Trailer
Por que assistir a este filme?
Com a Guerra Fria ainda em voga, Sylvester Stallone usou-a como pano de fundo para ‘Rocky IV’, longa produzido, dirigido e estrelado por ele próprio. E esse é o principal erro do filme: traz uma visão maniqueísta do conflito, ainda que toque em dois temas relevantes: o falso amadorismo dos atletas soviéticos e o uso de substâncias ilegais por eles. O vilão da vez é interpretado por Dolph Lundgren, em seu primeiro papel de destaque em Hollywood. Mesmo que com acontecimentos marcantes para mais uma vez evocar a superação (e que, depois, serão retomados em ‘Creed II’), ‘Rocky IV’ apenas recicla elementos dos três filmes anteriores e nada agrega de novo. Ainda assim, tem o mérito de continuar a evolução do protagonista e funciona como uma diversão despretensiosa para quem gosta da farofa de ação que eram os anos 1980. Porém, tudo muito longe do brilhantismo de ‘Rocky: Um Lutador’.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Rocky Balboa entra na Guerra Fria, saindo da aposentadoria para enfrentar um lutador soviético que arrasou um amigo e antigo rival de Rocky, Apollo Creed.
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Rambo IV
Depois de 20 anos do lançamento de 'Rambo III', Sylvester Stallone retornou ao incônico papel de John Rambo por mais uma vez - além de sentar na cadeira de diretor e assinar o roteiro. Na história, reencontramos o ex-combatente do Vietnam mais uma vez tentando levar uma vida pacata na Tailândia, mas acaba se envolvendo em um conflito próximo. Desigual e sem os pontos positivos do primeiro filme (a crítica à guerra e a forma como os veteranos são tratados) e do segundo (a ação ao estilo anos 1980), 'Rambo IV' explora o excesso de violência, que se aproxima do gore - e que entrega perfeitamente o que os fãs de ação "sem limites" querem assistir. O resultado é um longa-metragem que desagradou a crítica, mas que deixou feliz boa parte dos fãs de longa data.

Rocky II: A Revanche
Depois do sucesso estrondoso e surpreendente de ‘Rocky: Um Lutador’, a United Arts deu luz verde para uma continuação, lançada nos cinemas três anos depois do longa original. Dessa vez, Sylvester Stallone assumiu a direção. A história lida com os desdobramentos da primeira luta, na qual o boxeador Apollo Creed (inspirado na lenda Muhammad Ali) se deixou levar pela festa e ganhou apenas por pontos - o que o leva a propor uma revanche e, dessa vez, se preparar e lutar a sério. Com orçamento sete vezes maior que o primeiro longa (mas ainda modesto para os tempos atuais), o filme sabe mesclar muito bem as dificuldades da vida do protagonista com os dilemas da carreira de atleta em mais uma história de superação. Ainda que não seja uma produção brilhante e tenha seus problemas, sabe muito bem explorar e expandir os acontecimentos da primeira parte, além de trazer um clímax empolgante.

Rocky III: O Desafio Supremo
Com o segundo filme da série ‘Rocky’ fazendo uma bilheteria muito próxima ao do primeiro, a United Arts (a essa altura já unida à MGM) aprovou um terceiro longa-metragem para a franquia, mais uma vez dirigido por Sylvester Stallone. Agora, a história troca o contexto do fracassado em busca da glória por um homem que é vítima de seu próprio sucesso, preso em uma rotina criada apenas para mantê-lo como o grande campeão, mas sem desafios. Isso até surgir o vilão da vez: Clubber Lang, interpretado por Mr. T (que ficou famoso na luta livre e na série ‘Esquadrão Classe A’). Agora, Rocky recorre ao seu ex-desafiante, Apollo Creed, para ajudá-lo no treinamento. ‘Rocky III’ está (muito) longe do brilhantismo do filme original, mas tem o mérito de procurar inovar nas motivações de seu protagonista. Além disso, introduz um novo tema musical épico: ‘Eye of Tiger’, música da banda Survivor inspirada em uma das falas de Creed e que se transformou em enorme sucesso na época, inclusive alcançando o posto de tema musical das lutas de boxe na Rede Globo nas eras de Mike Tyson e Maguila.

