses filmes despretensiosos e gostosos para assistir num dia à tarde qualquer. Dirigido por Elissa Down (do romance meloso ‘Sei Que Vou te Amar’), o longa-metragem empolga com boas cenas de dança ao contar a jornada de uma dançarina que não encontra sucesso na Broadway, volta para sua cidade natal e acaba incubida da função de treinar um grupo disfuncional. Não há grandes reinvenções de trama, nem a direção de Down é criativa ou ousada -- ainda que alguns momentos e cenas dessem a deixa para isso. É basicamente um “comfort movie”, perfeito para ter à mão no catálogo da Netflix para passar o tempo. Destaque para Sofia Carson (de ‘Descendentes’), que se firma cada vez mais como um dos principais nomes do cinema juvenil. [-]

Estreia do também ator Caco Ciocler na direção, ‘Partida’ é um filme que dialoga com a política brasileira de maneira atemporal e crítica. Afinal, numa mistura de documentário com toques de ficção, o longa-metragem conta a história de Georgette Fadel, que decide se candidatar às eleições de 2022 após sair o resultado da corrida à presidência de 2018. A partir daí, o diretor acompanha a protagonista-entrevistada numa viagem ao Uruguai, onde ela pode se conectar com as raízes da política sul-americana e, de quebra, passar a virada do ano com o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. Rico em sua construção social e de uma amplitude política inesperada, ‘Partida’ brinca com o acirramento de ânimos no Brasil dos últimos anos e como as diferentes ideologias podem se chocar. Em suma, é um filme que serve para dois públicos. De um lado, aqueles que gostam de falar, pensar e ser políticos, com todas as nuances que existem no Brasil. Do outro, para aqueles que preferem deixar a política de lado, ‘Partida’ pode ser uma boa deixa para pensar um pouco mais na democracia. Afinal, ao contrário do que diz o ditado, política é algo para ser discutido. Com os cinemas fechados por conta da pandemia, 'Par [-]

A história de Peter Pan já foi interpretada e reinterpretada várias vezes nos cinemas. Há, claro, a versão clássica da animação da Disney de 1953. Mas também existem vários filmes com atores reais, como o ‘Em Busca da Terra do Nunca’, com Johnny Depp e Kate Winslet; ‘Pan’, com Hugh Jackman; e a deliciosa adaptação de Steven Spielberg em ‘Hook: A Volta do Capitão Gancho’, com Robin Williams e Dustin Hoffman. Agora, porém, o cineasta Benh Zeitlin (do indicado ao Oscar ‘Indomável Sonhadora’) revisita essa história de maneira mais realista e crua com ‘Wendy’. Ainda que um pouco cansativo e sonolento, o longa-metragem brinca com os principais pilares da trama do garoto que não quer crescer e mescla com paisagens encantadoras e uma fotografia poderosa. Aqueles que buscam apenas uma interpretação direta de ‘Peter Pan’, o livro de J. M. Barrie que deu origem à tudo em 1904, podem se decepcionar -- afinal, Zeitlin coloca uma forte carga emocional e pessoal aqui no filme. Mas não dá para negar que a história é fofa e ajuda a dar um novo direcionamento para a Terra do Nunca, tão esgotada nos cinemas e abordadas de formas tão óbvias por aí. Lançamento direto para o VOD. [-]

Baseado no livro homônimo de Harry Martinsson, vencedor do Nobel, ‘Aniara’ é daquelas ficções científicas com discussões existenciais. Fazendo companhia ao lado de ‘Ad Astra’, ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ e ‘Stalker’, o longa-metragem brinca com a finitude da vida em contraste com a imensidão desconhecida do espaço -- inevitável, também, não traçar paralelos com a obra de H.P. Lovecraft. A partir daí, os diretores suecos Pella Kagerman e Hugo Lilja mostram essa jornada para dentro de seus personagens, que ficam vagando no espaço após um acidente no percurso Terra-Marte. Mas, vale dizer, não é um cinema plastificado, entregue já digerido para seu público. É quase como um último ato de ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ distribuído ao longo de 106 minutos, provocando e instigando o público a entender melhor todo aquele experimentalismo narrativo e visual que surge do roteiro adaptado pelos diretores. Um filme difícil, mas que vale ser desbravado. Mais uma novidade exclusiva do VOD. [-]

‘À Prova de Balas 2’ talvez seja um dos filmes mais estranhos já feitos. Para começar, ele é a sequência de ‘À Prova de Balas’, filme esquecível dos anos 1990 estrelado por Adam Sandler (‘Joias Brutas’) e Damon Wayans (de ‘Eu, a Patroa e as Crianças’) que mistura ação e comédia. Ninguém lembra desse filme, ninguém comenta esse filme. Aí, eis que surge esta produção, quase 25 anos depois, dizendo que é uma continuação. No entanto, nada indica que é, de fato, uma sequência. Afinal, em tese, Sandler foi substituído por Kirk Fox (‘O Mensageiro’) e Wayans por Faizon Love (‘Sexta-Feira em Apuros’). No entanto, são personagens diferentes e os originais, lá do filme de 1996, nem são citados. Na direção, entra Don Michael Paul (de ‘O Escorpião Rei 5’). No roteiro, nem sinal dos que estiveram envolvidos na ideia original. Dessa forma, ‘À Prova de Balas 2’ é daquelas produções que tentam se vender em cima de algo, mas que acaba seguindo por um caminho totalmente distinto -- aqui, no caso, mais com uma pegada de sátira do que qualquer outra coisa. É um filme estranho e que deve servir apenas como entretenimento àqueles curiosos que gostam de enfrentar essas produções Z. Exclusivo VOD. [-]

