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O Cine Marquise, tradicional ponto de encontro da cinefilia paulistana, finalmente reabre suas portas nesta quarta-feira, 20. O espaço, que até fevereiro de 2020 abrigava o Cine Arte, ressurge no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, renovado e com uma nova cara, mas com o mesmo estilo de gestão de outros cinemas de rua da região.
Afinal, de um lado, as duas salas existentes no local — agora rebatizadas de Sala Globoplay 1 e Sala Globoplay 2 — estão bem diferentes. Ganharam nova tela, sistema de som Dolby de última geração e poltronas bem mais confortáveis e niveladas — chamadas pelo cinema de “semi VIP”. Na primeira fileira, poltronas estilo chaise, como as da Cinesala.
Já no lobby, mais mudanças. A bomboniere saiu da entrada e foi para perto das salas, invertendo com o café, que agora recepciona as pessoas que entram no local. No ambiente do lobby e das salas, a reforma preservou algumas coisas do cinema, existente desde 1963, como o chão de madeira que torna o espaço interno das salas mais charmoso.
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Na coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 19, Marcelo Lima, CEO da Tonks, empresa responsável por gerir o cinema, deu detalhes de como irá organizar a programação. “Não entram aqui filmes de super-heróis, blockbusters, mas filmes que fazem pensar. Principalmente independentes e nacionais. Não vamos deixar de exibir ‘Matrix’, mas vamos também exibir ‘Marighella’, ‘Uma Noite em Veneza'”, disse o executivo, quando questionado.
Ingressos do Cine Marquise
Outra mudança visível é que não existe mais a figura do bilheteiro. Os ingressos, vendidos aos finais de semana por R$ 38, são comprados na bomboniere, nos totens de autoatendimento ou por aplicativos online. Além disso, quem tiver uma conta da Sabesp em seu próprio nome, consegue meia-entrada apresentando o código do relógio de consumo. No entanto, Marcelo conta que a ideia é ir além. “Temos um auditório enorme em uma região famosa. Teremos pré-estreias, encontros corporativos”, diz. “Queremos que o espaço esteja ocupado de manhã, tarde e noite para não vivermos apenas das vendas de ingressos. Queremos movimento para difundir a cultura da melhor forma possível”.