Maratona Nicolas Cage: os melhores filmes do ator

Em O Homem dos Sonhos (Dream Scenario, no original), Nicolas Cage retorna às telonas com uma performance que pode ser considerada uma das mais memoráveis de sua carreira. Neste filme, o ator encarna Paul Matthews, um professor de biologia evolutiva cuja existência monótona é subitamente transformada quando ele começa a aparecer nos sonhos de estranhos. Este fenômeno inexplicável leva a uma narrativa que combina humor, drama, desconforto e surrealismo, criando uma experiência cinematográfica que desafia as expectativas — e deixando várias pulgas atrás da orelha no seu segundo ato. O que parece, a princípio, um filme nonsense que tira sarro de si mesmo, acaba sendo uma crítica afiada à cultura do cancelamento. Com Michael Cera e Julianne Nicholson no elenco (além de participações especiais como Noah Centineo), a produção mergulha em temas como solidão e o desejo humano por reconhecimento na sociedade de hoje. A atuação de Cage é inegável, trazendo profundidade a um personagem que poderia facilmente cair no caricato. Uma sessão, no mínimo, interessante!

Nicolas Cage é um daqueles heróis de ação que adora uma aventura que desafia o limite do absurdo - e este é mais uma vez o caso, para o deleite dos fãs do ator. Na história, Hero (Cage), um criminoso, deve quebrar uma maldição para resgatar uma moça (Sofia Boutella, de ‘Atômica’) que desapareceu misteriosamente. Para piorar, o protagonista tem ainda um dificultador em sua aventura: se ele não salvá-la em até cinco dias, o traje explosivo que ele é obrigado a usar irá pelos ares. ‘Ghostland: Terra Sem Lei’ bebe da fonte das aventuras de ação desenfreada, que sabe que é justamente a irracionalidade aquilo que busca o espectador. Nesse contexto, Nicolas Cage como um "herói" completamente imprevisível, consegue entreter o tempo inteiro. É isso: aceite o absurdo e embarque nessa jornada.

Nicolas Cage é um ator que tinha tudo para ser um dos principais nomes de Hollywood, mas que acabou seguindo por um caminho duvidoso. Principalmente depois de alguns grandes fracassos (‘O Aprendiz de Feiticeiro’ e ‘A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos’), ele acabou optando por dar prioridade a projetos duvidosos e filmes sem qualidade artística. Parecia que Cage estava fadado ao fracasso. Até que o astro começou a dar a volta por cima, com filmes como ‘Mandy’ e ‘Pig’, até a consagração completa com ‘O Peso do Talento’. Filme que coloca o ator em uma categoria cult, difícil de ser alcançada, o longa-metragem conta a história do próprio Nicolas Cage – ainda que com um verniz ficcional, é claro – vivendo uma fase complicada de sua carreira depois de não conseguir um importante papel. Desiludido, ele aceita a sugestão de seu empresário (Neil Patrick Harris) para aceitar o convite de um bilionário espanhol (Pedro Pascal) que quer Cage em seu aniversário. A partir daí, começa uma desventura do ator em terras espanholas, com uma mistura de comédia de erros, sequências de ação e, principalmente, uma homenagem ao trabalho de Nicolas Cage que mostra que, apesar dos erros nas escolhas de projetos, é inegavelmente um daqueles astros que podemos (e devemos!) apreciar seu trabalho.

Nicolas Cage estrela 'Pig: A Vingança', um intenso filme que é uma espécie de John Wick às avessas, com um clima muito mais pesado e denso, e com o foco no thriller em vez da ação. Aqui, Cage é um caçador de trufas que vive isolado com sua porca, que é roubada. Dessa forma, o nosso herói é forçado a partir em uma jornada para recuperá-la, passando por um inferno pessoal de redenção. Fãs do ator vão vibrar com esse trabalho bem lapidado e um pouco mais afastado do lugar comum (apesar de ser difícil definir um lugar comum para as atuações de Cage). É um excelente thriller de ação, que entrega uma história tensa e imersiva. Além de 'John Wick', o filme também recorda o australiano 'The Rover'.

