Lançamentos online da semana de 5 de março de 2021

Em 'Legado Explosivo', Liam Neeson interpreta Tom, um homem que roubou mais de 9 milhões sem deixar rastros, mas tudo muda quando ele conhece uma mulher chamada Annie (Kate Walsh), e é quando o problema começa. Ele se apaixona e agora quer fazer as coisas certas. Honestamente, o romance entre Tom e Annie é bastante doce, mas o mais surpreendente é ver um ator da estatura de Liam Neeson, em papéis de ação acelerada e ao mesmo tempo vê-lo como um romântico sem esperança. É por isso que este irlandês ainda é um dos nossos favoritos. [-]

Dirigido por Amy Poehler (‘Parks and Recreation'), esse filme mostra que o futuro dos filmes adolescentes pode ser promissor. Em ‘Moxie’ uma adolescente cansada do ambiente tóxico e sexista de seu colégio se inspira no passado de sua mãe para publicar uma revista independente que dá início a uma revolução entre as meninas. Não é nem preciso citar o quão o cinema precisa abordar mais a luta feminina e desconstrução do machismo - de uma maneira menos forçada do que vemos em produções especificamente com esse propósito que acabam se tornando pedagógicas demais. A magia da cinematografia está em nos falar refletir (e aprender também) sobre diversos assuntos de uma forma mais leve e que de fato consiga nos entreter. ‘Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta’ consegue trazer a essência dos filmes de amadurecimento com um plano de fundo mais sério. Sim, é possível falar de romance adolescente e ao mesmo tempo desenvolver uma história que vai se livrando de sexismo aos poucos. É ótimo assistir a um filme em que os personagens parecem reais, mesmo que ainda tenham os estereótipos de colégio norte-americano. [-]

Não dá para dizer que ‘Um Príncipe em Nova York 2’ tem a mesma graça e vigor que o primeiro longa-metragem, lançado em 1988. Afinal, por mais que Eddie Murphy se esforce, a graça parece ultrapassada. Há muitas piadas desencontradas e, acima de tudo, o diretor Craig Brewer (‘Meu Nome é Dolemite’) fica o tempo todo apontando para nostalgias forçadas no filme -- é quase como se ele desse um pause o filme, entrasse na tela e questionasse se a gente lembra de tal personagem, de tal sacadinha, de tal brincadeira. É algo um tanto quanto cansativo. No entanto, ainda assim, ‘Um Príncipe em Nova York 2’ funciona. Ao contar a história do retorno de Akeem (Eddie Murphy) ao continente americano, conseguimos embarcar numa jornada de autodescoberta que vai muito além da narrativa de “descubra a América” do primeiro longa-metragem. Assim, os personagens são mais interessantes. E, no final das contas, podemos até derramar lágrimas de nostalgia. [-]

Típica comédia romântica para a televisão americana, ‘Amor À La Carte’ mistura o amor à gastronomia e o romance em iguais medidas. Aqui, acompanhamos um amor que acontece no coração de um restaurante, com um tempero feito sob medida para os fãs do gênero. Obviamente, a produção Hallmark entrega um formato quadrado, já conhecido por quem assistiu a qualquer longa-metragem da empresa. No entanto, isso não é um problema. Afinal, ‘Amor À La Carte’ é sob medida pra quem quer passar um tempo sem preocupações. [-]

Apesar de ser uma produção um tanto quanto despretensiosa, típica 'Sessão da Tarde', o longa-metragem 'Convenção das Bruxas' mexeu com o imaginário de muitas crianças lá no começo da década de 1990. Afinal, o filme assustou com o visual bizarro das bruxas que perseguem crianças e as transformam em ratos. Agora, a história volta a ficar em evidência com essa nova adaptação comandada pelo grande cineasta Robert Zemeckis ('Forrest Gump'). Vendido como uma versão mais fiel ao livro original, o novo longa pode decepcionar se olharmos por esse ângulo. Afinal, Zemeckis imprime muito pouco de sua qualidade como cineasta e não traz olhares realmente diferenciados aqui, repetindo até mesmo estilos de filmagens da versão dos anos 1990. O que se sobressai aqui são três coisas. Primeiramente, a afinidade dos atores, com destaque para Anne Hathaway ('Os Miseráveis') e Octavia Spencer ('Má'). Em seguida, os bons efeitos, que não assustam tanto quanto o filme original e deve atrair os pequenos. Por fim, algumas limpezas que Zemeckis fez na história e que não faziam mais sentido. De resto, fica o aviso: talvez, antes de assistir esta nova versão, seja mais interessante rever ou conhecer a dos anos [-]

