Festival de filmes sobre deficiência terá sessões presenciais e virtuais em São Paulo Festival de filmes sobre deficiência terá sessões presenciais e virtuais em São Paulo

Festival de filmes sobre deficiência terá sessões presenciais e virtuais em São Paulo

O ‘Assim Vivemos’ celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com a exibição de produções sobre esporte, arte, família, infância e educação

3 de dezembro de 2021 10:00

O Assim Vivemos: Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência já rodou Brasília e o Rio de Janeiro, e nesta semana desembarcou em São Paulo. Até o dia 20 de dezembro, é possível assistir a histórias transformadoras protagonizadas por pessoas com deficiência.

Este ano, o evento terá formato híbrido com sessões virtuais e presenciais – todas gratuitas. Além de quatro debates online, integram a programação 29 produções de 14 países divididos entre curtas, médias e longas-metragens. Com patrocínio do Banco do Brasil, as exibições serão no CCBB SP.

“A 10ª Edição do Assim Vivemos chega agora a São Paulo depois das temporadas nas praças do Rio de Janeiro e de Brasília, onde cumpriu seu papel de transformar, questionar, propor reflexões e reunir pessoas. Nossa expectativa é a de repetir em São Paulo o êxito que tivemos nas outras cidades, completando assim a trajetória desta edição. Alguns personagens dos filmes brasileiros são de São Paulo e estarão conosco nas sessões, conversando e nos emocionando. Esta edição está linda e o conjunto de filmes nos apresenta um mosaico rico e diverso das questões relacionadas às deficiências”, comenta Graciela Pozzobon, diretora do festival, em um comunicado à imprensa.

Festival brasileiro de filmes sobre deficiência terá sessões presenciais e virtuais em São Paulo
‘Quatro sentidos’, de Gabriel Zumbado (Crédito: Divulgação/Assim Vivemos)

Dos dias 1 a 13 de dezembro o CCBB recebe as sessões presenciais. Já online serão disponibilizadas aos poucos e ficarão disponíveis até o dia 20 de dezembro. A cada semana estarão no site do festival filmes relacionados aos debates semanais e na última semana, uma sessão extra.

Confira abaixo os filmes que compõem a mostra Assim Vivemos :

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A primeira lei’ (La ley primera) – Camila Fardella (Argentina)

Na intimidade do vínculo entre irmãs e no contexto de um processo em que Juli, após várias manifestações e desenhos, idealizou uma propaganda da qual é protagonista, observamos os bastidores e o making off de uma encenação artística. Acompanhada pela irmã Camila, Juli sonha com cortinas, com seu nome em um letreiro luminoso, e um palco com muitos refletores.

Volta’ (The Loop) – Johanis Lyons-Reid, Lorcan Hopper (Austrália)

O autor Lorcan Hopper é um orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar vida. ‘Volta’ é uma inusitada jornada pelo universo da deficiência, da autoria e da representação. O diretor de televisão estreante Lorcan Hopper faz parceria com o cineasta iniciante Johanis Lyons-Reid para transformar o mundo das novelas e transmitir a sua experiência de deficiência. Uma equipe de documentaristas filma todos os movimentos de Lorcan, do elenco e da equipe técnica. A questão que se apresenta é: será que elenco e equipe vão conseguir alcançar a intensidade e o profissionalismo que Lorcan exige deles? Sensível, hilária e sempre inesperada, ‘Volta’ é uma novela como você nunca viu.

O artista e a força do pensamento’ – Elder Fraga (Brasil)

O artista e a força do pensamento, reflete a relação entre equilíbrio e desequilíbrio dentro da parcialidade de movimento do dançarino Marcos Abranches. Ele oscila o corpo para despertar do vazio e isolamento causado pelo desequilíbrio. A falta de estética do movimento é sentida pelo abandono e pela rejeição, entendendo que o alívio está no amparo do amor. Investigando movimento do corpo um mundo sem angústia, sem dores, sem desespero. Busca a vida. Encontra na dança o equilíbrio do corpo e o belo da alma.

