18 filmes indispensáveis para quem ama rock

Mamonas Assassinas: O Filme é aquela produção que os fãs da banda, de carreira meteórica, esperam desde sempre. Com roteiro do novelista Carlos Lombardi (de Kubanacan) e direção de Edson Spinello, que assina produções audiovisuais da TV Record, há um clima novelesco que ronda a produção, que fala sobre o início do sucesso, a ascensão inesperada e a morte trágica. Além de reviver as músicas do grupo, que foram todas regravadas para o cinema, é emocionante ver como o elenco se parece com os integrantes dos Mamonas, recuperando o espírito divertido da banda que deixou saudades.

Uma digna viagem pela carreira de um dos artistas mais importantes que já pisou neste mundo. David Bowie é eterno, isso a gente já sabia, mas esse documentário consegue dar vida a essa frase. ‘Moonage Daydream’ tem um formato diferente de narrativa documental, com imagens de arquivos. Entre entrevistas, shows e clipes, o diretor Brett Morgen faz o espectador se entregar a como deveria ter sido a mente visionária de Bowie. Bastante emotiva e também reflexiva, o longa te faz pensar sobre a vida e como a cultura é extremamente importante para o nosso desenvolvimento como pessoa. É uma produção sensível e muito bonita - seja você fã ou não do artista. Clique aqui para ler a crítica completa.

Tem como falar de rock'n'roll e não falar do rei do estilo musical? Elvis Presley é o tema dessa cinebiografia elegante, visualmente atrativa e com uma atuação deslumbrante de Austin Butler. Ainda que adoce um pouco as coisas, o bom encadeamento musical e a história emocionante de Elvis fazem com que esse filme seja certeiro não apenas para fãs do Rei do Rock, mas também para todos que gostam de boa música e histórias reais emocionantes.

O Queen foi uma das bandas mais marcantes da música entre os anos 1970 e o começo dos 1990, com Freddie Mercury se transformando na face de um estrondoso sucesso musical – que nos deu sucessos como ‘Love of My Life’, ‘We are the Champions’, ‘We Will Rock You’ e, claro, ‘Bohemian Rhapdosy’. Este longa, dirigido por Bryan Singer (‘X-Men’), evoca grandes momentos de Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor, mas sem grandes amarras à cronologia – o objetivo, aqui, é traçar uma linha que leva do começo modesto até o grande show no Live Aid, de 1985. Ainda que parte da crítica tenha pegado um pouco pesado com as falhas do longa (reclamando da narrativa clichê, da falta de empatia e de suavizarem elementos para ter uma classificação indicativa mais branda), o público adorou. O maior destaque, claro, é Rami Malek (‘Mr. Robot’) no papel do frontman.

‘Rocketman’ une história real, liberdades poéticas e fantasia para contar a trajetória que transformou o tímido Reginald Dwight em Elton Hercules John, um dos maiores músicos da cultura pop mundial. A atuação de Taron Egerton no papel principal é primorosa, assim como a reconstrução de época e a montagem – tudo feito na medida para unir trechos musicais com acontecimentos mais dramáticos. A direção é de Dexter Fletcher (produtor de ‘Bohemian Rhapsody’), e o elenco ainda conta com Jamie Bell (‘Billy Elliot’) e Bryce Dallas Howard (‘Histórias Cruzadas’). Ainda que a história se perca entre tantas canções (principalmente no segundo ato), o filme é diversão garantida para fãs de rock’n’roll.

Depois de 'No Direction Home', este é o segundo documentário sobre Bob Dylan dirigido por Martin Scorsese, que, além de ser um dos grandes nomes dos filmes de ficção com longas como ‘Taxi Driver’ e ‘Os Infiltrados’, faz documentários fabulosos e memoráveis sobre o mundo da música (como ‘George Harrison: Living in the Material World’). Portanto, ‘Rolling Thunder Revue’ é um daqueles filmes-evento filmado de forma magistral, imperdível se você é fã de Scorsese, Dylan, cinema, música ou de todas as opções anteriores

Ainda que não fale sobre um grupo de rock real, é difícil não pensar no gênero musical e não lembrar do querido filme ‘Escola de Rock’. Incursão inusitada do cineasta Richard Linklater (‘Antes do Amanhecer’) em um filme típico da Sessão da Tarde, esta produção é para deixar guardada a sete chaves no coração. Afinal, assim como ‘Sociedade dos Poetas Mortos’, ‘Escola de Rock’ fala sobre a influência de um professor -- que não é tão professor assim, no final das contas -- na vida de um grupo de jovens alunos. O ritmo é contagiante, a atuação das crianças faz um carinho no coração de quem está assistindo e Jack Black tem o maior papel da carreira, junto de ‘Alta Fidelidade’, ‘King Kong’ e ‘Bernie: Quase um Anjo’.

