Coppola sobre EUA: "Nossa democracia parece com Roma quando perdeu sua República"

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Com aplausos tímidos, Megalopolis, o novo filme do cineasta Francis Ford Coppola, responsável pelo ícone do cinema O Poderoso Chefão, estreou no Festival de Cannes. Na coletiva de imprensa, ao lado dos atores Adam Driver, Giancarlo Esposito, Aubrey Plaza e Laurence Fishburne, o diretor falou sobre o impulso que o levou a criar um épico romano passado nos Estados Unidos atuais. 

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“Eu não fazia ideia que a política atual faria disso [o filme] tão relevante. O que está acontecendo na nossa República, na nossa democracia, é exatamente como Roma perdeu sua República milhares de anos atrás”, explica. 

O filme está na competição pela Palma de Ouro, mas já divide opiniões entre a crítica especializada. Na história, um arquiteto ambicioso busca construir uma cidade futurista e harmoniosa, mas precisa enfrentar o prefeito com ideias clássicas. 

Para Coppola, foi o Império Romano com suas leis, prédios e política que inspirou os ideais Norte-americanos de democracia, que está em decadência e polarização. “A resposta não está nos políticos e sim nos artistas. O papel dos artistas é de iluminar a vida contemporânea. Minha esperança é que o nosso trabalho como artistas ilumine o que está acontecendo hoje”.

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