Os melhores filmes de Nicolas Cage são aqueles em que o ator mistura seu potencial alucinado com um roteiro minimamente coeso. É o caso de ‘Joe’, de ‘Vício Frenético’, e, é claro, ‘Mandy’, longa-metragem que chegou a passar no Festival de Cannes. Aqui, o ator interpreta um lenhador que vive uma vida pacata ao lado da esposa. Porém, o surgimento de uma figura messiânica o coloca em uma jornada psicodélica, trágica e cheia de sangue. Com uma fotografia impressionante de Benjamin Loeb, o diretor Panos Cosmatos nos leva a um thriller de vingança surrealista, misterioso e sinistro – tudo isso com um subtexto que discute questões com o conservadorismo, o fanatismo religioso e até a toxidade masculina que perdura até hoje. Além de Cage, o elenco conta com Andrea Riseborough (‘Birdman’), Linus Roache (indicado ao Globo de Ouro por ‘RFK’) e Bull Duke (‘O Predador’).

E quem disse que Nicolas Cage não é super-herói? Em ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’ ele interpreta o Homem-Aranha Noir -- um tipo de herói mais sombrio e estranho, que vive em um universo bem particular. Com a irreverência de astro, ele acaba se tornando uma das peças centrais e mais divertidas da premiada animação, sobre um grupo de “heróis-aranhas” se reunindo a partir da abertura de uma fenda de universos paralelos. O destaque de Cage surge principalmente por conta de seu trabalho de voz muito bem direcionado e algumas sacadas de roteiro interessantes. Além disso, é uma boa forma dos fãs voltarem a saborear a presença do astro em filmes de super-heróis e imaginar como seria a sua interpretação na já lendária versão de Tim Burton para a trama de Superman.

Um dos trabalhos mais consistentes da carreira de Nicolas Cage é em ‘O Senhor das Armas’, onde ele interpreta um traficante global de armas. Dirigido pelo instável Andrew Niccol (‘Gattaca’, ‘Anon’), o longa-metragem mergulha no submundo do tráfico de drogas para desvendar alianças obscuras, permissões criminosas e subornos escancarados. Há, ainda, uma interessante brincadeira de gato e rato com um policial, muito bem interpretado por Ethan Hawke, que dá um vigor a mais à trama poderosa de Niccol. Ah, e vale dizer: a cena de abertura, que acompanha a produção de uma bala, é o ápice da carreira do diretor.

Junto de ‘Vício Frenético’ e ‘O Senhor das Armas’, o longa-metragem ‘Con Air’ forma uma espécie de santíssima trindade do cinema de ação e policial de Nicolas Cage. Afinal, são filmes intensos, com premissas divertidas, e que acabaram se firmando no imaginário popular. No caso de ‘Con Air’, o cineasta Simon West (‘Os Mercenários 2’) acerta desde a base da história. Nela, um prisioneiro em liberdade condicional pega carona em um voo com os maiores criminosos dos Estados Unidos. A partir daí, Cage, John Malkovich (‘Caixa de Pássaros’), John Cusack (‘2012’), Steve Buscemi (‘A Morte de Stalin’) e Danny Trejo (‘Machete Mata’) criam o caos dentro deste avião e fazem disso um dos filmes de ação mais divertidos e empolgantes de todos os tempos. E sem falar do cabelo longo de Nicolas Cage, que acabou se tornando um símbolo perpétuo dentre os fãs do astro norte-americano.