Uma grande história, sobre crescimento, sobre música e sobre o rock, que nos leva a um dos grandes momentos da produção cultural americana – e do “sexo, drogas e rock’n’roll” no começo dos anos 1970. Apesar de ser inspirado na vida do próprio diretor, Cameron Crowe, o longa tem um apelo universal e momentos memoráveis em um roteiro redondo, que ganhou o Oscar e o Globo de Ouro. Afinal, mais do que simplesmente contar a história de uma banda de rock, ‘Quase Famosos’ mostra os percalços da fama, a rebeldia da juventude e as maravilhas de ser amado e reconhecido por uma legião de fãs. Destaque, ainda, para a atuação certeira de Kate Hudson, que se tornou a essência do filme.

Anos 1980. Ainda fechado atrás da cortina de ferro, a Rússia recebia o som do rock underground que vinha do oeste. Sob a influência de Talking Heads, David Bowie, Iggy Pop e Lou Reed, surgia, na cidade de Leningrado, a banda Kino – que revelaria ao mundo a primeira grande estrela do rock do país de Lenin e Stalin: Viktor Tsoi. ‘Verão’ nos conta toda a jornada do músico, incluindo conflitos pessoais, um triângulo amoroso e com um final trágico. Uma história real e envolvente, sobre uma época que reunia a contravenção e a inocência em um único mix. Se você é fã de música e da explosão cultural dos anos 1970 e 1980, será impossível não se pegar cantando em alguns momentos -- principalmente na memorável cena do ônibus ao som de ‘The Passenger’, conhecida na voz de Iggy Pop.

O Mötley Crüe redefiniu, com muitos excessos, o significado da expressão “rock star” nos anos 1980. Baseado no best-seller biográfico sobre a banda, ‘The Dirt’ é dirigido por Jeff Tremaine (‘Jackass’) e inclui todas histórias de overdose, tragédias e assédios. O cineasta, com sua afinidade com o excesso e com o absurdo, retrata sem censura as incongruências dos próprios membros do grupo, com drama e humor na dose certa para criar empatia com os músicos lendários, por mais erros que eles cometam. Infelizmente, a parte musical fica devendo, além de ficar um gosto de longa-metragem feito às pressas, sem muito cuidado.

‘Nixon e o Homem de Preto’, segundo episódio da série de documentários ‘ReMastered’, sobre grandes mestre da música, traz um olhar para um dos momentos mais polêmicos da história política dos EUA, o governo de Richard Nixon. Tudo a partir do confronto gerado por um dos grandes nomes da música do país: Johnny Cash. Em tempo cada vez mais políticos como o de hoje, é uma ótima pedida. Além, é claro, de ser interessante conhecer mais da personalidade do autor de canções poderosas como ‘Hurt’ e ‘You Are My Sunshine’.

Edgar Wright (‘Em Ritmo de Fuga’) adapta as HQs de Bryan Lee O’Malley com toda a energia adolescente e inspiração dos games do material original. O resultado é um filme teen envolvente, divertido e carismático, sobre um jovem (vivido por Michael Cera) que quer conquistar o coração da amada Ramona (Mary Elizabeth Winstead), mas, pAra isso, precisa derrotar todos ex dela. O visual é empolgante e há diversas referências da cultura pop, além de trazer um ambiente rock’n’roll independente, juvenil e diferente do que vemos por aí.

Embora com nomes diferentes, este filme é inspirado nos dias finais da vida de Kurt Cobain, líder da aclamada banda de grunge Nirvana. Mas esta produção está longe de ser o drama biográfico típico de um músico famoso. Depois de 'Gerry' e 'Elefante', 'Últimos Días' é a parte final da chamada 'Trilogia da Morte', do cineasta Gus Van Sant (também do elogiado ‘Garotos de Programa’) e, como seu antecessor, ele usa uma narrativa fragmentada que aborda as mesmas cenas repetidas vezes a partir de diferentes perspectivas, fornecendo uma abordagem introspectiva e contemplativa do vazio emocional de seu protagonista.