Não me esqueci de você’ – Rene Lopez (Brasil)

“Não me esqueci de você” é um documentário longa-metragem sobre educação inclusiva, que ouve diferentes vozes do processo educacional – pais de alunos, professores da rede pública e especialistas na área – e busca sensibilizar sobre a responsabilidade social e política da inclusão de alunos com deficiência na educação básica.

Fale conosco’ – Fabio Costa Prado (Brasil)

Fale Conosco é um documentário sobre a comunicação de pessoas com deficiência e a forma como se relacionam com o mundo e consigo mesmas. O filme conta com 12 participantes de todo o Brasil e foi dirigido remotamente no ano de 2020, com os próprios participantes e seus familiares realizando parte das filmagens sob a orientação da produção.

Seremos ouvidas’ – Larissa Nepomuceno (Brasil)

Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidades diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.

Silenciadas: em busca de uma voz’ – Flávia Pieretti Cardoso (Brasil)

O Documentário ‘Silenciadas: em busca de uma voz’ tem por objetivo principal ‘dar voz’ às mulheres com deficiência, oportunizando a expressão de suas vivências, de seus sentimentos, de suas “memórias” sobre a temática da violência de gênero, bem como, mostrar como se tornaram protagonistas de suas vidas apesar dos episódios relatados.

Uma parte de mim’ – Sara Paoliello (Brasil)

“Uma Parte de Mim” é um curta-metragem documental realizado pela diretora Sara Paoliello como projeto de conclusão do curso de Cinema e Audiovisual. Apresenta relatos de pessoas com diferentes deficiências (incluindo a diretora), que refletem sobre sua vida e sexualidade.

Movimento’ – Luis dos Santos Miguel (Brasil)

Movimento é um documentário que conta a história de Adilson – um homem surdo, nascido no interior do estado de São Paulo, que teve contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante a infância e, após concluir seus estudos, tornou-se professor dessa língua. O filme mostra a relação de Adilson com seus familiares ouvintes, revelando as formas que encontraram para se comunicar. Nesse contexto, através da mediação de um intérprete, a Libras e a língua portuguesa passam a coexistir.

Mulheres surdas me contaram’ – Marie-Andree Boivin (Canadá)

Geralmente, são as pessoas ouvintes que produzem pesquisas, livros e filmes sobre as pessoas surdas. Se tivessem a oportunidade, o que as próprias pessoas surdas diriam sobre suas vidas, sentimentos e experiências? Eu sou uma mulher surda, mas histórias de surdez não me foram contadas. Conheci mulheres surdas e pedi que me contassem suas histórias de vida.

13 Kilômetros’ – Vladimir Tyulkin (Cazaquistão)

O documentário ’13 quilômetros’ acompanha um homem cego que caminha sozinho da sua casa até a aldeia, enfrentando o rigor do inverno na zona rural do Cazaquistão. Ao longo do caminho, ele relembra os episódios mais importantes da sua vida. Gradualmente, somos expostos às orientações de valor de sua alma. O caminho deste cego na aldeia nos lembra as andanças de um homem em busca de um objetivo. E os valores simples da vida são expostos a nós.

O filme brasileiro ‘O Artista e a Força do Pensamento’, de Elder Fraga (Crédito: Divulgação/Assim Vivemos)

Quatro sentidos’ – Gabriel Zumbado (Costa Rica)

A seleção de futebol de cegos da Costa Rica joga uma partida contra um time de rapazes sem deficiência, enquanto conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte.

Sete Léguas’ (Siete Leguas) – Jon Ander Santamaría, Marcia Castillo (Espanha)

Uma notícia do outro lado do mundo leva um grupo de pessoas de diferentes origens a colocar em prática algo que parecia impossível: colocar crianças com deficiência motora como protagonistas em um palco de teatro. Para famílias que vêm sofrendo muitos percalços há anos, algo aparentemente tão comum como levar as crianças para aulas de dança é, na verdade, uma grande mudança em suas vidas. Todas as vozes que compõem esta pequena companhia de dança nos contam sobre essa experiência inspiradora.

