Lançamentos online da semana de 25 de dezembro de 2020

George Clooney volta a ocupar a cadeira de diretor nesta ficção científica baseada no livro Good Morning, Midnight (em tradução livre: bom dia, meia-noite) de Lily Brooks-Dalton. O filme acompanha a história de um cientista que corre contra o tempo para impedir que um grupo de astronautas volte à Terra depois de uma catástrofe global. Este é um dos melhores trabalhos de Clooney na direção e também como ator - ele também é um dos protagonistas de ‘O Céu da Meia-Noite’. Se você estava preocupado com o excesso de comerciais de café que ele estava fazendo, pode ficar tranquilo pois George Clooney retornou ao que ele faz de melhor. Além dele, o resto do elenco, Kyle Chandler, Felicity Jones e David Oyelowo, está ótimo também. [-]

Uma das perdas de 2020 foi não poder assistir ‘Soul’ nos cinemas - e tantos outros filmes. A animação era uma das mais aguardadas do ano e fez jus à espera. Mais uma história tocante da Pixer e uma das mais inclusivas também, pela primeira vez o estúdio colocou um negro como o protagonista - por mais que não tenha sido ilesa de críticas pois grande parte do filme o personagem principal, Joe Gardner, aparece como um avatar azul que representa sua alma. Apesar disso, não tem como negar que ‘Soul’ está carregado de cultura afro-americana, ao começar pela impecável trilha sonora. [-]

Robert Rodriguez volta a comandar produções de ação com crianças em ‘Pequenos Grandes Heróis’. O filme marca também o retorno de Sharkboy e Lavagirl, que foram os protagonistas de uma das produções do diretor em 2005 - inclusive, ‘As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl em 3-D’ foi um dos primeiros longas-metragens lançados em 3D dentro do "revival" moderno do formato. ‘Pequenos Grandes Heróis’ mostra os filhos dos maiores heróis da Terra tendo que unir suas forças para enfrentar os alienígenas que invadiram o planeta. A produção fala sobre a importância da diversidade e do peso das responsabilidades. [-]

Foi em 1996 que o filme ‘Jovens Bruxas’ chegou aos cinemas. Foi um sucesso moderado. Bilheteria razoável, crítica morna e público levemente empolgado. Inexplicavelmente, porém, o longa-metragem volta às telonas 24 anos depois com ‘Jovens Bruxas: Nova Irmandade’, uma história que busca mergulhar no legado daquelas bruxas do primeiro e tão esquecível filme. Aqui, alguns dos problemas de ‘Jovens Bruxas’ se repetem: as personagens são um tanto quanto estereotipadas demais, algumas histórias são banais e o ritmo não empolga tanto. No entanto, por outro lado, é interessante acompanhar a modernização da história de bruxas e feiticeiras, mesmo que não seja como o esperado. [-]

Christopher Nolan é fascinado pelo tempo. Falou sobre a confusão mental entre dia e noite em ‘Insônia’, mergulhou no tempo próprio dos sonhos em ‘A Origem’ e, ainda, quebrou a lógica do tempo-espaço em ‘Interestelar’. Agora, em ‘Tenet’, ele brinca com o caminhar do relógio como nunca antes. Assim como o próprio título pode ser lido de trás pra frente, toda a trama tenta seguir a mesma lógica com um filme “dois em um”: além da trama linear e tradicional, ainda encontramos uma outra história desavisada, vinda na direção contrária. O espetáculo visual é indiscutível, com alguns efeitos surpreendentes e de cair o queixo. No entanto, pode-se dizer que este é o filme mais explosivo do diretor, pro bem e pro mal. A confusão da narrativa é exagerada, exigindo uma revisão da história logo que os créditos sobem. E muita coisa é resolvida de maneira simplória. No entanto, ainda assim, as boas atuações de John David Washington (‘Infiltrado na Klan’) e Robert Pattinson (‘O Farol’) elevam a força do filme para outro patamar. [-]

Comédias românticas adolescentes se tornaram um dos pilares do cinema despretensioso e leve de assistir, com títulos como ‘Com Amor, Simon’, ‘A Barraca do Beijo’ e ‘Gatinhas & Gatões’ se consagrando como os principais filmes do subgênero. No entanto, engana-se quem pensa que encontramos essas produções juvenis apenas no cinema americano. Aqui no Brasil, são cada vez mais frequentes e, agora, ganha um título de peso com ‘A Garota Invisível’. Estrelado por Sophia Valverde (‘As Aventuras de Poliana’), o longa-metragem acerta em cheio ao criar o clima de uma escola e mostrar a jornada dessa jovem protagonista. Tímida e pouco conhecida na escola, ela acaba ganhando fama no local após um vídeo seu, se declarando para um amor platônico, viralizar. É um filme leve, despretensioso e muito divertido, que deve arrancar sorrisos e suspiros de quem o assistir. [-]

Uma jornada em torno de uma das artistas pop mais influentes dos últimos anos. Ariana Grande começou sua carreira com papéis secundários em séries teen da Nickelodeon e hoje, é uma das cantoras mais importantes do mundo. ‘Ariana Grande: Excuse Me, I Love You’ mostra os bastidores da turnê ‘Sweetener World’ e o lado mais humano - no sentido de ser uma pessoa comum - da artista. Com imagens de bastidores e apresentações, esse documentário é ótimo para conhecer o que Ariana Grande representa e sua importância no mundo da música. [-]