Baseado em uma esquete do programa 'Saturday Night Live' no final dos anos 80, 'Quanto Mais Idiota Melhor' é uma das comédias mais engenhosas e populares lançadas no início dos anos 90, e que lançou a carreira cinematográfica do comediante Mike Myers ('Austin Powers'). Este é um filme que satiriza os fãs de rock, mas também zomba da cultura corporativa que prevalece nas grandes redes de televisão, enquanto celebra o espírito da criatividade independente. O longa está cheio de frases e cenas memoráveis ​​(a 'Bohemian Rhapsody' no carro entrou para a história), e com personagens excêntricos no seu auge interpretados por Dana Carvey, Rob Lowe, Tia Carrere e Lara Flynn Boyle.

Um dos filmes mais legais quando se vale de música, discos e amigos. Afinal, este longa-metragem, que conta com a direção de Stephen Frears (de ‘Ligações Perigosas’ e ‘Philomena’) e é a adaptação de um romance celebrado de Nick Hornby, acerta em cheio ao mostrar como uma boa seleção musical pode ajudar a embalar os sentimentos de uma vida. Além disso, o sentimento nostálgico ao redor de uma loja de discos -- com personagens que praticamente se entregam aos seus sonhos -- ajuda a inspirar o espectador a perseguir o que gosta e o que ama. Acima de tudo, destaque também para a potente atuação de John Cusack (‘Digam o que Quiserem’ e ‘1408’), que convence no papel do dono de uma loja de discos. Um filme para cantar, se emocionar, lembrar do passado e ouvir uns discos e fitas.

Ao lado do russo ‘Verão’, o irlandês ‘Sing Street’ é um dos mais interessantes, originais e reais ao se falar em jovens criando bandas de rock. Com uma aura oitentista poderosa e bem coordenada pelo cineasta John Carney (‘Apenas Uma Vez’ e ‘Mesmo se Nada der Certo’), o filme sabe levar o clima e o desejo de fazer sucesso com a músico para além da roda de violão com amigos. Passa verdade na jornada do músico adolescente e esclarece alguns dos mitos na base de formação musical. Sem dúvida, deve agradar aquelas produções honestas ao tratar da jornada de meios glamurosos e de filmes alternativos sobre música. Destaque para a atuação de Ferdia Walsh-Peelo (da série ‘Vikings’).

Um dos maiores nomes do rock nacional, Cazuza morreu nos anos 1990, mas se imortalizou nas páginas musicais brasileiras. Afinal, dono de hits como ‘Exagerado’, ‘O Tempo Não Para’ e ‘Codinome Beija-Flor’, ele entendeu o clima, o ritmo e os anseios de toda uma geração e criou uma interpretação muito particular nos palcos e na forma de cantar. Em ‘Cazuza: O Tempo Não Para’, o espectador é convidado a entrar na vida e na carreira de Agenor de Miranda Araújo Neto, desde seu nascimento nos anos 1950 no Rio de Janeiro até sua morte em decorrência de complicações da AIDS. É um filme que deixa o espectador imerso em todas as músicas de Cazuza e com mais vontade de celebrar esse ícone da música popular brasileira. Aqui, o destaque principal acaba sendo de Daniel de Oliveira (‘10 Segundos para Vencer’) está magnético como o cantor, no maior papel de sua carreira. E Walter Carvalho (‘Raul: O Início, o Fim e o Meio’) surpreende com direção firme.

De Morgan Neville, diretor vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2014, ‘Keith Richards: Under the Influence’ fornece uma abordagem íntima ao músico do Rolling Stones, considerado um dos guitarristas de rock mais influentes de todos os tempos. O documentário tem um foco um tanto superficial e não é particularmente revelador ou visualmente impressionante. No entanto, os fãs do Rolling Stones, do próprio Richards e do rock em geral, encontrarão uma jornada enriquecedora nas influências musicais do ícone, que também é um entrevistado extremamente carismático com mais do que histórias fascinantes para contar, o que torna o 80 minutos de filmagem desaparecem como água.