A Disney tem o poder de nos transportar para outros universos e nos fazer esquecer da realidade por algumas horas -- ‘Raya e o Último Dragão’ é um desses acertos do estúdio. Ambientado no mundo fictício, onde dragões e humanos viviam em harmonia, até que forças malignas ameaçam a vida de todos e os seres místicos resolvem se sacrificar pelo bem da humanidade. No entanto, anos depois, o mal volta a dizimar as pessoas e a esperança é que o último dragão possa novamente restaurar a paz. Neste contexto conhecemos Raya, uma princesa guerreira novata no universo da Disney, que tem fé que de pode encontrá-lo. A animação dá espaço para uma nova geração de produções infantis com protagonistas mulheres. Além disso, há também representatividade cultural por se tratar de uma história com referências asiáticas. Apesar dos diretores de 'Raya e o Último Dragão' não terem ascendência asiática, os roteiristas, Adele Lim ('Podres de Ricos') e Qui Nguyen, têm. Como todo bom filme família, essa história é leve, divertida e que desperta aquele sopro de esperança na sociedade. Filme disponível pelo custo extra de R$ 69,90. [-]

Filme mais comportado e quadrado do cineasta Judd Apatow (‘O Virgem de 40 Anos’), ‘A Arte de Ser Adulto’ é uma mistura de drama ficcional e biografia. Afinal, a base dessa história é a jornada pessoal de Pete Davidson (do Saturday Night Live), protagonista e roteirista da história. No entanto, já que Davidson não tem um nome tão forte a ponto de vender um filme biográfico, Apatow acaba trazendo camadas ficcionais -- inclusive no nome do personagem principal, que se chama Scott Carlin. Apesar dessa incerteza de tom e de caminho a seguir com o longa-metragem, ‘A Arte de Ser Adulto’ traz alguns momentos inspirados e sabe misturar bem o drama e a comédia ao falar sobre a jornada desse homem na sombra do “sonho americano”. Um filme sensível e agradável com boas atuações. [-]

Charles Aznavour foi um dos maiores cantores da história da música, com canções que extrapolaram as barreiras físicas da França. Agora, a história de Aznavour é contada da maneira mais frontal, direta e sincera possível: com colagens de imagens captadas por ele com uma câmera que ganhou de Edith Piaf em 1948. O que vemos na tela, resultado de uma edição primorosa e uma boa direção de Marc di Domenico, são fragmentos da vida de Aznavour contados a partir de seu próprio olhar, sua própria maneira de enxergar o mundo. Falta dinamicidade aqui e ali, principalmente por conta da incessante narração que cansa e deixa o filme ainda mais modorrento. No entanto, no final, ‘Aznavour por Charles’ é uma espécie de presente do cantor francês para o mundo, após sua morte em 2018. [-]

Este longa-metragem lembra bastante ‘The Cave’, indicado ao Oscar de 2020 sobre um hospital em meio à guerra na Síria. A diferença aqui, além de ser sobre coronavírus, é que a direção optou por ser uma observadora difusa dos fatos ao invés de focar em um médico, em um paciente, em uma história. Por um lado, tem seus benefícios. O filme fica mais dinâmico e é interessante observar os diferentes efeitos da doença em diferentes pessoas. No entanto, perde em conexão com o espectador, que não consegue se prender em nenhuma das histórias. No final, acaba sendo mais um ótimo documento sobre um dos momentos mais complicados da História do que um grande filme. Não tenho dúvidas de que, no futuro, ‘76 Days’ será usado em escolas para que novas gerações entendam melhor um pouco do que passamos no triste ano de 2020. [-]

Se você gostou dos filmes da franquia ‘A Morte Te Dá Parabéns’, o longa-metragem ‘Freaky: No Corpo de um Assassino’ com certeza é uma boa pedida. Ainda que o diretor Christopher Landon não repita sua performance do primeiro ‘A Morte Te Dá Parabéns’, há aqui uma boa mistura de comédia e terror ao acompanharmos a jornada dessa garota (Kathryn Newton) que tem sua consciência trocada com a de um serial killer (Vince Vaughn). O suspense e o terror não são tão afiados, vale dizer -- apesar da presença constante de sangue e violência. O destaque fica mesmo com essa trama de troca de consciência, ao melhor estilo ‘Sexta-Feira Muito Louca’, em que Vince Vaughn deve fazer qualquer um gargalhar com seus tipos e maneirismos de uma garota adolescentes. [-]