Thriller francês exclusivo da Netflix, ‘Bala Perdida’ apresenta uma tradicional trama sobre policiais corruptos. De um lado, um mecânico que se tornou peça-chave em uma operação de força-tarefa. Do outro, seu mentor. E no meio deles, um crime aparentemente sem solução e motivado por vingança. Não há grandes reviravoltas ou momentos impactantes no comando de Guillaume Pierret, que faz sua estreia em longas assinando a direção e o roteiro do longa-metragem. No entanto, com atuações intensas de Alban Lenoir (‘Busca Implacável’) e Nicolas Duvauchelle (do bom ‘Polissia’), o filme acaba ganhando algumas camadas e se tornando um produção de ação competente e um bom entretenimento para aqueles que buscam um thriller no catálogo da Netflix para se divertir e passar o tempo. [-]

Se você estava se perguntando quantos super-heróis de origem latino-americana existem no cinema, certamente poderá contá-los com os dedos de uma só mão. Dirigido por Ben Hernandez Bray (dublê de ação que, curiosamente, dirigiu episódios de séries como 'Arrow' e 'Supergirl'), 'El Chicano' busca ser a resposta para essa lacuna na cultura pop. O longa se passa em uma comunidade latino-americana de Los Angeles, onde a marginalização e o crime proliferam. Apesar do fato de o filme se levar muito a sério (é mais 'Rendel' do que 'Machete'), o roteiro cai na fórmula de histórias de super-heróis é há alguns clichês da representação dos latinos na tela. No entanto, é um passo inicial na direção certa. Longa que chega primeiro ao streaming. [-]

Baseado na icônica personagem de quadrinhos criada por Ricardo Cucamonga, 'Cindy la regia' é uma comédia fiel ao material original - ou seja, zomba dos estereótipos sociais mexicanos, particularmente das diferenças preconcebidas entre regios (os naturais de Monterrey) e os chilangos (aqueles que são da Cidade do México). Mesmo que estas questões culturais passem batidas para nós, brasileiros, o longa é divertido ao estilo mexicano, ou seja, com seus exageros e tudo o que vem no pacote (pelo lado bom e pelo ruim). Lançamento direto para o Prime Video. [-]

Nada como um bom e tradicional filme de ação sem muito conteúdo, mas com adrenalina à flor da pele. Este é o caso de ‘O Atirador: O Fim de um Assassino’, novo filme do diretor Kaare Andrews. Aqui, ele sai do gênero de terror-trash -- que fez sua fama no mundo cinéfilo alternativo -- e caminha para essa ação “puro sangue”. A trama, comandada pelo veterano Tom Berenger (‘A Origem’), encerra uma franquia infinita de filmes iniciada em 1993 com ‘Sniper, o Atirador’. Já aconteceu de tudo na história, mas agora parece que ela caminha para seu fim com o protagonista entregando o bastão de sniper para seu filho (vivido por um insosso Chad Michael Collins). Não há novidades na história, nem na forma de Andrews tratar a história. Quem deve se entusiasmar com esse (possível) fim são os fãs, que esperam há 27 anos uma conclusão para a história. O restante do público, enquanto isso, pode se contentar com algumas cenas interessantes de ação aqui e acolá, frases de efeitos e tudo que se espera de um longa-metragem de ação que sabe de suas limitações. Exclusivo do VOD. [-]

O filme ‘Coração de Dragão’, de 1996, foi um sensação. Estrelado por Dennis Quaid e com trabalho de voz de Sean Connery, o longa colocou as tramas sobre dragões em outro patamar. Acabou rendendo uma continuação quatro anos depois, mas sem sucesso. Foi em 2015 que a trama renasceu com uma nova proposta e um visual, digamos, não tão bem acabado. Agora, ‘Coração de Dragão: Vingança’, o quinto capítulo da saga, volta a falar sobre a saga de humanos e dragões. Para aqueles que conhecem apenas o filme original, saibam que há menos emoção e, por incrível que pareça, efeitos piorados -- mesmo sendo um filme 24 anos mais novo. Os que já conhecem as produções mais recentes da saga, porém, vão encontrar uma história parecida com as anteriores, com aventuras, correria e brincadeiras com esse universo medieval que já se tornou tão querido no mundo do cinema. Exclusivo do VOD. [-]

Da Ánima Estudios (os responsáveis ​​por 'La leyenda de La Llorona'), 'La Liga de los 5' é uma animação mexicana muito sólida no aspecto técnico, que consegue pegar o conceito dos super-heróis e trazê-los para o contexto cultural local. Mesmo que o humor seja simplista e haja um caos narrativo no último ato, esta é uma animação divertida. Pena que está disponível apenas legendada, o que afasta as crianças. Lançamento direto para o Prime Video. [-]

Darren Weissman é um médico holístico especialista em quiropraxia e desenvolvedor da chamada The LifeLine Technique. Neste documentário, parte da série ‘Heal Lessons’, o Dr. Weissman mostra mais sua paixão por melhorar a saúde das pessoas por meio de aprimoramentos do subconsciente. Assim, como subproduto natural, os clientes elevam diretamente o potencial natural do corpo e das relações de cura e prosperidade. Mas vale lembrar: você não deve deixar de lado os tratamentos tradicionais. Consulte o seu médico. [-]