Lançamentos online da semana de 27 de novembro de 2020

Baseado em fatos reais, o filme acompanha os funcionários encarregados de lidar com o colapso da usina nuclear de Fukushima Daiichi após o terremoto e tsunami de Tōhoku em 2011. ‘Fukushima: Ameaça Nuclear’ é uma visão séria do desastre e acaba funcionando como um alerta para o ocorrido, e como foi que a cidade de se recuperou disso. Além do trágico acontecimento, a história foca também em um drama familiar que se encaixa na situação. O longa é bem produzido e tem boas atuações, destaque para Ken Watanabe - conhecidíssimo por atuar em produções de Hollywood como ‘O Último Samurai’, ‘A Origem’, ‘Batman Begins’ e outros. [-]

Drama dirigido pelo badalado Ron Howard (‘O Código Da Vinci’, ‘Uma Mente Brilhante’) e protagonizado por Glenn Close (‘A Esposa’) e Amy Adams (‘Trapaça’), o longa-metragem ‘Era Uma Vez um Sonho’ é uma das maiores decepções da temporada de premiações 2020-2021. Anteriormente um possível concorrente, cheio de especulações ao seu redor, o filme decepcionou pelo tom tosco de algumas situações e, principalmente, pela falta de potência da história de uma família vivendo à margem da sociedade americana. No entanto, para não dizer que ‘Era Uma Vez um Sonho’ é totalmente ruim ou decepcionante, vale dizer que o elenco é arrebatador, com destaque para uma transformada Glenn Close. Poderia, e deveria, ser muito melhor. No entanto, uma pena, ficou no raso. [-]

Existem filmes de comédias de Natal adequadas para toda a família, desde o saboroso ‘Crônicas de Natal’ ao recente 'Uma Invenção de Natal' e, claro, clássicos como 'Esqueceram de Mim' ou 'O Grinch'. A premissa de um sucessor para o Papai Noel não é nova (há 'Operação Presente' ou 'Meu Papai é Noel' como exemplos), mas 'Noelle' tenta dar um toque mais contemporâneo ao levantar a ideia de que o manto é assumido por uma mulher. O filme tem um enredo simples e despretensioso, o que o torna um tanto esquecível no repertório cinematográfico de Natal, apesar do considerável carisma e toque cômico de Anna Kendrick e Bill Hadder. No final, porém, dá pra dar algumas risadas e passar o tempo. [-]

Não espere grandes momentos ou uma trama realmente impactante em 'Um Verão para Recordar', típica produção romântica voltada para a família. Assim como no filme antecessor, 'Horse Camp, também sob direção de Joel Paul Reisig, o longa-metragem conta uma história de amor em meio a um rancho de cavalos. O aspecto rural, a inocência das situações e os personagens um tanto quanto fantasiosos ajudam a dar o tom leve e despretensioso que o filme precisa, sem nunca se comprometer com alguma história realmente impactante. 'Um Verão para Recordar', assim, não é um filme que vai mudar sua vida e ficar cravado na memória. No entanto, tem potencial de ser um bom e leve passatempo em um dia qualquer. [-]

Kurt Russell está de volta como o Papai Noel nessa aventura natalina e, dessa vez, ele conta com Goldie Hawn como a Mamãe Noel. Os atores atuaram juntos pela primeira vez em ‘Um Salto Para a Felicidade’, de 1987, e, anos depois, mostraram que continuam com uma excelente química na tela. Essa sequência conseguiu manter a magia do primeiro filme e deixar o caminho aberto para mais uma produção. ‘Crônicas de Natal 2’ é uma produção espirituosa, leve e com uma dose de realidade, apesar de ser fantasiosa. Um demérito do filme é a duração, poderia ser mais curto pois não tem um roteiro tão complexo que exija duas horas para ser resolvido. [-]

