Vinte meses depois, Cine Marquise reabre na Avenida Paulista Vinte meses depois, Cine Marquise reabre na Avenida Paulista

Vinte meses depois, Cine Marquise reabre na Avenida Paulista

Espaço chega ao público reformado com duas salas totalmente renovadas com poltronas mais confortáveis e sistema de som de última geração

Matheus Mans   |  
19 de outubro de 2021 14:30
- Atualizado em 20 de outubro de 2021 11:36

O Cine Marquise, tradicional ponto de encontro da cinefilia paulistana, finalmente reabre suas portas nesta quarta-feira, 20. O espaço, que até fevereiro de 2020 abrigava o Cine Arte, ressurge no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, renovado e com uma nova cara, mas com o mesmo estilo de gestão de outros cinemas de rua da região.

Afinal, de um lado, as duas salas existentes no local — agora rebatizadas de Sala Globoplay 1 e Sala Globoplay 2 — estão bem diferentes. Ganharam nova tela, sistema de som Dolby de última geração e poltronas bem mais confortáveis e niveladas — chamadas pelo cinema de “semi VIP”. Na primeira fileira, poltronas estilo chaise, como as da Cinesala.

Sala de exibição principal do Cine Marquise, com nova tela, sistema de som e patrocínio (Crédito: Matheus Mans)

Já no lobby, mais mudanças. A bomboniere saiu da entrada e foi para perto das salas, invertendo com o café, que agora recepciona as pessoas que entram no local. No ambiente do lobby e das salas, a reforma preservou algumas coisas do cinema, existente desde 1963, como o chão de madeira que torna o espaço interno das salas mais charmoso.

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Na coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 19,  Marcelo Lima, CEO da Tonks, empresa responsável por gerir o cinema, deu detalhes de como irá organizar a programação. “Não entram aqui filmes de super-heróis, blockbusters, mas filmes que fazem pensar. Principalmente independentes e nacionais. Não vamos deixar de exibir ‘Matrix’, mas vamos também exibir ‘Marighella’, ‘Uma Noite em Veneza'”, disse o executivo, quando questionado.

Ingressos do Cine Marquise

Outra mudança visível é que não existe mais a figura do bilheteiro. Os ingressos, vendidos aos finais de semana por R$ 38, são comprados na bomboniere, nos totens de autoatendimento ou por aplicativos online. Além disso, quem tiver uma conta da Sabesp em seu próprio nome, consegue meia-entrada apresentando o código do relógio de consumo.

No entanto, Marcelo conta que a ideia é ir além. “Temos um auditório enorme em uma região famosa. Teremos pré-estreias, encontros corporativos”, diz. “Queremos que o espaço esteja ocupado de manhã, tarde e noite para não vivermos apenas das vendas de ingressos. Queremos movimento para difundir a cultura da melhor forma possível”.

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