Lançamentos online da semana de 20 de novembro de 2020

Uma das atuações mais potentes das carreiras de Lesley Manville (‘Trama Fantasma’) e Liam Neeson (‘Busca Implacável’), ‘Nosso Amor’ é daqueles dramas rasgantes, que perfuram a alma. E não é pra menos. Afinal, os diretores Lisa Barros D'Sa e Glenn Leyburn investem nesse drama pesado, que beira o dramalhão, para contar a história de um casal que precisa lidar com uma grave doença da esposa. É o típico filme como ‘Lado a Lado’ ou ‘Uma Prova de Amor’, em que uma doença norteia os sentimentos, emoções e sensações da narrativa. Há alguns exageros e falta um pouco de delicadeza por parte dos cineastas, parceiros também no bom ‘Good Vibrations’. No entanto, no final das contas, a emoção toma a tela e vale a experiência, principalmente para aqueles que gostam de um bom drama, com bons atores e um elenco que se entrega à história. Para chorar e se emocionar. [-]

É uma reimaginação do clássico animado de 1955, na longa lista de remakes da Disney em live-action. Necessário? Provavelmente não, como a maioria dessas adaptações, que perdem um pouco da magia dos originais que os inspiram. Porém, esta versão de 'A Dama e o Vagabundo’ funciona graças à produção optando pelo live-action assistido por efeitos especiais digitais (ao contrário de 'O Rei Leão'), além de seu elenco, que inclui Kiersey Clemons ('A Escolhida’), Thomas Mann ('Kong: A Ilha da Caveira’), F. Murray Abraham ('O Grande Hotel Budapeste') e Yvette Nicole Brown ('Percy Jackson’); com vozes de Tessa Thompson ('Thor: Ragnarok'), Justin Theroux (‘A Garota no Trem’, Sam Elliott ('Nasce uma estrela') e Janelle Monáe ('Estrelas Além do Tempo'). Para relembrar e se emocionar. [-]

Uma comédia romântica natalina, sequência de ‘A Princesa e a Plebeia’ de 2018. O filme é leve, divertido e com mais uma sósia de Vanessa Hudgens para dar uma apimentada na história. No primeiro longa metragem, a atriz que ficou conhecida por ‘High School Musical’ dá vida à Stacy e Margaret, dessa vez, temos mais uma personagem interpretada por ela e a mais interessante até agora. Por mais que seja uma produção de Natal simples, é inegável o talento de Hudgens para encarar três papéis diferentes, seja pelo sotaque que ela consegue mudar, quanto pela personalidade de cada um. ‘A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura’ é um ótimo entretenimento, se você não for dos criteriosos que só levam a sério superproduções. A Netflix continua investindo em filmes de Natal e o ano 2020 é a prova de eles vem acertando nesse gênero. [-]

‘Welcome to Chechnya’ é uma pancada. Um soco no estômago bem dado. Afinal, este longa-metragem documental de David France acertou em cheio ao denunciar uma situação criminosa e de urgência social na Chechênia, estado da Rússia, em que comunidades LGBTQIA+ são perseguidas por forças de um governo fascista e autoritário. O diretor ainda se vale de efeitos especiais estranhos, mas que funcionam, para borrar as identidades dos perseguidos e, ainda assim, mostrar a emoção que os acompanha nas fugas, reencontros com familiares e outros momentos do tipo. Um filme grave, necessário e que mostra como o mundo ainda precisa caminhar léguas e léguas para se realmente justo e igual. [-]

O famoso musical da Broadway finalmente pode ser assistido no mundo todo. ‘Hamilton’ foi gravado e lançado exclusivamente para o Disney+. A peça se tornou um fenômeno e essa fama é justificável. Por meio do hip hop, rap e outros estilos musicais, o longa conta a história de Alexander Hamilton, primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos — ele teve forte influência no desenvolvimento do capitalismo norte-americano. A história é livremente baseada em fatos reais mas isso não isentou o criador, Lin-Manuel Miranda, das críticas ao colocar um elenco afro-americano interpretando pessoas que apoiavam a escravidão, como no caso de George Washington e outros fundadores dos Estados Unidos. Apesar disso, como obra de entretenimento, ‘Hamilton’ consegue ser completo e o formato que a Disney+ trouxe, sendo a peça filmada sem adaptações para se tornar um filme, dá a impressão de você está na primeira fileira de um teatro. Por "decisão criativa", nas palavras da própria Disney, o musical não possui opção de dublagem ou legendas em português. Há, apenas, a opção de closed caption (legendas ocultas) em inglês. [-]