O esporte, não importa qual modalidade, é sempre inspirador. Afinal, são várias as histórias de personalidades e grandes nomes que batalharam para chegar aonde chegaram -- e, para além disso, há também a frequente luta no campo, nas quadras, nas piscinas e por aí vai. No documentário ‘Em Busca da Superação’, o espectador é convidado a mergulhar na história de superação de alguns dos maiores nomes do esporte. Vai de Pelé à Tom Brady, de Michael Jordan à Serena Williams. Todos com lições inspiradoras para quem os está assistindo. Há alguns momentos piegas, sim, e alguns exageros. Mas nada que atrapalhe a mensagem final do longa-metragem, que continua sendo assertiva e muito necessária. [-]

O novo trabalho do diretor Eric Baudelaire, nascido em Salt Lake City e crescido em Paris, é um intrigante documentário colaborativo. Está em foco um grupo de alunos moradores da “zona 93”, bairro da periferia da cidade luz estereotipado negativamente como zona de perigo e uma das regiões mais pobres da França. Foram fornecidas câmeras de filmagem e instruções básicas sobre como usá-las, deixando o equipamento por 4 anos nas mãos desses adolescentes. Além disso, há momentos que os estudantes foram gravados pela equipe enquanto conversavam sobre diversos assuntos. Assim, somos presenteados com uma obra com muito frescor e espontaneidade. Tocando em temas como amizade, emancipação para a vida adulta e o próprio processo e as implicações de fazer um documentário, é também um convite para ouvir esses jovens, que tem muito a ensinar pela forma que vem o mundo. [-]

Um documentário delicadíssimo sobre transgêneros. ‘Pequena Garota’ explora o conflito de crianças e seus familiares durante a transição. O filme é de uma beleza tocante, a fotografia é impressionante assim como a construção da história, que consegue deixar o telespectador absorto e encantado. Um retrato comovente sobre a cultura LGBTQ+ sob o ponto de vista infantil. [-]

Já assistiu algum filme do cineasta alemão Douglas Sirk? Ele é conhecido por produções da década de 1950 como ‘Palavras ao Vento’, ‘Imitação da Vida’, ‘Sublime Obsessão’ e outros filmes da ‘Era de Ouro de Hollywood’. Caso não tenha visto nada dele, deveria ou pode começar com ‘Sylvie's Love’, que é tem fortes influências de Sirk. Esse melodrama regado de jazz tem uma belíssima estética - tanto visual quanto musical. Apesar disso, o roteiro escrito por Eugene Ashe não é dos mais surpreendentes, cabe aos protagonistas Tessa Thompson e Nnamdi Asomugha trazerem magia para a tela e eles conseguem. [-]

‘O Assobio do Mal’ é um filme de terror baseado em histórias sobrenaturais folclóricas da América Latina. Com referências de Ingmar Bergman e Park Chan Wook, o diretor Gisberg Bermudez entrega uma produção extremamente bem feita e crível, em algumas cenas o telespectador parece fazer parte da narrativa. que quase sugere o que é vivenciado neste filme. O roteiro de ‘O Assoviador’ foi escrito pelo diretor junto com seu irmão, Gisyerg Bermudez e a roteirista Irina Dendiouk. A história faz um interessante paralelo entre o que é real e o sobrenatural. O desfecho da história é especialmente intrigante. [-]

Já assistiu algum filme do cineasta alemão Douglas Sirk? Ele é conhecido por produções da década de 1950 como ‘Palavras ao Vento’, ‘Imitação da Vida’, ‘Sublime Obsessão’ e outros filmes da ‘Era de Ouro de Hollywood’. Caso não tenha visto nada dele, deveria ou pode começar com ‘Sylvie's Love’, que é tem fortes influências de Sirk. Esse melodrama regado de jazz tem uma belíssima estética - tanto visual quanto musical. Apesar disso, o roteiro escrito por Eugene Ashe não é dos mais surpreendentes, cabe aos protagonistas Tessa Thompson e Nnamdi Asomugha trazerem magia para a tela e eles conseguem. [-]

O conhecido diretor brasileiro Daniel Filho encara aqui a função de adaptar uma das obras de Nelson Rodrigues. ‘Boca de Ouro’ foi uma peça escrita pelo autor na década de 1959 e agora ganhou outra versão cinematográfica - a primeira foi feita em 1962 e tem Daniel Filho no elenco, dessa vez como ator. Como um conhecedor da história, ele fez belo trabalho com o tinha em mãos e ainda conseguiu trazer singularidade à produção. O filme acompanha Boca de Ouro, um chefe do jogo do bicho, alguns críticos o chamam de Don Corleone da Madureira, bairro do Rio de Janeiro. Nelson Rodrigues construiu uma trama que mostra três versões da vida da protagonista, todas contadas a partir de sua morte. É um filme que não só faz uma homenagem a um dos maiores dramaturgos do Brasil, como exemplifica o motivo de Rodrigues ter sido tão bem sucedido em suas obras. [-]