Outro filme de ação que poderia entrar de penetra nessa lista da santíssima trindade de Nicolas Cage é ‘60 Segundos’. A trama, comandada pelo competente Dominic Sena (de ‘A Senha: Swordfish’), acompanha um grupo de ladrões de carros (comandado por Cage, claro) que precisa roubar uma quantidade exata de veículos para pagar uma dívida. Tudo, é claro, num tempo bem delimitado. Ainda que transborde cenas de ação absurdas, como a que Nicolas Cage sorri para criança enquanto corre com um carro de ré em alta velocidade, ‘60 Segundos’ é daquelas histórias que conseguem entreter e ainda tirar um sorriso ao final. Além de Cage, o filme conta com uma ainda iniciante Angelina Jolie, que ainda possuía uma carreira muito calcada em filmes de maior exigência física e sem grandes roteiros.

Inspirado nas experiências reais do diretor e roteirista Jason Cabell, ex-oficial da marinha e integrante da Agência Anti-Drogas na Colômbia, ‘Na Rota do Tráfico’ é mais um daqueles típicos filmes vistos na carreira do astro Nicolas Cage nos últimos anos. As tramas muitas vezes são absurdas, os atores coadjuvantes são fracos e inexperientes e nada faz muito sentido. No entanto, para quem gosta deste tipo de filme, é como encontrar um galão de água no meio do deserto. Afinal, Cage atua em sua essência, com cenas intensas e que extrapolam a realidade. Laurence Fishburne atua como a reserva moral do filme, mantendo alguma sanidade em meio a tantas cenas que vão além do óbvio. Assim, ‘Na Rota do Tráfico’ é um filme de ação para embarcar na ideia, se divertindo e disposto a deixar de lado absurdos de direção. O que vale é a experiência de ver um novo passo na carreira de Cage.

Mas apesar das bizarrices encontradas em ‘Na Rota do Tráfico’, nada chega aos pés de ‘Mãe e Pai’. Este é o filme mais bizarro e alucinado de toda a carreira de Nicolas Cage -- e isso não é pouco para quem já fez longas como ‘Eu, Deus e Bin Laden’ ou o estranhíssimo ‘O Apocalipse’. Aqui, Cage é um pai de família que, como num clique, começa a delirar e, junto com todos outros pais e mães da Terra, tenta matar seus filhos. É uma briga de gato e rato, que vai crescendo cada vez mais. A partir daí, Cage, que faz dupla com a “mãe” Selma Blair (‘Segundas Intenções’), entra em situações absolutamente estapafúrdias e surreais. É um filme que muitos devem achar de mau gosto, cruzando a linha do aceitável. Mas quem conseguir embarcar na ideia do diretor Brian Taylor (‘Motoqueiro Fantasma 2) vai se divertir.

E que tal Nicolas Cage contra bonequinhos amaldiçoados? Aqui, ele interpreta um faxineiro que é forçado a passar a noite num bizarro parque de diversões onde terá que lutar para sobreviver contra personagens animatrônicos que ganham vida. Divertido, bizarro e insano, o longa-metragem lembra ‘Five Night's at Freddie's’, mas consegue seguir por uma originalidade inesperada e que diverte. O destaque absoluto, claro, é Nicolas Cage, que confirma de vez que não se encaixa mais em quaisquer padrões de atuação do cinema de Hollywood.

‘Estado de Calamidade’ representa o retorno de Nicolas Cage aos filmes de sci-fi após quase dez anos, desde ‘Presságio’, de 2009. Aqui, o ator protagoniza um longa-metragem cheio de ação, mas também com alegoria social e política – afinal, aquecimento global, crises financeiras e a imigração se transformaram em um grande problema do mundo em um futuro próximo, situado em 2030. Ou seja, um filme de ação com ficção-científica para a crítica política do mundo pós-Donald Trump. Ainda assim, não é um daqueles filmes para levarmos muito a sério – aliás, é bom dizer, nem a própria produção se leva tão a sério assim, com situações que extrapolam o limite do aceitável. É uma diversão honesta.