Dirigido por Kenneth Branagh ('Thor') e baseado no romance de sucesso de 2001 com o mesmo nome, 'Artemis Fowl: O Mundo Secreto' (ou simplesmente 'Artemis Fowl') é a adaptação cinematográfica esperada pelos fãs por quase duas décadas, e que agora se tornou famosa por sua liberdade criativa com o material original. Com a ajuda de recursos visuais e talentos de primeira linha como Colin Farrell ('Animais Fantásticos'), Judi Dench ('Victoria e Abdul') e Josh Gad ('A Bela e a Fera'), o resultado parece uma mistura de 'Harry Potter' com 'Homens de Preto', mas desprovido do carisma ou originalidade de ambos. Vale a pena como diversão inocente para crianças, mas dificilmente será apreciado pelos fãs do livro original. [-]

Interpretado e idealizado por Maurício Manfrini, o personagem Paulinho Gogó se tornou uma sensação com o passar do tempo. Das rádios acabou indo para a televisão, se consolidando como uma das figuras mais queridas do humorístico A Praça é Nossa, do SBT. Agora, finalmente Paulinho Gogó ganha um filme para chamar de seu com ‘No Gogó do Paulinho’. Comandado pela dupla Roberto Santucci e Paulo Cursino (‘Até que a Sorte nos Separe’, ‘O Candidato Honesto’), o longa-metragem tem a árdua tarefa de fazer o humor durar ao longo de toda a duração do filme, enquanto estamos mais acostumados a ver Gogó com tiradas rápidas com Carlos Alberto de Nóbrega. Essa “mudança de ares” é sentida no filme, que acaba por ter menos vitalidade ao se arrastar com algumas tiradas. No entanto, as referências à ‘Forrest Gump’, algumas boas participações especiais e um ou outro momento inspirado ajudam a aliviar a falta de ritmo de ‘No Gogó do Paulinho’. Ainda há alguns exageros, típico do cinema de Santucci, que não convencem ninguém. Mas o importante é que lá no fundo, bem lá no fundo, a essência do personagem continua viva. [-]

Apesar da histórica batalha de Dunkirk já ter sido imortalizada pelo cineasta Christopher Nolan em seu memorável ‘Dunkirk’, há ainda muitos outros olhares a serem explorados e contados nos cinemas. Um exemplo é o drama de guerra ‘Atrás da Linha: Fuga para Dunkirk’, que acompanha o drama de um grupo de soldados britânicos que são capturados por soldados alemães. Urgente, desesperador e bem dirigido, o longa-metragem traz um olhar diferente para a tradicional batalha, com doses iguais de drama e ação. Bom filme para aqueles que gostam da energia de ‘Dunkirk’ e do drama de ‘A Guerra de Anna’. [-]

Baseado na série de livros de mesmo nome, do escritor Stephan Pastis, ‘Timmy Fiasco’ acompanha as divertidas aventuras de Timmy, um garotinho incrível que acredita ser o melhor detetive da cidade. O filme tem uma escrita inteligente dirigida às crianças e com ótimas lições de vida apresentadas, fazendo com que a produção seja indicada para todas as idades. O protagonista é interpretado pelo ator mirim Winslow Fegley, que conquista qualquer espectador. Além dele ser adorável, é talentoso e entrega uma atuação incrível. [-]

Co-escrito e dirigido por Michael Govier e Will McCormack, ambos atores de séries como ‘This is Us’ e ‘Família Soprano’, ‘Se Algo Acontecer... Te Amo’ rodou o mundo em diversos festivais e ganhou o prêmio do júri de melhor curta-metragem de animação no Festival de Cinema de Omaha, nos Estados Unidos. Essa produção é cativante, dura e certeira. Se você não conhece a história, será uma ótima surpresa assistir pela primeira vez. [-]

Baseado na história de Leonhard Seppala e seu cachorro de trenó, Togo, que ajudaram a conter uma epidemia de difteria no Alasca transportando a cura, 'Togo' é um drama de aventura histórico estrelado pelo grande Willem Dafoe ('O Farol') e Julianne Nicholson ('Eu, Tonya’), junto com o adorável cachorro Diesel no papel-título. Sem sair das convenções, é um conto familiar de superação e perseverança, com saudáveis ​​doses de espetáculo visual e atuações, que combinadas tornam-se um filme emocionante e comovente. [-]