‘E elas eram colegas de quarto’ (And They Were Roommates: navigating inclusive mentorship in higher education) – Kylie Walter (EUA)

‘And They Were Roommate’ se concentra em duas colegas de quarto na faculdade: Kylie (uma estudante do primeiro ano de Educação) e Olivia (uma caloura não matriculada que estuda Artes e que se identifica como uma pessoa com deficiência). Novatas em suas funções no Programa Residencial Universidade Inclusiva (InclusiveU) da Universidade de Syracuse, elas descobrem que a tutoria inclusiva de colegas e a amizade no meio universitário vêm acompanhadas de um conjunto de desafios, sucessos e emoções. Ao longo do ano letivo, elas expõem em seus vlogs a realidade da mentoria inclusiva no ponto de vista dos estudantes. Entrevistas com onze colegas, que vivenciam tanto o papel de pupilo quanto o de mentor, adicionam variadas perspectivas à história do processo de inclusão na universidade.

Prezado Doutor’ (Dear Doctor) – Michael Hook, Shannon Daughtry, Julie Willson (EUA)

Na ‘Nothing Down’, muitas vezes ouvimos histórias sobre a forma dolorosa como muitas famílias foram informadas do diagnóstico de síndrome de Down de seus filhos. É nosso objetivo mudar essa narrativa e influenciar a comunidade médica para garantir que TODOS os pais recebam o diagnóstico de síndrome de Down de seus filhos com compaixão, informações atualizadas, suporte adequado e esperança. Acreditamos que este filme tem forte potencial para desencadear uma mudança muito necessária, que beneficiará todos os futuros pais que receberem um diagnóstico inesperado.

Juntos’ (Being Together) – Olivia Ana Baer (EUA)

Uma colaboração entre a companhia de dança Body Shift de Austin e a Merge Dance Company, filmada na Biblioteca Pública de Austin.

As belas cores de Jeremy Sicile-Kira’ (The beautiful colors of Jeremy Sicile-Kira) – Aaron Lemle (EUA)

Jeremy Sicile-Kira usa a pintura para transcender sua deficiência e comunicar seus sonhos a outras pessoas.

Sempre positive’ (Positive all the way) – David Ulich, Steven Ungerleider (EUA)

Quando confrontado com obstáculos tremendos, Sir Philip Craven se mantém fiel a seus princípios. Este filme explora como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional usou esses princípios como uma bússola para guiar a maior organização de esportes adaptados do mundo a se tornar um líder global para a mudança social.

O aniversário de Estela’ (El cumpleaños de Estela) – Ander Duque (Espanha)

Estela tem 24 anos. Ela e seu irmão sofrem de Alfa Manosidose. Contra todas as probabilidades, seu aniversário é seu maior presente. Sua mãe prepara uma surpresa para eles. Eles estão felizes…

O tabuleiro de Dania’ (Dania’s checkerboard) – Oscar Wagenmans (Holanda)

Ninguém quer jogar com Dania porque ela é muito boa no jogo de damas. Mas ela não aceita um não como resposta. É por isso que Tim precisa usar seus truques de teatro com ela…. Mas, no final… Dania sempre vence!

Arghavan’ – Mohammad Sahraei (Irã)

Momentos da vida de Arghavan, uma moça com deficiência visual que é musicista e cantora. Ela tem algumas limitações para cantar no Irã por ser mulher; então, decide sair do Irã.

Nino’ – Eitan Herman (Israel)

À medida que minha visão está piorando, busco a orientação de meu pai, Nino Herman. Aos dois anos, Nino contraiu poliomielite, mas, apesar da deficiência, escolheu a liberdade de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua câmera. Ele acredita que nada além de nossas concepções e crenças nos limitam e manteve essa opinião mesmo no ano 2000, quando seu filho, meu irmão, morreu em um acidente de carro no caminho de volta para casa enquanto cumpria seu dever no exército israelense.

Com S maiúsculo’ (Con la S maiuscola) – Inmediazione (Itália)

Surdo é aquele que não ouve. Parece não haver mais nada a saber sobre a surdez, mas não é bem assim. Em um mundo adaptado para os ouvintes, os surdos enfrentam todos os dias problemas de comunicação e dificuldades no acesso à informação, à cultura, à educação e à formação. Por mais de dois mil anos, até o período do pós-guerra, os surdos da Itália não podiam se casar, herdar ou possuir qualquer tipo de propriedade. A história dos surdos é desconhecida para a maioria: é a história de uma comunidade unida por uma língua (a dos sinais), por uma cultura e por uma identidade. Surdos, com S maiúsculo.

