Com ingresso a R$ 6, 44ª Mostra Internacional de Cinema inicia edição digital

Começa nesta quinta-feira, 22, a 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. No entanto, ao contrário de outras edições, nada de correria na Avenida Paulista para ir de um cinema à outro. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a organização do evento optou por realizar uma edição digital e com exibições presenciais apenas em alguns drive-ins parceiros.

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Por enquanto, a decisão de Renata de Almeida, responsável pela Mostra, foi acertada. Ainda que tenha tido uma queda dos mais de 300 títulos exibidos em 2019, a Mostra irá levar ao público quase 200 filmes, de 71 países. Para assistir a qualquer um deles, o espectador precisa desembolsar R$ 6 em uma plataforma criada exclusivamente pela empresa, para este momento.

Esta plataforma é um investimento importante da Mostra, que passa a seguir o padrão de qualidade digital de outros festivais ao redor do mundo — como Cannes e TIFF, que usaram o mesmo sistema. Nas exibições feitas à imprensa na última semana e que o Filmelier teve acesso, a plataforma funcionou bem e sempre com uma boa e constante qualidade de imagem.

Os filmes ficam disponíveis na plataforma da Mostra até 4 de novembro ou, então, até atingir o limite de 2 mil visualizações máximas de cada produção.

O que assistir na Mostra?

Em meio a quase 200 filmes, é sempre um desafio escolher o que é melhor para assistir. Renata de Almeida, aliás, comemorou o número de produções em coletiva de imprensada realizada na primeira quinzena de outubro. “[O mercado] entendeu que os filmes deste ano serão lançados da maneira que dá para lançar”, explicou Renata, sobre a ausência de salas de cinema.

Um dos principais títulos exibidos, como sempre, é o filme de abertura. Neste caso, a responsabilidade de abrir os trabalhos ficou com o mexicano ‘Nova Ordem’, de Michel Franco. Um filme violento sobre um levante social. “É ano de reflexão. Ano de luto. E vamos abrir com um filme forte. É um filme mexicano que reflete coisas que o Brasil tem também”, disse Renata.

Outros dois grandes destaques ficam com ‘Não Há Mal Algum’, filme vencedor do Festival de Berlim, e ‘Casa de Antiguidades’, produção nacional favorita para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional em 2021. O português ‘Mosquito’, o forte documentário ‘Bem-Vindo à Chechênia’ e o bom ‘Nadando Até o Mar Ficar Azul’ também se destacam.

Por fim, ficam algumas surpresas que o Filmelier já conferiu em exibições para a imprensa. É o caso do documentário experimental ‘A Machine to Live In’, sobre Brasília; o preocupante e inesperado ‘Feels Good Man’, sobre o personagem Pepe, o Sapo; o ambicioso documentário ’17 Blocks’; e, ainda, o interessante drama ‘Suor’, sobre as relações em tempos de hiperconexão.

Todos filmes disponíveis para assistir podem ser conferidos clicando aqui.

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