Trailer
Sinopse
Susan vive um casamento infeliz, quando recebe o manuscrito de um romance de seu ex-marido, Edward. O livro é dedicado a ela, mas seu conteúdo é violento e devastador. Inevitavelmente, Susan relembra essa história de amor de seu passado e gradualmente passa a interpretá-la como uma história de vingança, que a força a reavaliar as escolhas que fez, reavivando o amor que ela acreditava ter perdido.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Um filme provocante e muito bem dirigido por Tom Ford. A história se divide em três tramas menores, com uma delas, a do livro ficcional 'Animais Noturnos' servindo de costura para os eventos "reais" desta história. Nas interpretações, Michael Shannon entrega um trabalho bastante sólido e interessante, merecendo a indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante, enquanto Aaron Taylor-Johnson está em uma das melhores performances da carreira, também merecendo o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro de Ator Coadjuvante. Pena, mesmo, foi Jake Gyllenhaal: ele foi esquecido na temporada de premiações de Hollywood, mesmo depois de mais uma atuação impecável.

Renan Martins Frade
Editor-chefe do Filmelier
Onde assistir?
Indisponível nos cinemas
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Drama

Ham on Rye
Estreia de Tyler Taormina em longas-metragens, que assume a direção e o roteiro em parceria com Eric Berger - também estreante nesta função. ‘Ham on Rye’ é uma produção sobre amadurecimento com uma abordagem diferente, quase uma experimento sobre como fazer um longa sobre isso que fuja do padrão e com acontecimentos inesperados. É possível dizer que Taormina se inspirou em David Lynch para compor sua primeira obra e ele chegou a um resultado bem satisfatório, o que deixa o espectador ansioso por mais filmes.

Três Corpos, Uma Dança
Escrito e dirigido por Renuka Shahane, ‘Três Corpos, Uma Dança’ acompanha três gerações de uma família e trata sobre vidas disfuncionais. Um intrigante drama indiano sobre o quão complicadas são as relações familiares - em qualquer lugar do mundo e especialmente em diferentes culturas - e o como são complexas as falhas humanas neste cenário.

Todos os Mortos
Depois da parceria com Juliana Rojas no excepcional ‘As Boas Maneiras’, o cineasta Marco Dutra partiu para uma nova parceria com Caetano Gotardo (‘Seus Ossos e Seus Olhos’) com ‘Todos os Mortos’. O tom da produção continua sendo o horror do cotidiano, mas agora com outro foco: o aspecto escravagista e colonialista da sociedade brasileira. Nem de perto tão bom quanto os últimos filmes de Gotardo e Dutra, este longa-metragem acompanha o dia a dia de uma família da alta sociedade de São Paulo na época em que a economia começa a passar por uma intensa transformação por conta do fim da escravidão. As atuações extremamente limitadas e alguns aspectos técnicos sofríveis atrapalham a trama, que ainda tem um roteiro que chega a arrancar bocejos durante alguns momentos. A salvação do filme acaba sendo o desfecho, com uma reviravolta contagiante e que desperta reflexão. Mas de um filme partindo de Gotardo e Dutra, sem dúvidas, espera-se muito mais.

Palavras nas Paredes do Banheiro
Filmes adolescentes que envolvem romances e alguma doença não são uma novidade -- ‘A Culpa é das Estrelas’, sem dúvidas, foi a produção que abriu essa porteira. Assim, tentando se desvencilhar dessa mesmice, alguns títulos estão começando a ir para um lado de refletir e falar sobre saúde mental. ‘Por Lugares Incríveis’, da Netflix, foi um dos primeiros a fazer isso, cometendo todos os tipos de absurdos possíveis. Agora, ‘Palavras na Parede do Banheiro’ segue por um caminho mais sensível e compreendendo os limites e sensibilidades de falar sobre doenças mentais na adolescência -- por mais que, inevitavelmente, haja romantização da situação em alguns momentos. O destaque desse filme de Thor Freudenthal (‘Diário de um Banana’), inspirado num livro de Julia Walton, acaba sendo a atuação de Charlie Plummer que, apesar das limitações, tem se mostrado como um dos atores jovens mais interessantes de sua geração. Pra chorar e se emocionar.