Minha amiga do sanatório’ (My Friend From a Care Home) – Zlata Onufrieva (Reino Unido)

Nina tem 28 anos e passou a maior parte da vida internada em orfanatos, mas, devido à pandemia, viver em um orfanato passa a não ser seguro. Diante disso, Arina, uma jovem assistente social de Moscou, convida Nina para morarem temporariamente juntas. Quando as restrições finalmente são suspensas, Nina deveria retornar para o asilo. No entanto, depois de atravessarem o lockdown juntas, as jovens ficam muito próximas e decidem que é hora de tirar Nina do sistema institucional para sempre, o que leva Arina a ter que tomar a decisão mais difícil de sua vida.

‘B-1’ – Pavel Petrukhin (Rússia)

Sergey tinha 6 anos quando foi pisoteado por um cavalo e ficou cego. Mesmo assim, ele conseguiu vencer os desafios e hoje é um jogador de futebol profissional. Para quem já assistiu ao curta ‘Ver e Crer’, exibido no Assim Vivemos 2007, ou ao longa Voy, exibido em 2019, já conhece o personagem retratado neste filme. Além de sua vida como atleta, o filme mostra outros aspectos de sua vida, como um passeio no shopping com sua filha.

Imbatível Bunina’ (Unbeatable) – Alexander Zinenko (Rússia)

Olga Bunina, a atleta retratada neste filme, tem uma força espiritual impressionante. Já foi treze vezes campeã mundial de Queda de Braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos e é tida como a mulher mais forte do planeta. Durante as lutas, ela faz um rugido especial para amedrontar o oponente. Apesar dessa imagem, a delicadeza é sua característica mais marcante. Olga cria quatro filhos (três deles são adotados) e trabalha como instrutora esportiva. Seus alunos, pessoas com deficiência, acertadamente consideram Olga sua segunda mãe.

Incapazes?’ (Incapable) – Georgy Porotov, Maxim Yakubson (Rússia)

Documentário sobre pessoas que foram declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais próximos, provavelmente por terem sido pacientes de hospitais psiquiátricos. Sim, essas pessoas têm grandes limitações em suas habilidades: algumas não podem andar, ou falar, ou escrever. Muitas delas foram abandonadas pelos pais – e, na verdade, pela sociedade. Mas essas pessoas ditas “incapacitadas” não se consideram como tal e demonstram que não o são através de suas ações.

Deus ama Porkhov’ (God loves Porkhov) – Marina Zabelina (Rússia)

As crianças com deficiência da cidade russa de Porkhov que são ajudadas pela famosa escritora e dramaturga Lyudmila Petrushevskaya não tinham direito a um futuro. Depois de saírem do orfanato, todas, sem exceção, seriam internadas em um hospital psiquiátrico para adultos – verdadeiros campos de concentração modernos. A instituição de caridade Rostok ajuda órfãos com deficiência intelectual a ganhar liberdade e ter uma família. Eles aprendem a viver não atrás de uma cerca, mas como você e eu. A vida em Porkhov pode ser monótona, como o fluxo do rio Shelon. Mas Rostok dá esperança para aqueles que nunca a tiveram.

Eu sou Irina’ (I’m Irina) – Tatyana Rotar (Rússia)

Irina é uma mulher que perdeu a visão e a audição em um acidente. Depois disso, houve um período de profunda depressão em sua vida, desespero e falta de vontade de viver. Mas quando ela conheceu uma pessoa que a levou ao mundo do teatro, Irina encontrou uma segunda chance.

Serviço

Assim Vivemos – 10º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Cinema

Datas: De 01 a 20 de dezembro de 2021

Ingressos: bilheteria do CCBB

Classificação indicativa: livre

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP

Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô

Informações: (11) 4297-0600

Clique aqui para saber mais sobre o Festival Assim Vivemos. Lembrando que todas as exibições são gratuitas.

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