Cidadão Kane (1941)
Cidadão Kane
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Por que assistir a este filme?
Quando dizem que 'Cidadão Kane' é o melhor filme já feito, os críticos não estão exagerando. Ok, você pode torcer o nariz por ser um longa-metragem antigo, em preto e branco - e, para muitos, uma produção clássica cultuada é sinônimo de "chata". Só que nada disse se aplica a esta obra-prima de Orson Welles. Em seu primeiro longa-metragem, o comunicador e cineasta (que, além de dirigir, também estrela a produção) imprime uma história com ritmo moderno e com uma linguagem cinematográfica impecável, em uma investigação da vida do personagem-título que envolve o espectador. Mérito também do roteirista Herman J. Mankiewicz (em história contada no filme 'Mank', da Netflix), que se inspirou em William Randolph Hearst para criar uma história de intriga, política, sucesso e fracasso que vai no âmago da América pós-Crise de 1929. Não é por menos que 'Cidadão Kane' é referenciado até hoje, seja em produções séries ou de comédia: é o filme de cabeceira para qualquer cinéfilo.
Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Inspirado na vida magnata William Randolph Hearst, este é, para alguns, o melhor filme de todos os tempos. Dirigido, co-roteirizado e estrelado por Orson Welles, este reluzente pérola do cinema Hollywoodiano traz diversos elementos próprios a uma grande história: críticas sociais e políticas, um interessante retrato da mídia nos anos 1940, uma trágica história de amor e uma grande, memorável e inesperada reviravolta. Além, claro, de ser uma aula irrepreensível de linguagem cinematográfica. Faturou o Oscar de Melhor Roteiro, além de outras oito indicações.
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Sinopse do filme
Um garoto abandonado pelos pais herda uma fortuna, constrói um império jornalístico e aspira ser presidente dos EUA, mas perde tudo devido a um romance com uma cantora sem talento. Essa história fascinante é revelada através de pessoas ligadas ao magnata - e cada uma mostra um aspecto diferente do Cidadão Kane.
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Do mesmo diretor
O Outro Lado do Vento
Orson Welles foi um dos nomes mais importantes do entretenimento norte-americano, responsável pela famosa adaptação de ‘Guerra dos Mundos’ no rádio (aquela que teria, segundo alguns, causado uma histeria coletiva) e do clássico ‘Cidadão Kane’. Entre 1970 e 1976 Welles focou seus esforços em ‘O Outro Lado do Vento’, filme sobre um diretor (interpretado por John Huston, de ‘O Tesouro da Sierra Madre’) que se esforça para completar o seu último longa. Com a vida imitando a arte, o cineasta não conseguiu terminar a produção por diversos problemas, incluindo questões legais - o Xá do Irã era um dos financiadores e o seu regime foi deposto pela revolução liderada pelo Ayatollah Khomeini. Após 33 anos da morte de Welles, a Netflix adquiriu os direitos do filme para lançá-lo na plataforma. Uma oportunidade única para cinéfilos poderem finalmente assistir a um capítulo perdido da sétima arte. Assista em conjunto com o documentário 'Serei Amado Quando Morrer', também disponível na Netflix.
Drama
Como el mar
Como el mar é um filme argentino em que uma jovem mulher, Azul (Zoe Hochbaum), descobre que quem ela pensava ser sua irmã mais velha (Sofía Gala Castiglione) é, na verdade, sua verdadeira mãe, e que a mãe que acabou de morrer era, na realidade, sua avó. Em busca de respostas sobre seu pai, ambas embarcam em uma viagem ao Uruguai, onde precisarão transformar o laço que as une. Trata-se de um filme de estrada de ritmo lento e contemplativo, que se detém mais em explorar sentimentos do que acontecimentos, o que pode parecer muito simples para quem busca dramas complexos. No entanto, é um filme emotivo, e a participação da lendária Carmen Maura (Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos) certamente vale a pena ser vista.
My First Film
Muitos cineastas passam suas vidas tentando manter suas carreiras criativas, sem perceber seus tropeços. Em My First Film longa-metragem de estreia da diretora Zia Anger (que criou vídeos para artistas como Mitski e Beach House), vemos o oposto: uma cineasta que olha para o passado e reconstrói o que deu errado em sua catastrófica primeira tentativa, quando era mais jovem. Passado e presente se misturam com realidade e ficção (com um elenco que inclui artistas como Odessa Young), em um filme que não apenas recria fatos, mas sentimentos. Há muitos filmes metatextuais e revisionistas, mas My First Film é o mais fascinante, pelo menos desde Shirkers em 2018.
Swingers: Os Limites do Amor
Até onde você iria pelo desejo? Hana sente que seu relacionamento com Petr está caindo na rotina e passa a compartilhar suas fantasias eróticas. O que começa com palavras logo se transforma em uma aventura sexual intensa que pode sair do controle.
Conspiração e Poder
Com a atuação impecável, Cate Blanchett é uma produtora da CBS News envolvida em uma controvérsia jornalística em Conspiração e Poder (Truth). Dirigido por James Vanderbilt, conhecido por Zodíaco, este drama é inspirado no escândalo real sobre a reportagem de Dan Rather, que questionou o serviço militar de George W. Bush. A trama se desenrola com intensidade, mergulhando em questões de ética jornalística e os desafios enfrentados pela equipe ao revelar verdades inconvenientes, trazendo nuances de um jornalismo sob fogo cruzado.