Comédia bastante ousada e provocativa, cheio de lugares fora do comum, ‘Duas Tias Loucas de Férias’ conta a história de duas amigas que saem pela primeira vez de férias, deixando para trás uma pequena cidade no Meio Oeste americano. A partir daí, com atuações fora da caixinha de Kristen Wiig (‘Mulher-Maravilha 1984’) e Annie Mumolo (‘Perfeita é a Mãe’), o longa-metragem se arrisca em áreas que beiram o absurdo e deixam tudo ainda mais empolgante. O trabalho surpreendente do diretor Josh Greenbaum, que deixa filmes de segundo escalão para trás, assim como séries esquecíveis, para trazer algo que realmente valha a pena para as telas. Um filme para viajar na maluquice e se divertir. [-]

Um filme que toca em assuntos complicados. ‘O Affair’ coloca uma professora em saia justa e a partir do momento em que ela começa a ser perseguida por um aluno – e acaba cedendo às investidas dele. Por um lado, é natural ir contra o que a protagonista faz, pois configura em um crime. Por outro, é triste ver o quão solitária ela é para se sujeitar a uma situação dessa. Logo, o espectador também acaba em uma saia justa. É um thriller realmente denso e que te faz refletir sobre cultura do estupro e muitas outras questões enraizadas na sociedade. Afinal, quem errou nessa trama? [-]

Drama com toques de thriller e de horror, ‘(In)Seguros’ é daqueles filmes imprevisíveis, inesperados e que, por tudo isso, faz com que o espectador passeie pelo roteiro de Jason Chase Tyrrell (‘Ghost House’). Dirigido por Michelle Danner (‘Hello Herman’), a história fala sobre um homem que compra um sistema de segurança residencial de última geração para proteger sua família. A partir daí, acompanhamos um roteiro cheio de significados criativos para falar sobre os medos (e os riscos) da automação na vida das pessoas. Obviamente, tem alguns problemas graves de lógica e um design de produção um pouco exagerado. Mas é isso: se o espectador comprar a ideia, vai conseguir viajar nas ideias e na proposta. [-]

O famoso documentarista Gianfranco Rosi volta a encantar - e impressionar - com ‘Notturno’. O filme, premiado no Festival de Veneza, onde ganhou três prêmios, mostra a dura realidade das pessoas que vivem em meio aos conflitos do Oriente Médio. As imagens foram capturadas ao longo de anos nas regiões do Irã, Curdistão, Síria e Líbano. O documentário é surpreendente pois mostra o quão pesado é viver neste ambiente em contraponto com quem se acostumou com essa realidade. ‘Notturno’ é uma produção naturalista, sem narração ou músicas que tentam provocar reações no espectador, e esse é dos maiores méritos de Gianfranco Rosi. [-]

Christopher Wallace, mais conhecido por Notorious B.I.G, foi morto em 1997 aos 24 anos e, apesar da sua breve passagem, se tornou um dos maiores ícones do rap de todos os tempos. Através de filmagens íntimas feitas pelo seu melhor amigo e entrevistas com familiares e amigos próximos, temos acesso a sua história. Há caminhos tortuosos que geralmente ficam esquecidos e que são trazidos nessas filmagens de época e nas entrevistas. A compreensão de sua obra, marcada por letras autobiográficas, pode ser expandida com o filme. É uma boa pedida para os fãs de Notorious B.I.G., mas também para qualquer pessoa interessada em saber mais sobre uma das figuras mais importantes da história da música. [-]

Se você gosta de filmes que misturam romance e drama na adolescência, não pode perder o delicado ‘Meu Verão Extraordinário com Tess’. Dirigido por Steven Wouterlood, o filme parece em um primeiro momento uma versão europeia de ‘Meu Primeiro Amor’ -- falando sobre a descoberta da paixão com um ambiente praiano delicioso. No entanto, esta produção entre Alemanha e Holanda acaba trazendo assuntos mais densos e poderosos, como solidão, depressão e até suicidio. Um filme delicado, que perde o tom em alguns momentos, mas que acerta bem na forma de mostrar as dores que existem na juventude. [-]

Interessante ficção científica que gerou debates e importantes reflexões. Afinal, em ‘Archive’, o diretor Gavin Rothery (‘O Último Homem’) fala sobre luto, perda e solidão ao contar a história de um homem que está desenvolvendo uma inteligência artificial cada vez mais parecida com o ser humano -- com pontos de reflexão e até opiniões próprias. Assim, ‘Archive’ acaba ganhando força quando este protagonista (Theo James) tenta colocar a consciência da esposa morta nessa sua nova criação. Ainda que não chegue perto de um ‘Ex-Machina’, por exemplo, esta ficção científica se prova competente ao trazer reflexões sobre os novos tempos enquanto também embute uma boa discussão sobre processo de luto. Há pontas soltas, mas o final intenso acaba compensando até espectadores exigentes. [-]

