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Quem gosta de assistir a filmes em casa vai, em breve, ganhar uma nova opção. O serviço de aluguel e compra de longas-metragens no streaming da gigante Amazon, chamado Prime Video Store, deve chegar ao Brasil até o final do ano, o Filmelier pode confirmar. A nova modalidade, inclusive, já atracou no mercado do México ontem, terça-feira (5).
Contactada sobre a disponibilidade da nova funcionalidade no nosso País, a assessoria de imprensa do Amazon Prime Video informou que “não temos previsão de quando o serviço será lançado por aqui”.
Contudo, o Filmelier apurou junto à fontes do mercado que a Amazon está trabalhando para ter a estreia da opção de compra ou venda para os usuários brasileiros do Prime Video a partir de novembro. Daqui seis meses.
O que é?
O Prime Video Store chega para concorrer com iTunes/Apple TV, Google Play, NOW e outras plataformas que permitem também a compra e/ou o aluguel de filmes sem mídia física, tudo pela internet. Chamado de TVOD (transactional video on demand, ou o VOD transacional), esse serviço é o equivalente contemporâneo das antigas locadoras ou das lojas de DVD e Blu-ray.
Até agora, no Brasil, o Prime Video é apenas um serviço de assinatura, chamado de SVOD (subscription video on demand). Nessa modalidade, da qual a Netflix também faz parte, você paga um valor mensal para ter acesso a todo o catálogo. Por isso, com a futura chegada do Prime Video Store, a plataforma da Amazon passa a oferecer um serviço híbrido entre os dois modelos.
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No caso da Store, os longas serão destacados para informar o usuário de que eles não estão dentro do valor da assinatura mensal, necessitando de um pagamento à parte. No mercado mexicano, os filmes disponíveis para compra ou aluguel ficam organizados dentro da opção “Tienda Prime Video” – a tradução de Prime Video Store para o espanhol. No Brasil, seguindo a mesma lógica, a modalidade poderá ficar dentro da opção “Loja Prime Video”. Por outro lado, os longas que integram o valor mensal da assinatura e que não necessitam de um pagamento à parte ficam destacados com um banner escrito “Prime”.
Vantagens
A principal vantagem do TVOD é que, normalmente, os filmes lançados são aqueles que estrearam nos cinemas apenas três meses antes. Há, também, títulos inéditos exclusivos. Tudo exatamente como era com a antiga mídia física. Além disso, o pagamento ocorre apenas por aquilo que você consome. A cada transação, o dono do conteúdo recebe uma porcentagem. No entanto, para a plataforma ter o conteúdo disponível nessa modalidade de streaming não há necessidade de contratos de licenciamento no modelo habitual. Isso facilita a ampliação do catálogo, com mais títulos de distribuidores diferentes e independentes. O licenciamento, vale dizer, é como como a Netflix opera, ou ainda como o próprio Prime Video fez ao firmar um acordo de um ano com a Disney. O TVOD da Amazon está disponível nos Estados Unidos há alguns anos, como opção para quem quer comprar um filme, ao lado da mídia física. No entanto, desde abril, a opção de aluguel ou compra foi adicionada ao Amazon Prime Video em territórios como Canadá, Austrália, Itália e Espanha. Por isso, a chegada ao México nesta terça é apenas a mais recente jogada dentro dessa expansão.
Concorrência acirrada
Caso a Amazon cumpra a programação interna para o lançamento do video on demand transacional, novembro será um mês agitadíssimo para esse mercado no Brasil. O Disney+, serviço de streaming por assinatura (SVOD) da gigante do entretenimento, está previsto para chegar ao nosso país no mesmo mês. Nesse período também deve aportar no Brasil a Pluto TV, plataforma de streaming gratuita (o AVOD, bancado com publicidade). A dona do serviço é a ViacomCBS, de marcas como MTV e franquias como ‘Missão: Impossível’ e ‘Star Trek’. Até lá, o Prime Video segue investindo pesado em mídia no Brasil. A estratégia inclui a quase onipresença do comercial do serviço nos intervalos da TV Globo.