Shawn Mendes é um cantor canadense que fez um sucesso estrondoso nos últimos anos desde que lançou o hit ‘Stitches’, em 2015. ‘Shawn Mendes: In Wonder’ mostra o lado mais íntimo do artista, incluindo um episódio no Brasil, quando ele cancelou um show em São Paulo por estar doente. No documentário é possível ver e até sentir um pouco pelo o que passa antes das apresentações e turnês. O filme mostra também a história dele com Camila Cabello, sua namorada que também é cantora. ‘Shawn Mendes: In Wonder’ foi feito para os fãs e se você não for, vale a pena para conhecer um pouco mais sobre um artista atual. [-]

Esse romance natalino estrelado por Wes Brown ('Somos Marshall') e Kellie Pickler (‘A Longa Caminhada de Billy Lynn’) vai te fazer entrar no clima das festas de fim de ano. Uma produção típica do Hallmark Channel, com um roteiro leve, que te fará esquecer seus problemas Uma das falhas da história foi fazer da cidade de Memphis, Tennessee, se tornar um paraíso gelado. A região é bem quente e mesmo no inverno, não costuma nevar tanto. [-]

Um agradável documentário para os amantes de balé - especialmente do ‘O Quebra-Nozes’, um dos mais tradicionais e populares. Perfeito para o fim do ano, ‘Sonhar e Dança: O Quebra-Nozes de Chocolate’ acompanha a atriz Debbie Allen e seus alunos na Debbie Allen Dance Academy durante a produção de uma nova versão do clássico balé chamada ‘Quebra-Nozes de Chocolate Quente’. Allen é inclusiva e o filme mostra bem isso, foca na vida dos bailarinos e na importância da diversidade nas academias de dança. [-]

Vencedor do Prêmio Nacional de Literatura do Chile, o maior prêmio literário do país, Raúl Zurita é considerado um dos poetas mais relevantes da região sul-americana e que sofreu em primeira mão as brutalidades da ditadura de Pinochet. Através das memórias de suas experiências e de sua obra, 'Zurita, Verás no Ver' é o tipo de documentário que levanta questões profundas sobre a natureza da arte, sua relação íntima com a dor e o sofrimento, a vida e a morte, bem como o ideal de seu eventual desaparecimento. Porque “o grande sonho humano é que um dia os poemas não sejam necessários, porque as causas que tornam os poemas necessários não existirão mais. E esse será o grande poema humano ”. Ideias profundas, veiculadas por belas imagens e pelo relato de uma vida extraordinária. [-]

Taylor Swift surpreendeu os fãs com o lançamento de ‘Folklore’ em meio a pandemia de coronavírus. O álbum é o mais íntimo que a cantora fez nos últimos anos e com o documentário ‘Folklore: Sessões no Long Pond Studio’ dá para entender o quanto foi importante para ela esse disco. Para os fãs de Taylor Swift, a produção será curta demais, pois quase não é perceptível que tem quase duas horas de duração quando embarcamos na talentosa mente da artista norte-americana. Swift compartilha cada detalhe do seu álbum e não deixa a desejar em nenhum momento. Com o filme, acompanhamos todo o processo criativo de criar algo do zero e fazer um trabalho incrível. ‘Folklore’ foi bem recebido pela crítica e está sendo considerados um dos melhores discos de Taylor Swift. [-]

O cineasta grego Yorgos Lanthimos se estabeleceu como um dos principais nomes do cinema atual, com filmes como ‘Dente Canino’, ‘O Lagosta’ e ‘A Favorita’. Agora, em ‘Nimic’, este breve exercício experimental em formato de curta-metragem, Lanthimos parece ir além da mera compreensão. Para isso, conta a história de um violoncelista profissional que encontra um estranho no metrô e passa a ter transformações em sua vida. É um filme estranho, que beira a falta de sentido. E não é pra menos. Afinal, ainda que ‘Nimic’ lembre a palavra “mímica” ou alguma coisa do tipo, “nimic” em romeno significa nada. Esta talvez seja a proposta do curta-metragem, que sem dúvidas traz um caráter perturbador e, acima de tudo, deve suscitar discussões acerca do real sentido por trás da história de Lanthimos. [-]