Julien Leclercq é um diretor francês que se especializou em filmes de ação - entre eles, 'Lukas' e 'Carga Bruta'. Em 'Sentinela', o cineasta entra um pouco mais no drama e tem a sua primeira protagonista feminina: Olga Kurylenko, de '007: Quantum of Solace'. Na história, a atriz vive uma soldada traumatizada por seu passado e que, mesmo assim, se vê obrigada a entrar em ação para vingar o estupro da irmã. É uma daquelas histórias que, por mais que seja ficção, tem um pé forte na realidade - e, entre um soco e outro, nos faz refletir sobre o mundo. [-]

Luiz Carlos Barreto é um dos maiores nomes do cinema brasileiro, assinando a produção de filmes como ‘Vidas Secas’ e ‘Terra em Transe’. No entanto, ‘Barretão’ vai muito além dessa faceta cinematográfica de Luiz Carlos Barreto. Aqui, o diretor Marcelo Santiago fala sobre o homem Barretão, mostrando como ele, nascido na cidade de Sobral, no Ceará, se tornou um grande ícone da cultura brasileira e transcende em sua atuação na cultura no geral -- tendo o futebol e o fotojornalismo também como algumas das facetas desse homem cheio de habilidades. Um filme para fãs do Barretão, mas também para aqueles que gostam de cultura brasileira e querem descobrir mais sobre essas personalidades tão marcantes. [-]

Se na Grécia de Homero temos Odisseu como o principal personagem da literatura de uma época e seu tempo, pode-se dizer que Franz está se tornando o grande nome da Odisseia da Alemanha. Protagonista do romance ‘Berlin Alexanderplatz’, a história do personagem chegou aos livros ainda em 1929, escrita por Alfred Döblin. Agora, ‘Berlin Alexanderplatz’ ganha sua versão definitiva. O diretor Burhan Qurbani (de ‘Nós Somos Jovens. Nós Somos Fortes’) mergulha na essência dessa odisseia e a moderniza. Franz vira Francis, um imigrante (ou seria refugiado?) africano que tenta uma nova oportunidade de vida na Alemanha. No entanto, como diria Drummond, há uma pedra no meio do caminho. Pedras, para ser honesto. E a partir daí, com uma atuação potente de Welket Bungué (‘Joaquim’) como o protagonista, vamos entendendo os meandros e os desafios do homem moderno e “estranho” ao cenário do cotidiano alemão. É um filme forte, moderno e com uma estética inteligente, que flerta com o expressionismo que deixou o livro original tão marcado. Por fim, não há como esquecer de Albrecht Schuch (‘Transtorno Explosivo’), vilão que parece saído de um romance de Gil Vicente. [-]

Um mergulho visual de como nossas noções se transformam depois (e durante) a pandemia de coronavírus. O diretor John Smith faz um curioso paralelo entre a política e a sociedade, usando imagens do governo e dos edifícios do Reino Unido. Ao mesmo tempo que faz uma crítica à própria arte e como isso se tornou uma ferramenta do capitalismo, ele também tece uma reflexão sobre a mercantilização do tempo e espaço. [-]

A história de Portugal, nos anos 1970, foi realmente conturbada politicamente, com muita luta pelos direitos democráticos. Aqui, em ‘SNU: A História de Amor que Mudou Portugal’, o espectador acompanha esse cenário como ornamento de uma história de amor entre Sá Carneiro (Pedro Almendra) e Snu Abecassis (Inês Castel-Branco). E seria essa apenas uma história romântica que se vale da História para acontecer nas telonas? Nada disso. A diretora Patrícia Sequeira mostra como esse romance afetou a carreira política de Sá Carneiro, fundador e principal rosto do Partido Social Democrata em Portugal. Filme bonito, bem ambientado, e com alguns momentos realmente inspiradores, ainda que lento demais. [-]

Uma comédia sobre tráfico dirigida por Carlos Moreno, que possui um nome forte no circuito de festivais internacionais como Sundance e Roterdam. ‘Don Oscar’ é um divertido filme colombiano que tece uma crítica aos cartéis de drogas e as produções sérias que tratam disso. Quando falamos de cinema latinoamericano constantemente nos deparamos com longa-metragens monotemáticos, este é um exemplo que consegue se destacar neste nicho, ainda mais se tratando da Colômbia – onde o assunto mais conhecido no mundo cinematográfico é Pablo Escobar. [-]

