A complexidade e as várias faces de Alexander McQueen, o “Mozart” da moda A complexidade e as várias faces de Alexander McQueen, o “Mozart” da moda

A complexidade e as várias faces de Alexander McQueen, o “Mozart” da moda

Documentário ‘McQueen’, que acaba de chegar ao streaming, analisa o estilista britânico que deixou uma marca no mundo da moda

Matheus Mans   |  
8 de maio de 2020 13:29
- Atualizado em 17 de junho de 2020 12:05

O estilista britânico Alexander McQueen viveu muitas vidas. Complexo e criativo, se tornou um dos principais nomes da moda mundial e cravou seu estilo na história dos grandes desfiles. Agora, dez anos após sua morte, o documentário ‘McQueen’ chega para eternizar sua figura e sua trajetória.

Disponível a partir desta semana nas plataformas iTunes/Apple TV, NOW e Vivo Play (e, em breve, no Google Play e YouTube), o documentário encara a missão de tentar traduzir a complexidade do estilista para um filme com menos de duas horas. Para isso, os cineastas Ian Bonhôte e Peter Ettedgui ousaram no conteúdo.

McQueen deixou sua marca na moda mundial (Crédito: Reprodução)

Assim, ainda que o filme siga linearmente a história do estilista, que teve ápice artístico na grife Givenchy, não há uma única camada ou estilo usado na composição das histórias. Eles fazem entrevistas, usam imagens de arquivo e, principalmente, se valem de imagens caseiras de McQueen.

Publicidade

Dessa maneira, mais do que apenas contar nascimento, vida e morte da estrela britânica, ‘McQueen’ busca algo além. “Seus desfiles eram pessoais. O que o tornou especial foi o trabalho. Queríamos encontrar o caminho para a essência dele”, disse Ettedgui, co-diretor, na divulgação do filme.

Quem foi McQueen?

Nascido e criado em um bairro operário de Londres, tudo indicava que o futuro de Alexander McQueen seria parecido com o do pai, motorista de táxi. Mas acabou se tornando um dos artistas mais originais de seu tempo.

Como estilista da Givenchy ele fez história e alguns dos desfiles mais marcantes de todos os tempos. Foi ele, por exemplo, que colocou robôs no meio da passarela, durante um desfile, para pintarem um dos vestidos.

“Ele realmente era um tipo de gênio extraordinário. Um pedaço de pano, um pedaço de giz e uma capacidade infalível de avaliar as medidas produziam calças ou uma jaqueta quase instantaneamente”, conta Bonhôte, na divulgação do filme. “Era um pouco como Mozart, um gênio obsessivo”.