Protagonizado por Paul Bettany, o Visão de ‘Vingadores’, e Sophia Lillis, Beverly de ‘It: A Coisa’, ‘Tio Frank’ é uma produção sobre descobertas e grandes lições de vida. Com uma história simples, que é a viagem de uma adolescente com seu tio e seu parceiro, que acaba sendo uma forte narrativa sobre homofobia e preconceito. Situado nos anos 1970, somos apresentados a uma sociedade conservadora - que ainda existe mesmo 50 anos depois- no Sul dos Estados Unidos. O filme se passa exatamente em 1973, quatro anos depois da Rebelião de Stonewall, que aconteceu em Nova York e marcou a história LGBT na América do Norte. Como é visto na produção, o forte choque cultural de uma grande metrópole para o interior do país, especialmente quando se trata da evolução do própria ser humano. [-]

Daqueles dramas rasgantes, por vezes emotivos demais, ‘O Caderno de Tomy’ é um filme feito pra chorar. Afinal, esta produção argentina conta a história de uma mãe, com câncer terminal, que decide manter um caderno repleto de memórias, reflexões e sensações durante seu tratamento para que o filho, no futuro, as leia e tenha alguma conexão com ela — algo parecido com ‘18 Presentes’ e ‘Minha Vida’, com Michael Keaton. Ainda que o diretor e roteirista Carlos Sorin (‘O Cachorro’) pese demais a mão no dramalhão em alguns momentos, ‘O Caderno de Tomy’ consegue resgatar a sensibilidade da história em alguns momentos ternos, realmente delicados, principalmente por conta do elenco empenhado. Um filme primordialmente para chorar e derramar algumas lágrimas, com uma boa história. [-]

Filme egípcio diferenciado, com ecos evidentes do cinema iraniano de Jafar Panahi (‘Taxi’, ‘3 Faces’), o longa-metragem 'Exterior/Night' (ou ‘EXT. Night’) conta a história de um jovem cineasta que, em uma corrida de táxi, acaba indo sem querer conhecer bairros marginais de Cairo, no Egito. Provocativo e com um forte teor social e político, o longa-metragem é um mergulho ao lado mais obscuro do país africano e mostra como a sociedade pode ter diferentes olhares, gestos, comportamentos. Não é totalmente original, dada a semelhança do cinema do diretor Ahmad Abdalla com as realizações de Panahi. Mas não tira o brilho das revelações. [-]

Com produção de Anthony e Joe Russo, dupla de irmãos conhecida por ‘Vingadores’, e direção de Matthew Michael Carnahan, ‘Mosul’ é um típico filme de ação. Relevante citar que essa é a estreia de Carnahan como diretor e ele mostrou uma perspectiva interessante, muito por conta de sua experiência em roteiros. Matthew Michael Carnahan trabalhou em ‘Horizonte Profundo: Desastre no Golfo’, ‘Intrigas de Estado’, ‘Crime sem Saída’, entre outros e também é roteirista de ‘Mosul’. O filme acompanha a história de um policial iraquiano novato Kawa (Adam Bessa) que é resgatado de um tiroteio insano pela equipe de elite da SWAT e é recrutado pelo esquadrão, que não é dos mais honestas e jogam de acordo com suas regras. O longa-metragem tem ótimas sequências de ação e uma boa história. A única falha é no desenvolvimento dos personagens, já que apenas alguns ganham profundidade. [-]

É preciso dizer, 'A Batida Perfeita' é mais um filme otimista sobre pessoas que conseguem superar desafios para realizar seus sonhos. Embora esta produção não mostre nada particularmente original sobre a indústria do entretenimento, está repleto de esperança e carisma graças à atuação de Dakota Johnson ('50 Tons de Cinza') e da incrível Tracee Ellis Ross ('Black-ish'). Suas personagens tem uma dinâmica que lembra Andrea Sachs e Miranda Priestly em 'O Diabo Veste Prada'. [-]