Dentro dos diversos subgêneros do cinema de Nicolas Cage, as histórias de vingança e de busca por justiça são uma constante -- é assim em ‘Resgate’, ‘Grand Isle’ e ‘Uma História de Vingança’. No entanto, o exemplo mais interessante é ‘Ajuste de Contas’, onde Cage vive um ex-detento em busca de vingança em uma história cheia de violência, correria e situações que, novamente, extrapolam o senso do absurdo e brincam com a realidade na tela. Há muito clichê? Ah, sim. Mas há também sequências interessantes para amantes do gênero, colocando a estrela quase que como um novo Steven Seagal dos filmes de ação.

Outra boa história de justiceiro vivida por Nicolas Cage é ‘Motoqueiro Fantasma’, trama baseada em um personagem obscuro dos quadrinhos da Marvel. Ainda que tenha outras particularidades, como a questão fantástica ao redor da figura de Johnny Blaze, o filme foca em mostrar o protagonista buscando justiça e vingança num ambiente de desesperança e perigoso. Os efeitos especiais, mais de uma década depois, já estão datados e mostram que o filme não envelheceu bem. No entanto, as cenas de ação ainda empolgam e mostra uma versatilidade interessante do astro em papéis que exigiam força e agilidade. Não é o melhor filme de sua carreira. Mas, sem dúvida, um dos mais populares.

Falando em filmes populares, um dos que mais ficou marcado na mente das gerações mais jovens foi ‘A Lenda do Tesouro Perdido’. Mistura de ‘Indiana Jones’ com ‘O Código da Vinci’, o longa-metragem traz Nicolas Cage numa história de exploração deliciosa para se divertir, se entreter e mergulhar junto. Obviamente, vemos um Cage mais comportado, em uma de suas atuações mais simpáticas. No entanto, é interessantíssimo conhecer essa faceta mais infantojuvenil do ator, que acabou virando figura tarimbada em novas gerações por conta das diversas exibições de ‘A Lenda do Tesouro Perdido’ na Sessão da Tarde, da TV Globo.

Outro filme que buscou seguir o embalo de ‘A Lenda do Tesouro Perdido’ foi o simpático ‘O Aprendiz de Feiticeiro’. Com uma trama infantojuvenil, Cage encarnou a figura de um mago que, para combater um grande inimigo (Alfred Molina, maravilhosamente cartunesco), acaba por recrutar um jovem aparentemente normal. Mas, é claro, ele acaba tendo poderes ocultos poderosíssimos e se torna aprendiz de feiticeiro. E assim, sem grandes surpresas, o filme se revela como um entretenimento bem agradável para todos os tipos de público -- ainda que Cage, aqui, esteja um pouco mais exagerado do que em ‘A Lenda do Tesouro Perdido’. Há intrigas, há muita magia, há efeitos especiais interessantes. E o principal: há um Nicolas Cage visivelmente empolgado em conjurar feitiços e, de novo, combater o mal.

Nicolas Cage é um anjo. Não necessariamente na vida real, é claro. Mas em ‘Cidade dos Anjos’, longa-metragem romântico e um dos maiores sucessos da carreira do ator. Na trama, ele encarna o papel de uma criatura divina que se apaixona por uma médica fragilizada (Meg Ryan). Obviamente, o relacionamento começa a passar por percalços e a trazer provações para ambos os personagens. Cage e Ryan não possuem a mesma química do que Cage e Laura Dern (de ‘Coração Selvagem’) ou Ryan e Tom Hanks (‘Mensagem para Você’). Falta algo ali. No entanto, o empenho dos dois atores em seus papéis e a direção delicada de Brad Silberling (‘Desventuras em Série’) ajudam a dar camadas ao filme e a torná-lo memorável -- principalmente por conta do controverso final.

