‘Bacurau’ é líder de bilheteria em “cinemas virtuais” dos EUA ‘Bacurau’ é líder de bilheteria em “cinemas virtuais” dos EUA

‘Bacurau’ é líder de bilheteria em “cinemas virtuais” dos EUA

Depois de enfrentar dificuldades nos cinemas tradicionais dos EUA por conta do coronavírus, ‘Bacurau’ encontrou espaço na janela dos cinemas virtuais

Matheus Mans   |  
11 de maio de 2020 11:42
- Atualizado em 17 de junho de 2020 12:05

Após o sucesso no Brasil, o filme ‘Bacurau‘ encontrou percalços no mercado norte-americano. Afinal, estreou em 6 de março e, rapidamente, foi prejudicado pela pandemia do novo coronavírus. Faturou apenas US$ 58 mil nos EUA. Mas, agora, achou espaço nos chamados “cinemas virtuais” – e se tornou líder de bilheteria.

Esse formato permite que os espectadores comprem o ingresso de salas de exibição. Ainda que o filme seja reproduzido na televisão de casa, se torna uma experiência parecida com a do cinema. Afinal, é preciso achar uma sala com o título, pagar pelo ingresso e assistir o filme uma única vez.

Ou seja: é uma espécie de video on demand transacional (TVOD), quando o usuário paga especificamente por um conteúdo em determinado tempo.

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Nesse formato, ‘Bacurau’ faturou US$ 100 mil entre os dias 19 de março e 30 de abril, sendo o longa que gerou a maior bilheteria na plataforma de “cinema virtual” Kino Marquee. Ficou à frente de outros filmes como a comédia ‘Extra Ordinary’ (US$ 79 mil apenas em digital) e o drama inglês ‘Você Não Estava Aqui‘, de Ken Loach (US$ 35 mil).

‘Bacurau’ surpreendeu nos cinemas americanos (Crédito: Divulgação/Vitrine Filmes)

Dessa forma, o longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles fez uma boa carreira nos cinemas norte-americanos. Somado ao faturamento dos cinemas tradicionais, antes da pandemia, ‘Bacurau’ cravou a receita total de US$ 158 mil no mercado audiovisual do Estados Unidos. Mais de R$ 910 mil, em valores atuais.

Nas próximas semanas, ainda, o longa-metragem ficará disponíveis nas plataformas tradicionais de video on demand, de compra e aluguel digitais.

Os “cinemas virtuais”

Antes inexistentes, as plataformas de “cinema digital” surgiram como uma aposta em tempos de pandemia e isolamento social. Ainda que exiba o filme em casa, a ideia é manter um quadro de títulos em cartaz e com exibições únicas. O espectador, assim, precisa escolher o que assistir e pagar uma vez.

Com isso, a receita foi revertida para os cinemas locais fechados por conta do coronavírus. Foi uma maneira de ajudar na manutenção das salas.

No entanto, agora, o formato surge como mais uma prova de que o video on demand está se fortalecendo e mostrando que consegue atingir bons números. Antes disso, a Universal Pictures surpreendeu o mercado ao ver o filme ‘Trolls 2’, lançado direto no formato digital, bater os US$ 100 milhões.

Já no Kino Marquee, a perspectiva é bater o faturamento de US$ 400 mil em breve. No Brasil, ainda não há nenhuma iniciativa do tipo entre exibidores.