‘Alcione: O Samba é Primo do Jazz’ é daquelas biografias quadradonas, até um pouco cansativas em seu formato e ideia, que pega um grande nome da cultura e fala exaustivamente sobre sua vida, sua história e coisas do tipo -- sempre com um cuidado para deixar a imagem do retratado imaculada. Alcione, dona de interpretações como ‘A Loba’ e ‘Não Deixe o Samba Morrer’, ganhou um documentário exatamente com essa linha de retrato. No entanto, apesar do formato absolutamente banal, a própria figura de Alcione acaba dando força ao filme no geral, principalmente mostrando como é o seu cotidiano. É o ingrediente especial de ‘O Samba é Primo do Jazz’, deixando-o no degrau do aceitável. [-]

Kevin James, geralmente, é figura presente em comédias pastelão, como ‘Segurança de Shopping’ e ‘Professor Peso Pesado’. No entanto, em ‘Becky’, o ator ganha o aspecto de durão para interpretar um criminoso que tenta matar uma família numa casa isolada -- o que inclui a adolescente rebelde Becky, que dá nome ao filme. Os diretores Cary Murnion e Jonathan Milott exploram um “mais do mesmo” dessa mistura de suspense e slasher, ao mostrar o desespero da protagonista em fugir das garras desse Kevin James barbudo e com sangue em seu rosto. Sem dúvidas, o filme poderia ser mais forte e vigoroso, com mais originalidade na sua estrutura. Mas dá para divertir os fãs de filmes violentos de suspense. [-]

Uma família muda para um pequeno vilarejo na Inglaterra - e como em grande parte dos filmes de terror - nem suspeita do passado macabro da mansão que vão morar. Continuação do longa de 2016, que apesar dos clichês consegue ser um thriller interessante pelo final inesperado. Agora, temos ‘Brahms: Boneco do Mal II’ que bebe da mesma água do primeiro filme, mas acaba pecando no desfecho. O enredo possui um desenvolvimento aceitável, coeso e bons momentos de tensão. No entanto, essa sequência acaba tirando a graça do longa original justamente por modificar seu diferencial com essa nova história. [-]

Recentemente, a Netflix tem colocado em seu catálogo alguns filmes sobre a música eletrônica. Em ‘Connected’, um dos DJs mais respeitados no mundo subiu ao palco do tradicional Teatro Colón, na sua terra natal Argentina, com uma orquestra completa. Unindo universos musicais geralmente distantes, Hernan Cattáneo rompeu com os paradigmas mais uma vez, mostrando que não há barreiras para a arte. Os concertos, que aconteceram em quatro dias, foram resumidos neste documentário dirigido por Milton Kremer. [-]

Interessante exemplar de filme sobre futebol, ‘Donas da Bola’ é daquelas histórias inspiracionais sobre grandes jornadas pessoais que ganham força a partir do esporte. Ou seja: nada de novo no front. Aqui, mais especificamente, a história de um treinador que decide formar uma equipe feminina para tomar o lugar dos homens e salvar o time como um todo -- abalando, também, as estruturas da pequena comunidade em que vivem. Há certa falta de tom em alguns momentos, assim como algumas sacadas um tanto quanto ultrapassadas. No entanto, o trabalho do diretor Mohamed Hamidi (do bonito ‘A Incrível Jornada de Jacqueline’) acaba trazendo a leveza necessária para a obra como um todo. [-]

Este filme enfrentou polêmicas por escalar Dakota Fanning como uma mulher muçulmana. Na época, a atriz explicou que estava dando vida à uma britânica que foi abandonada na África e cresceu como muçulmana. Com a importância da diversidade no cinema, a produção acabou enfrentando uma reação negativa do público. Apesar de suas falhas, ‘Raízes do Amor’ atinge muitas das notas certas, apresentando uma história comovente sobre a busca por um lar e como é fácil se apegar aos detalhes da vida quando você já vivenciou o abandono. [-]

‘Feitiço’ tem uma história pesada, assim como seus personagens nos primeiros atos do filme. Conforme a trama vai evoluindo - para um trauma geracional ainda mais intenso - você espera que o final seja catártico, mas acaba deixando a desejar pela previsibilidade. No entanto, as performances de Omari Hardwick e Loretta Devine elevam esse suspense de uma forma absurda, fazendo valer a pena o tempo dedicado nesta produção. Devine, especialmente, rouba cenas e torna sua personagem venenosa e maligna. [-]