Filme forte, urgente e implacável, ‘Current Sea’ explora os efeitos da destruição do meio-ambiente e aquecimento global nos oceanos. No caso, mais especificamente, acompanhamos o jornalista investigativo Matt Blomberg e o ativista oceânico Paul Ferber em sua perigosa missão de criar uma área de preservação marinha para enfrentar a maré implacável da pesca ilegal no Camboja. É um documentário que mostra um microcosmos impactante sobre os efeitos do homem na natureza, trazendo reflexões importantes sobre o papel das pessoas na preservação de oceanos, florestas, rios e por aí vai. E tudo isso, o que é melhor, com uma embalagem de thriller empolgante graças à direção consistente de Christopher Smith (do elogiado ‘TINY’), que está sempre consciente dos riscos da filmagem. [-]

Um documentário sobre a manada de elefantes do Kalahari, extremamente rico e educativo. Além disso, ‘Elefante’ tem uma fotografia de tirar o fôlego e, em alguns momentos, você até esquece que está assistindo a uma produção documental. A narradora, Meghan Markle, consegue te transportar para a história da família desses elefantes e comover. A narrativa é bem fluída e certamente vai agradar até mesmo quem não é fã de documentários. [-]

Os documentários originais da HBO costumam trazer temas relevantes e que precisam de um olhar diferente da sociedade, especialmente quando nos referimos ao lado conservador e preconceituoso. ‘Transhood’ é um exemplo disso. O filme é extremamente necessário ao acompanhar cinco anos das vidas de quatro jovens transgêneros e suas famílias. As pessoas trans ainda são marginalizadas, não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil - um ótimo filme para entender melhor sobre esse cenário brasileiro é ‘Bixa Travesty’, com Linn da Quebrada - e a ideia de ‘Transhood’ é trazer uma visão íntima e verdadeira disso. A produção apresentada as transformações nas vidas dos quatro protagonistas durante a transição de gênero, abordando a rejeição que eles sofreram de amigos, a dificuldade de lidar com disformia corporal e também todo o lado político disso, que tenta suprimir a comunidade LGBTQ+. Se você tiver a mente aberta, este documentário é realmente educacional. [-]

Dirigido pelo aclamado produtor Don Hahn (de ‘A Bela e a Fera’, ‘O Rei Leão’, entre outros), este documentário acompanha a vida Howard Ashman, cujas canções mudaram a história das animações de Hollywood e continuam influência outras produções. A vida de Howard foi interrompida após contrair HIV e o filme funciona como homenagem à ele e ao seu legado. O diretor entrevistou um grande número de pessoas que conheceram Howard e traça um panorama rico através da infância dele e de suas realizações profissionais. Para quem gosta de cinema, música e da Disney, ‘Howard: Sons de um Gênio’ é o filme ideal. [-]

Filmes passados em hospitais psiquiátricos podem seguir três caminhos. Ou é um drama potente, como ‘Um Estranho no Ninho’ e ‘Nise: No Coração da Loucura’. Ou, então, um suspense com toques de terror, como ‘Distúrbio’ e ‘Ilha do Medo’. Ou, por fim, segue por um caminho mais doce e açucarado, como ‘K-PAX: O Caminho da Luz’ ou ‘Tempo de Despertar’. Agora, ‘State of Mind’ é mais um que segue este último caminho. Aqui, o Dr. Stone (Richard Gere) precisa tratar de três pacientes com problemas psicológicos que acreditam ser Jesus — trio brilhantemente interpretado por Peter Dinklage, Walton Goggins e Bradley Whitford. É um filme com seus problemas e limitações, mas que acaba despertando bons sentimentos a partir do humor extremo de sua situações. Surpreende. [-]

‘Black is King’ é um álbum visual de Beyoncé, que assume também a direção da produção com mais três diretores, Ibra Ake, Blitz Bazawule e Emmanuel Adjei. Uma digna celebração a cultura afro-americana e também a carreira de artista, que tem se posicionado politicamente nos últimos anos com seus projetos musicais, e ao ‘O Rei Leão’ que foi a inspiração do longa-metragem. O filme é complexo e não possui muito apelo popular ao trazer uma estética afrofuturista e vanguardista. Para os fãs que estavam acostumados com obras mais populares de Beyoncé, essa produção certamente é bastante diferente, o que mostra uma evolução nos trabalhos da cantora e qual lugar ela está querendo ocupar no cenário musical. [-]

