Selton Mello, Bruno Barreto e Jefferson De são convidados a votar no Oscar
Aceitando o convite, eles se juntam aos membros da Academia
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou na última terça-feira, 28, os 397 novos membros convidados para participar do processo de votação no Oscar. Na lista, temos a presença de Selton Mello ('O Auto da Compadecida'), Bruno Barreto ('O Que É Isso, Companheiro?'), Jefferson De ('M8: Quando a Morte Socorre a Vida') e mais brasileiros.
- Leia também: O que é a Academia e quem vota no Oscar?
Entre os nomes, estão também Emilio Domingos (diretor do documentário 'Favela é Moda'), Sara Silveira (produtora de 'As Boas Maneiras' e 'Vazante'), Ilda Santiago (produtora do Festival do Rio) e Waldir Xavier (que fez parte da equipe de som de 'Central do Brasil').
Os convites são feitos com base nas qualificações profissionais, além de um compromisso com representatividade, inclusão e equidade. Dos 397 nomes, 44% são mulheres, 37% pertencem a minorias raciais ou étnicas e 50% são de fora dos Estados Unidos (53 países e territórios foram contemplados), dizem as informações da Academia.
Os 71 profissionais que concorreram à estatueta em 2022 também foram convidados. Incluindo, Ariana DeBose ('Amor, Sublime Amor') e Troy Kotsur ('No Ritmo do Coração'), premiados como atores coadjuvantes, Ryusuke Hamaguchi ('Drive My Car'), que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Outros atores, que se destacaram na temporada 2021/2022, também fazem parte da lista: Vincent Lindon ('Titane'), Amir Jadidi ('A Hero'), Hidetoshi Nishijima ('Drive My Car') e Renate Reinsve ('A Pior Pessoa do Mundo'). Você pode ver todos os novos membros acessando o site da Academia.
Como fazer parte da Academia?
A única forma de ingressar é por convite, que é feito pelo conselho da Academia após ser previamente aprovado pela respectiva seção – e, para ser elegível a um desses convites, o profissional precisa ter sido indicado a ao menos um Oscar competitivo ou ter a admissão patrocinada por ao menos dois membros da mesma seção da qual pretende fazer parte. Nesse último caso há ainda um fator que pode dificultar: o interessado precisa estar creditado em filmes que tenham o “alto calibre” exigido pela Academia.
Não acabou. Cada uma das seções pode fazer exigências ainda mais específicas. A de atores, por exemplo, exige que o candidato a membro tenha papéis creditados em ao menos três filmes, sendo que um deles precisa ser lançado nos últimos cinco anos. Para produtores e diretores são exigidos ao menos dois filmes, sendo ao menos um deles lançado nos últimos dez anos. Para o pessoal de efeitos especiais é ainda pior: são necessários, no mínimo, oito anos de experiência em um posto criativo que seja considerado chave para a produção.
Resumindo: para um produtor ser aceito nele precisa primeiro ter tido uma produção indicada na categoria de Melhor Filme (que é nominal aos produtores) ou ter feito ao menos dois filmes bons o suficiente (e que um deles seja recente) para que dois outros produtores que já são integrantes possam endossar essa admissão. Se o conselho aprovar, ele é formalmente convidado.
Depois de ser admitido, a filiação nunca expira – mesmo que a pessoa passe por dificuldades financeiras, pare de trabalhar em filmes ou tenha outros problemas do gênero.
É importante citar que o convite não quer dizer que todos vão se juntar à Academia, eles precisam aceitar a convocação. Inclusive, Ryan Coogler, diretor de 'Pantera Negra', recusou a nomeação alegando que a premiação cria uma rivalidade aos artistas do mercado cinematográfico - e, na verdade, deveria apoiar.
Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop e UOL, escrevendo sobre cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.
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