Petrus Cariry é um dos realizadores mais interessantes e diferenciados do cinema brasileiro atualmente, com títulos no currículo como ‘Mãe e Filha’ e ‘Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois’. Agora, em ‘O Barco’, Cariry mergulha fundo em um experimentalismo fantasioso ao contar a história de dona Esmerina, mulher que tem 26 filhos, cada um chamado por uma letra do alfabeto. A vida deles é perturbada quando o primogênito manifesta o desejo de partir para conhecer o mundo além daquela vila em que moram. Esse clima de turbulência aumenta com a chegada de uma desconhecida que sobreviveu a um naufrágio. A partir daí, ‘O Barco’ ganha tons metafóricos, ousado e até por vezes perturbador, brincando com a linguagem. Para sair do conforto. Vencedor de prêmios no Cine Ceará. [-]

Segundo documentário da carreira de Sung-a Yoon, após o bom ‘Full of Missing Links’, o longa-metragem ‘Overseas’ é daqueles urgentes, desconfortáveis, provocativos. Afinal, o cineasta se debruça sobre histórias de escravidão doméstica neste mundo altamente globalizado em que vivemos. Por meio de bons relatos e imagens de arquivo desconcertantes, encontramos um embate de universos provocativo e que ainda precisa de mais atenção, compreensão e reflexão. Para ver, emocionar e, principalmente, pensar. [-]

'40 Dias: O Milagre da Vida' é uma produção com destino final: pessoas que gostam de filmes religiosos sobre assuntos mundanos. Aqui, no caso, aborto. Afinal, os diretores Chuck Konzelman e Cary Solomon não se esforçam em debater o assunto ou trazer olhares realmente provocativos. Na verde, a dupla de cineastas pinça uma história aleatória sobre o tema, coloca um filtro religioso e, assim, tenta apenas reforçar a ideia pró-vida que circula por aí, sem grandes momentos ou discussões. No entanto, o público que gosta de filmes religiosos ou que quer ouvir discursos em consonância com o que acreditam, sem dúvidas, vão encontrar aqui uma oportunidade de mergulhar ainda mais em suas crenças e preceitos pessoais, reforçados por uma história que beira o inacreditável. [-]

Está a procura de um bom terror? Chegou ao lugar certo! ‘Vozes’ é uma produção espanhola caprichada e feita para assustar. Depois do sucesso do curta ‘Behind’, era de se esperar que o primeiro longa-metragem do cineasta Ángel Gómez Hernández surpreendesse. ‘Vozes’ tem um roteiro bem pensado, o que costuma ser raro em filmes de terror, um constante suspense e uma extraordinária reviravolta na história. [-]

Difícil dizer qual o objetivo de ‘A Ilha da Fantasia’. É para assustar? É para fazer rir? É para ser uma espécie de fantasia paralela? São várias as possibilidades de interpretação deste longa-metragem de Jeff Wadlow (‘Verdade ou Desafio’), que adapta a clássica série homônima dos anos 1970 e 1980 para as telonas. E isso é perceptível na própria filmografia do cineasta, que comandou comédia besteirol (‘A História Real de um Assassino Falso’), filme de esporte (‘Quebrando Regras’), continuações de filmes celebrados (‘Kick-Ass 2’) e um terror adolescente (‘Verdade ou Desafio’). ‘A Ilha da Fantasia’ parece uma grande mistura disso tudo. Tem perseguição, tem zumbis, tem realidade paralela, tem reviravoltas toscas, tem jumpscares para assustar grupos de adolescentes. Uma mistureba. O fato é que esta é uma produção que não foi levada a sério desde sua concepção, mesmo contando com um elenco forte (Michael Peña, Lucy Hale, Michael Rooker) e, dessa mesma forma, não deve ser a levado a sério pelo público. Quem não se importar com os furos de roteiro, com as facilitações, com os momentos exagerados e com as bobagens que vão aparecendo, sem dúvidas poderá se divertir e se perguntar: qual seri [-]