Rocky Balboa
Com a moda de remakes e retomadas de franquias começando a dominar Hollywood, Sylvester Stallone tirou de sua cartola aquela que é a sua maior criação. ‘Rocky Balboa’ traz de volta o personagem-título já aposentado e com um restaurante na Filadélfia, porém desafiado a voltar para a ativa pelo campeão do momento, Mason “The Line” Dixon, interpretado pelo lutador na vida real Antonio Tarver. A história, mais uma vez escrita e dirigida por Stallone, é praticamente um remake de ‘Rocky: Um Lutador’, mas acerta ao trazer nostalgia, ao encarar de frente o envelhecimento do corpo e mostrar os desdobramentos da vida de Rocky nos anos anteriores. Com isso, ‘Rocky Balboa’ foi um sucesso, revitalizando a carreira de Sly e incentivando o retorno da franquia ‘Rambo’, a criação de ‘Os Mercenários’ e, mais tarde, do spin-off ‘Creed: Nascido Para Lutar’.

Os Mercenários
‘Os Mercenários’ é o sonho de qualquer um que viveu os filmes de ação dos anos 1980 e 1990. O co-roteirista, diretor e protagonista Sylvester Stallone convocou outros grandes astros do gênero de sua época - como Jet Li, Jason Statham, Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis - para estrelar este violento, sangrento e brutal longa-metragem. Esqueça a história: tudo aqui é um pretexto para juntar esses nomes em cena, entregando sequências de ação que mexem com a nostalgia de quem os acompanhou nos seus respectivos auges. Destaque para o fato de que parte do filme foi gravado no Brasil, além da presença da atriz méxico-brasileira Giselle Itié.
Drama

Pedágio
Suellen, uma cobradora de pedágio, percebe que pode usar o seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas é tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.

Dias Difíceis
Entre as noites de Natal e Ano Novo, em 29 de dezembro, o detetive Yuji Kudo dirige seu carro para ver sua mãe, que está hospitalizada com um grave problema de saúde. No caminho, recebe um telefonema do delegado perguntando sobre seu envolvimento na criação de um fundo secreto ao mesmo tempo que descobre que sua mãe faleceu. Yuji então acidentalmente bate em um homem com seu carro, que morre na hora. É aí que o protagonista, no hospital, tenta encobrir a morte do homem que atropelou, colocando seu cadáver no caixão de sua mãe. Dias Difíceis, improvável thriller dramático japonês, mostra os efeitos dessa decisão de Yuji, que precisa lidar com uma série de erros que nascem com suas decisões estapafúrdias enquanto é investigado. Estranhamento tenso, mas também emocional, o longa-metragem mostra a qualidade do cineasta Michihito Fujii, que sabe como misturar gêneros em um longa-metragem cheio de improbabilidades, mas verdadeiro.

Monster
Com filmes como Assunto de Família e Broker (entre muitos outros), o cineasta japonês Hirokazu Kore-eda é um mestre em contar histórias de moralidade complexa, onde a verdade nunca é simples, e as respostas transitam por todos os tons de cinza. "Monster" é mais uma ótima demonstração disso (o filme ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes de 2023). Sua trama começa com uma mãe preocupada com o estranho comportamento recente de seu filho, e, após investigar, ela começa a temer que ele esteja sendo abusado por um professor da escola. No entanto, à medida que a trama se desenrola, somos testemunhas de todos os elementos que complicam e enredam a verdade escondida por trás. "Monster" é o tipo de filme que emociona profundamente e convida à reflexão sobre as maneiras como nos relacionamos—e julgamos—aqueles ao nosso redor.
