‘Blackpink: Light Up the Sky’ apresenta um outro lado da indústria musical sul-coreana ‘Blackpink: Light Up the Sky’ apresenta um outro lado da indústria musical sul-coreana

‘Blackpink: Light Up the Sky’ apresenta um outro lado da indústria musical sul-coreana

O documentário acompanha a trajetória das quatro integrantes do grupo de k-pop e já está disponível na Netflix

15 de outubro de 2020 16:45
- Atualizado em 16 de outubro de 2020 19:22

Ignore-o ou não, existe (já há alguns anos) um grande fenômeno da música e da cultura pop mundial, o chamado K-pop. Agora, a “onda coreana” ganha ainda mais força com a estreia do documentário ‘BLACKPINK: Light Up the Sky‘, que acaba de chegar à Netflix e aborda um dos maiores fenômenos atuais dentro dessa explosão cultural: o BLACKPINK. E esse é um ótimo gancho para mergulhar de cabeça do movimento, além de conhecer mais da vida e rotina do badalado grupo.

O conjunto sul-coreano é formado por quatro mulheres: Jisoo, Jennie, que são naturais da Coreia do Sul; Rosé, que nasceu na Nova Zelândia; e Lisa, que é tailandesa. No entanto, elas são apenas um ponto de atenção dentro de um macrocosmo maior. Afinal, a produção é perfeita não só para os fãs, mas também para quem não conhece a indústria musical coreana e quer entender o que está por trás de um fenômeno que movimenta milhões de pessoas no Brasil e no resto do mundo.

Assista ao trailer, leia a sinopse, o link para assistir online e muito mais de ‘BLACKPINK: Light Up the Sky‘ clicando aqui.

Para começar, o filme mostra que os próprios músicos não gostam da alcunha K-pop. Inclusive, o produtor, compositor e rapper Teddy Park, que trabalha com o BLACKPINK, faz um reflexão sobre o tema no novo documentário.

'Blackpink: Light Up the Sky' mostra o lado mais humano da indústria musical sul-coreana
‘BLACKPINK: Light Up the Sky’ foi a primeira produção da Netflix sobre pop coreano (Foto: Reprodução/Netflix)

Publicidade

“Somos apenas coreanos produzindo música. Então isso significa que todas as músicas coreanas são K-pop? Eu nem entendo isso, é simplesmente pop coreano, a única diferença é a linguagem”, diz Park em certo ponto do longa. “Por que não fazem isso em todos países? Afinal de contas, o que é K-pop?”, completa.

Park é um importante nome na Coreia do Sul e faz parte da YG Entertainment, empresa de entretenimento que atua como gravadora, agência de talentos, marca de roupas e cosméticos, empresa de gestão de eventos e produtora.

Um panorama sobre a indústria musical coreana

Para quem não conhece como funciona a indústria musical coreana, o documentário pode ser surpreendente, afinal as integrantes do BLACKPINK contam que foram treinadas para se tornarem artistas ainda na adolescência. Antes dos cantores se apresentarem ao público, eles passam anos se preparando para esse momento. É uma cultura é muito diferente do Brasil e dos Estados Unidos, por exemplo.

No filme, Jisoo, Jennie, Rosé e Lisa contam que durante o período de trainee – que dura de 4 a 6 anos, dependendo do artista – na YG Entertainment elas ensaiavam mais de 14 horas por dia, tinham apenas uma folga a cada 15 dias e não podiam beber, fumar ou sequer fazer intervenções no corpo, como tatuagens, e que precisam estar sempre impecáveis.

“Percebi que não
tinha vida pessoal”

Ao longo do filme, elas descontroem essa imagem de perfeição e mostram seu lado mais humano, se aproximando do espectador. Há um bom desenvolvimento de como funciona o ramo musical na Coreia, de qual foi a trajetória do BLACKPINK, o quão duro as integrantes se esforçaram para fazer sucesso e também de como elas lidam com a fama.

“No final, percebi que não tinha vida pessoal. Eu vivia para o show de amanhã”, conta Rosé, em um dos trechos do longa. Jennie também fala sobre o desgaste das turnês, que por mais que ela goste é uma rotina difícil. É raro vermos o outro lado da vida dos artistas, geralmente focamos no glamour.

Blackpink: Light Up the Sky mostra o lado mais humano da indústria musical sul-coreana
‘BLACKPINK: Light Up the Sky’ chegou nesta semana à Netflix (Foto: Reprodução/Netflix)

Além disso, ‘BLACKPINK: Light Up the Sky’ fala de aceitação, que é algo para ser discutido em qualquer lugar do mundo. “Eu era rejeitada por meus parentes. Diziam que eu era feia”, compartilha Jisoo ao falar da infância.

Diferente de outros grupos coreanos, o BLACKPINK une quatro culturas diferentes – coreana, tailandesa, neozelandesa e australiana -, já que tem duas estrangeiras. Lisa é tailandesa, como citado, e Rosé é neozelandesa, mas se mudou para Austrália ainda na infância. Além disso tem Jennie, que nasceu na Coreia do Sul e cresceu na Nova Zelândia. No filme, é bem nítido como essa heterogeneidade cultural moldou a personalidade das mulheres, tanto na forma como elas encaram a fama, quanto na visão de mundo.

Siga o Filmelier no FacebookTwitterInstagram e TikTok.