Essa é uma produção italiana que está inserida na tendência dos vingadores em filmes de ação. Um padrão bem frequente em histórias protagonizadas por Liam Neeson. ‘A Fera’ mostra um homem que diante de uma ameaça a sua família decide fazer justiça com as próprias mãos. Para salvar sua filha, Leonida Riva, interpretado por Fabrizio Gifuni, fará o impossível e entrará em uma perseguição internacional, arriscando a própria vida e se tornando um foragido. Gifuni mergulhou de cabeça no personagem e deixou seu corpo completamente preparado para as intensas sequências de ação. Inclusive, ele é um dos grandes destaques do filme. [-]

Que filme mais divertido e espirituoso é ‘A Galeria dos Corações Partidos’, bom longa-metragem de estreia de Natalie Krinsky — anteriormente roteirista esporádica de séries, como ‘Grey’s Anatomy’ e ‘Gossip Girl’. Aqui, ela investe em uma comédia quase anti-romântica para contar a história de Lucy (Geraldine Viswanathan, de ‘Não Vai Dar’), uma garota que acaba de passar por um rompimento traumático e, tentando seguir com a sua vida, decide abrir uma galeria de arte para que as pessoas deixem ali objetos de relacionamentos passados. Ainda que um pouco óbvio em sua condução, lembrando outras comédias moderninhas sobre romance como ‘Um Crime para Dois’ e ‘Salve-se Quem Puder!’. Divertidinho, bom pra passar o tempo, e com bom olhar sobre romances modernos. [-]

O cinema sul-coreano sempre foi bom, mas o ocidente só passou a demonstrar mais interesse depois de ‘A Criada’, de Park Chan-wook, e de ‘Parasita’, de Bong Joon-ho - que foi o primeiro filme de língua não inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme e mudou a história da sétima arte. Com base nisso, é mais fácil falar que grande parte das produções feitas na Coreia do Sul são boas, interessantes e com boas reviravoltas no roteiro. ‘A Ligação’ é sem dúvida um suspense bem construído, com uma história envolvente e boas atuações. Se você gostou dos filmes citados, certamente vai se interessar por ‘A Ligação’. [-]

Depois do tenso e provocativo ‘Na Próxima, Acerto o Coração’, o realizador francês Cédric Anger volta a assinar roteiro e direção de um longa-metragem com ‘Paris Pigalle: O Amor é Uma Festa’. Aqui, o diretor, como o próprio nome sugere, se afasta do crime e do suspense para falar sobre romance e comédia, em iguais medidas, na história de dois policiais que precisam se infiltrar no universo da indústria pornográfica dos anos 1980. Com toques de ‘Boogie Nights’, o longa-metragem não se priva de trazer algumas observações espirituosas sobre esse mercado e, principalmente, sobre as particularidades observadas em idos da década de 1980. Destaque para Guillaume Canet (‘Amor ou Consequência’) e Gilles Lellouche (‘Um Banho de Vida’), os dois protagonistas que empolgam na condução do filme. [-]

Muitos podem dizer que qualquer épico é exagerado -- vide as batalhas grandiosas de ‘O Senhor dos Anéis’, os efeitos especiais marcantes de ‘Ben-Hur’, a jornada emocional de ‘Coração Valente’. Mas são exageros pontuais, bem pensados, e que acabam fazendo sentido na trama como um todo. ‘A Verdadeira História de Ned Kelly’ é daqueles épicos que vão além, que acaba exagerando nas atuações e na intensidade da produção. Afinal, o diretor Justin Kurzel (de ‘Macbeth: Ambição e Guerra’) mergulha em um mar de insanidade e loucura para contar a história real de Ned Kelly (George MacKay), um rapaz criado num ambiente difícil e que, rapidamente, acaba se tornando uma lenda na Austrália. Afinal, mais do que cometer crimes e assassinatos, este fora-da-lei quer vingança pela prisão injusta de sua mãe e, de certa forma, fazer com que sua disfuncional família seja enfim respeitada no País. É um filme intenso, muitas vezes mais do que deveria. Mas que deve agradar aqueles que buscam histórias reais repletas de momentos grandiosos, um punhado de violência e atuações especiais de MacKay (‘1917’), Russell Crowe (‘Gladiador’) e Charlie Hunnam (‘Rei Arthur’). [-]

