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'Um Broto Legal' resgata história da origem de Tony e Celly Campello
Luiz Alberto Pereira comanda história que fala sobre como os irmãos de Taubaté entraram no mundo da música
Matheus Mans | 15/06/2022 às 14:58 - Atualizado em: 16/06/2022 às 12:44
O cineasta, ator e roteirista Luiz Alberto Pereira nasceu e cresceu em Taubaté, cidade do interior de São Paulo com pouco mais de 300 mil habitantes. Foi lá, quando era criança, que ele se encantou com os conterrâneos Tony e Celly Campello, se tornando a semente emotiva para o filme ‘Um Broto Legal’, que chega aos cinemas já nesta quinta-feira, 16.
"Me lembro de ver a Celly lá em Taubaté, quando eu ainda era pequeno”, contextualiza Luiz Alberto Pereira, em entrevista por telefone ao Filmelier. “Via as pessoas dançando e rebolando e achei aquilo uma insanidade. Isso ficou na minha cabeça. Além disso, ficou aquela minha vontade de mostrar como era a chegada do rock’n’roll no Brasil".

A história de Tony e Celly, afinal, se confunde com a história do rock no país. Cauby Peixoto abriu os trabalhos do gênero no Brasil, muito antes de sua ‘Conceição’, com o empolgante e dançante ‘Rock and Roll em Copacabana’, em 1957. No entanto, o sucesso retumbante veio de Taubaté com a já clássica ‘Banho de Lua’, na voz da ainda jovem Celly Campello.
Nesse recorte, Luiz Alberto Pereira decidiu não seguir o caminho de outras cinebiografias brasileiras com ‘Um Broto Legal’. Nada da infância de Celly, mas apenas a sua carreira.
“Eu optei pelo básico, que é mostrar o momento de sucesso, como ele foi fabricado e como se deu. Não queria pegar elementos fora disso, já que seria tangenciamento. A gente aprofundou no que precisava, contamos como foi, como aconteceu, como era o rock’n’roll naquele momento, como as coisas se desenvolveram para os dois”, explica Luiz.
Celly Campello de 'Um Broto Legal'
Para recriar Celly, seu tempo e sua música, Luiz Alberto começou fazendo testes para o elenco até encontrar Marianna Alexandre. “Ela chegou, tocou piano bem esperta e foi amor à primeira vista”, conta o cineasta. “Ela tem uma bagagem musical, toca piano desde os seis anos. Muitas semelhanças. Teve preparação, conversa. É uma pessoa muito rápida”.
Depois, na hora de desenvolver o roteiro, seguiu por dois caminhos: conversas e pesquisa. “Cheguei a conversar com o marido da Celly. Com o Tony, conversei muito com ele. Muito mesmo. Ele foi essencial para escrever o roteiro”, explica o cineasta, que também assina o roteiro da produção. “E também fui ao MIS, que tem um maravilhoso material de pesquisa”.
Com isso, o filme serve para algo essencial: resgatar o legado de Celly e, principalmente, a sua importância até para os dias de hoje. “No caso da Celly, especificamente, ela não quis continuar. Ela optou por isso. Ela não aguentava mais a trabalheira de ser cantora. Naquela época, a mulher era fabricada para casar, mas ela fez não por ser obrigada, mas por querer fazer. Resgatar Tony e Celly mostra uma comparação do que acontecia naquele tempo e no que acontece hoje. Como era a fama e como é hoje, como é a fama de 15 minutos”, explica.
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Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.
Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.
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