Curta-metragem de animação simples, mas efetivo, ‘O X do Natal’ é daquelas produções natalinas básicas: momentos divertidos, clima de união e coisas do tipo. O diferencial aqui, desta produção exclusiva da Netflix dirigida por Stephen Chiodo (do obscuro ‘Palhaços Assassinos do Espaço Sideral’), está na graça de colocar um alienígena como um Papai Noel às avessas. Apesar do visual da animação ser simples, beirando o simplista em alguns momentos, o riso acaba surgindo a partir dessa comédia de situações tão simples, mas que consegue trazer o que há de melhor do espírito natalino. Ideal para os bem pequenos. [-]

Se você assistia a ‘Phineas e Ferb’, vai voltar à infância com ‘Phineas e Ferb, O Filme: Candace Contra o Universo’. A história é cheia de ação e a animação é muito bem trabalhada, os personagens são ótimos e as músicas continuam animadas. É possível dizer até mesmo que elas melhoraram com o tempo. Candace é definitivamente a estrela do filme, assim como era na série animada. Pela primeira vez fica nítido o quanto Candace gosta dos seus irmãos e que ela jamais foi a vilã, apenas estava exercendo seu papel de irmã mais velha com muito ímpeto. ‘Phineas e Ferb, O Filme: Candace Contra o Universo’ tem também algumas piadas brilhantes, trazendo de volta o mesmo humor da série. [-]

Poderíamos resumir ‘Sociedade Secreta dos Segundos Filhos Reais’ como uma mistura estranha de 'X-Men' com 'O Diário da Princesa', mas com foco final no público do Disney Channel (que, na verdade, atua como produtora do filme). Dessa forma, é aquele tipo de produção voltada para o público jovem para despertar a imaginação sobre ser um super-herói — neste caso, graças a um gene inexplicavelmente exclusivo da realeza que nasceu depois do primogênito — é diversão juvenil inofensiva e esquecível, cujas destaques são seu elenco liderado por jovens como Peyton Elizabeth Lee ('Andi Mack'), Niles Fitch ('This is Us') e Ashley Liao ('Fuller House'), além de Élodie Yung (‘Demolidor’). [-]

Tem alguns filmes que tem o poder de nos fazer esquecer da nossa vida e por algumas horas nos levam para longe. Acredite se quiser, ‘O Sonho de uma Família’ é esse tipo de produção. Centrado na história da pequena Alma e seus irmãos tendo que lidar com os divórcio dos pais. A diretora Ginevra Elkann faz um belo trabalho de construção dos personagens em tela - seja pela evolução deles quanto pela riqueza de detalhes. Elkann trouxe também sua visão feminina colocando nas mulheres todo o poder do filme. Esse foi o longa-metragem de estreia da cineasta, além de dirigir também escreveu o roteiro. ‘O Sonho de uma Família’ pode ser um filme simples, mas cheio de nuances que o deixa bastante interessante. [-]

A história de ‘Zeroville’ é quase tão bizarra quanto o filme em si. Dirigido e protagonizado por James Franco, o projeto foi rodado em 2014. No entanto, depois disso, entrou em uma espécie de limbo. Não tinha nenhuma distribuidora para colocar os filmes nos cinemas. Foi só em 2019 que o projeto foi retomado pelo myCinema, que adquiriu os direitos de ‘Zeroville’ e o colocou nas telas no final do ano. E ao assistir ‘Zeroville’, percebe-se os motivos que fizeram com que o filme sumisse. Ao contar a história de um ator chegando na Hollywood dos anos 1960, Franco mergulha nesse período de transição do “país do cinema”, em um ambiente que convive com o surgimento dos filmes independentes e da cultura de drogas, sexo e rock'n'roll. É um filme estranho, sem dúvidas, que mostra como Franco gosta de projetos estranhos e como Seth Rogen, que é coadjuvante, é um amigo para todas as horas. Para se embrenhar na estranheza do projeto e questionar os limites dessa realização, que provoca o espectador a olhar pra essa Hollywood com outros olhos. [-]

A protagonista interpretada pela atriz e cantora Grace VanderWaal foi a vencedora da 11ª temporada do reality show ‘America's Got Talent’, com apenas 12 anos. Ela encantou a internet com suas habilidades musicais e, agora, é estrela de um dos filmes da Disney. VanderWaal parece que nasceu para esse papel e é bem nítido isso na produção, já que ela entrega uma atuação muito natural. Outro destaque é Graham Verchere, que também surpreende no filme. ‘A Extraordinária Garota Chamada Estrela’ conta uma história bonita, mágica e cheia de música. o roteiro é baseado no romance ‘Stargirl’ da autora Jerry Spinelli. [-]