Um típico filme natalino com a ilustre presença de Dolly Parton - que já participou de outras produções do gênero. Inclusive, a cantora também colaborou com o roteiro de ‘Natal com Dolly Parton’, longa é baseado em uma peça escrita por Parton, cujas músicas também são composições dela. O filme tem tudo que lembra o fim de ano: esperança, magia, boa trilha sonora e dramas familiares. Uma produção divertida. No entanto, fica o aviso: se você não for fã de musicais, talvez deva partir pra outra. [-]

Após um longo período dirigindo apenas séries, como ‘Desperate Housewives’ e ‘The Office’, o cineasta Charles McDougall volta a visitar longas-metragens com ‘Ana’, comédia dramática sobre aquelas amizades improváveis, inexplicáveis. Aqui, especificamente, a tal amizade inesperada surge entre Ana, uma menina cuja mãe está na prisão, e Rafa, um vendedor de carros falido. Após se encontrarem por acaso, os dois embarcam em uma jornada para tentar encontrar um lar para Ana e salvar Rafa do colapso financeiro. É um filme convencional, que repete histórias, sentimentos e reviravoltas já presenciados em outras produções, que não devem surpreender ninguém, nem chamar a atenção por sua originalidade. No entanto, ainda assim, ‘Ana’ acerta em cheio na criação e desenvolvimento de suas personagens, emocionando até mesmo aqueles corações mais duros e racionais. [-]

Uma comédia mexicana sobre um tema batido que ainda consegue ser engraçado: pessoas que trocam de corpo. Assim como vimos em ‘Sexta-Feira Muito Louca’, ‘Garota Veneno’, ‘Eu Queria Ter a Sua Vida’, a produção segue a mesma premissa, que se reinventa a cada novo filme, mas não perde a essência. ‘Locas Por El Cambio’ coloca duas mulheres nessa situação complicada. Uma tem a vida perfeita, enquanto a outra não vive lá um conto de fadas. Destaque para a participação mais que especial de Itatí Cantoral, a eterna vilã de ‘Maria do Bairro’, Soraya Montenegro. [-]

Mara (Sarah Hyland, de ‘Modern Family’) tem fobia à relacionamentos. Não quer saber de compromissos duradouros, tampouco tem interesse em viver de maneira permanente com alguém. No entanto, esse seu medo irracional — mas compreensível e explicável, vale dizer — ganha outros contornos quando ela se vê obrigada a ir em 7 casamentos em um mesmo ano. A partir daí, seu relacionamento com Jake (Tyler James Williams) ganha novas camadas, sensações e emoções, levando o espectador a embarcar em uma tradicional jornada de aceitação ao próximo e, principalmente, compreensão de seus relacionamentos. [-]

No final da década de 1980 e começo dos anos 1990, filmes sobre brinquedos macabros se tornaram populares e dominaram a infância de algumas pessoas. ‘Brinquedo Assassino’ é um clássico e depois dele, vieram outros da franquia Chucky e histórias similares como ‘A Boneca Assassina’, ‘Brinquedos Diabólicos’, e recentemente, a Annabelle também se tornou um conto de terror popular - e baseado em fatos reais. ‘Brinquedos do Terror’ parece ter sido inspirado nessas histórias e especialmente em ‘Brinquedos Diabólicos’. No entanto, a narrativa acaba entrando no mesmo marasmo dos longas mais recentes do gênero, pouca inovação e muitos clichês já conhecidos por quem acompanha esse tipo de produção. [-]