Pânico

Quem acompanha filmes slashers sabe que eles ficaram cada vez mais genéricos. Quando ‘Pânico’ surgiu em 1996, com a direção de Wes Craven, acompanhamos a criação de algo que foi tão marcante que deu uma nova cara ao gênero. Porém, depois de três continuações, a franquia perdeu a força. Mas para quem se frustrou com o longa anterior, lançado em 2011, esse capítulo é animador. O novo ‘Pânico’ é descrito como um reboot sequência pelos próprios personagens do filme: a metalinguagem foi bem construída na história, o que consegue dar um frescor a uma narrativa que tinha se tornado um lugar comum com o excesso de produções que exploram tal premissa. Não só isso, o longa ainda resgata o elo afetivo com os antigos fãs da franquia - com o retorno do clássico trio Neve Campbell, David Arquette e Courteney Cox. Outro acerto é que o roteiro consegue ser inteligente, por mais óbvio que possa parecer. Wes Craven ficaria orgulhoso desse possível desfecho - que, vale citar que, tinha dirigido todos os filmes anteriores da franquia. O longa também presta uma homenagem ao diretor, que morreu em 2015.

Raíssa Basílio

Ex-redatora do Filmelier