Mas nem só de absurdos, entretenimentos simples e filmes extremos que vive Nicolas Cage. O ator também conta com parcerias bem sucedidas com grandes cineastas. É o caso, por exemplo, de David Lynch (‘Império dos Sonhos’) no estranho e delicioso ‘Coração Selvagem’. Servindo como uma espécie de contraponto à ‘O Mágico de Oz’, o longa-metragem conta a história de um casal (Cage e Laura Dern) que precisa fugir após a mãe da mulher contratar assassinos profissionais para matar o marido. A viagem é totalmente estranha e psicodélica, rodeada de elementos tradicionais do cinema de Lynch. A atuação de Cage, levada ao extremo, ajuda a dar textura na história que, conforme vai sendo concluída, se aproxima cada vez mais da trama de Dorothy na Terra de Oz. E quem diria: junto de Dern, ele formou um dos casais mais interessantes da filmografia de Lynch.

Já com os Irmãos Coen (‘O Grande Lebowski’), Nicolas Cage firmou uma parceria na comédia ‘Arizona Nunca Mais’. Com as típicas situações atrapalhadas do cinema dos irmãos, o longa diverte ao contar a história de um ladrão de lojas de conveniência (Cage) que pede em casamento uma fotógrafa do departamento de polícia (Holly Hunter). Tudo vai às mil maravilhas para o casal até que eles descobrem que ela não pode ter filhos e, ainda por cima, são rejeitados pelas agências de adoção da cidade. A partir disso, a trama dos Coen mostra os desafios da paternidade e da maternidade sob uma ótica curiosa: a desse casal que decide, enfim, sequestrar um bebê. Com uma atuação divertidíssima de Cage, que consegue passar realismo ao absurdo da situação, ‘Arizona Nunca Mais’ se firma como um filme sobre famílias e as complexidades de se formar um núcleo familiar tradicional.

Dirigido por Spike Jonze (de 'Ela'), ‘Adaptação.’ é um dos maiores exercícios de metaficção do cinema e uma das melhores atuações de Nicolas Cage. Escrito por Charlie Kaufman (‘Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças’), o longa é sobre... Charlie Kaufman. Aqui, ele sofre um bloqueio de escritor enquanto tenta adaptar para os cinemas a história de ‘The Orchid Thief’, um livro que na vida real é escrito por Susan Orlean. Divertido e muito engenhoso, o longa é uma homenagem ao processo de criação artística, suas dificuldades, belezas e frustrações. Cage, que divide a tela com Meryl Streep (‘A Lavanderia’), faz um personagem duplo, interpretando Kaufman e seu irmão gêmeo, em um ardiloso conflito.

Um dos seis filmes que Cage lançou em 2019, ‘Instinto Predador’ entrega tudo o que você pode esperar do astro (para o bem e para o mal), incluindo um clima de filme B enquanto Cage caça uma onça albina que estava sendo levada para a Floresta Amazônica brasileira (não deixe o pessoal do Projeto Onçafari descobrir!) e enfrenta bandidos. O CGI tem momentos de vergonha alheia e a tentativa de imitar, em alguns momentos, o clima de ‘Con Air’ falha miseravelmente. Mas, se você gosta do Nicolas Cage, não só você vai assistir ao filme – como está esperando por tudo isso descrito aqui com um sorriso no rosto.

Outro subgênero que faz sucesso no cinema de Nicolas Cage, além do de vingança, é o que mexe com histórias sobrenaturais, fantasmas e coisas do tipo. Em ‘Entre Mundos’, o Cage interpreta um motorista de caminhão que acaba de perder a mãe e o filho em um grave acidente. A filha, enquanto isso, está em coma. Desesperado, ele parte em busca da ajuda de uma médium para colocá-lo em contato com a garota. No entanto, assim como em ‘Apocalipse’ ou no estranhíssimo ‘Regresso do Mal’, as coisas começam a sair de controle e a colocar o personagem em situações perigosas. Não há tanta ação ou emoção no filme. Mas a trama espiritual, misturada com um clima de suspense, devem agradar aqueles que buscam um Nicolas Cage mais introspectivo, ligado ao seu espírito e as dores da alma.