Nona: Se me Molham, Eu os QueimoNona: Se me Molham, Eu os Queimo
(2021)
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Nona: Se me Molham, Eu os Queimo

Uma idosa especialista em molotovs testemunha incêndios misteriosos em um povoado costeiro cercado por florestas.

Trailer

Por que assistir a este filme?

Após fazer barulho com o excelente ‘Naomi Campbel’, a cineasta chilena Camila José Donoso ganhou a atenção no cinema da América Latina. Agora, o novo filme ‘Nona: Se Me Molham, Eu os Queimo’ acompanha Josefina Ramirez, avó da cineasta que fez parte da resistência anti-Pinochet e se tornou uma especialista na produção de molotovs. Agora, ela já é idosa e, na narrativa, a fantasia da ficção se mistura de maneira forte e radical com o tom de documentário. Ao contrário de ‘Naomi Campbel’, em que esse limite é trabalhado com delicadeza, as coisas aqui são mais claras. Ficção é ficção. Talvez pelo cuidado que Donoso tenha com a imagem da avó, há mais atenção na forma que tudo é retratado, contado, desenvolvido. Percebe-se com facilidade que a protagonista-entrevistada realmente entende de coquetéis molotov, assim como deixa sua aura política ir além. A força política da protagonista existe. Resiste. Enquanto isso, a cineasta também brinca com o tom ficcional de maneira experimental, interiorizando os diferentes tons sociais da avó. Infelizmente, porém, as cenas documentais do longa são superiores em qualidade estética e narrativa, fazendo com que o filme como um todo se torne irregular. A ideia é boa e há qualidade na direção de Donoso. Mas podia ser melhor e ir além da experimentação.

Matheus Mans

Matheus Mans

Editor do Filmelier

Sinopse do filme

Nona, uma atípica dona de casa, vive autoexilada em Pichilemu, um povoado costeiro, cercado por uma floresta misteriosa onde incêndios estranhos são atribuídos ao Diabo. Quando o vento e o Pacífico parecem demonizados, ela e seus vizinhos testemunham um grande incêndio que começa a destruir milhões de hectares de floresta no sul chileno.

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Onde assistir?