Academia adia cerimônia do Oscar 2021 Academia adia cerimônia do Oscar 2021

Academia adia cerimônia do Oscar 2021

Medida acontece por conta dos cinemas fechados durante as medidas para conter a pandemia da covid-19

15 de junho de 2020 16:28
- Atualizado em 17 de junho de 2020 12:18

Depois de semanas com rumores, agora é oficial. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anuncio que a edição 2021 do Academy Awards, o popular Oscar, foi adiada em dois meses. Agora, e entrega das estatuetas acontecerá em 25 de abril.

Junto com a mudança, a Academia anunciou também que a janela de elegibilidade para a 92ª edição da premiação será ampliada. Normalmente, tirando a categoria de Melhor Filme Internacional, os filmes que estreiam nos cinemas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro podem ser indicadas ao Oscar do ano seguinte. Para 2021, esse período irá até 28 de fevereiro – coincidência ou não, o dia para o qual a cerimônia estava originalmente prevista.

A divulgação dos indicados, agora, está programada para 15 de março.

A estatueta do Oscar pronta para ser entregue (crédito: divulgação / AMPAS)

“Por mais de um século, filmes tem tido um papel importante para nos confortar, inspirar e entreter em tempos sombrios”, afirmou o presidente da Academia, David Rubin, e o CEO, Dawn Hudson – ambos em comunicado oficial. “Nossa esperança, ao ampliar o tempo de elegibilidade e a data da premiação, é prover flexibilidade que os cineastas precisam para finalizar e lançar seus filmes sem serem penalizados por algo que está além do controle de qualquer um.”

Não é a primeira vez

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A medida é rara. Até hoje, O Oscar foi adiado apenas em três oportunidades: em 1938, por causa de alagamentos em Los Angeles; em 1968, nos acontecimentos e protestos após a morte de Martin Luther King Jr.; e em 1981, quando houve uma tentativa de assassinato do presidente Ronald Reagan.

Desta vez, o adiamento acontece na esteira dos acontecimentos da pandemia da covid-19, doença causada pelo SARS-CoV-2, o novo coronavírus. Com a recomendação de distanciamento social pela OMS, cinemas acabaram fechados em todo o mundo, causando um efeito dominó.

Adiamento bem-vindo

Estreias estão adiadas desde março – e, na melhor das hipóteses, voltariam no final de julho. Mesmo nesse cenário, os cinemas devem contar com capacidades reduzidas, o que deve reduzir a quantidade de longas em cartaz simultaneamente.

Por isso, a tendência é que, pelo menos até o final do ano, as salas de cinema sejam monopolizadas por blockbusters, impedindo que filmes médios, pequenos ou de arte (que se beneficiam da temporada de premiações, incluindo do Oscar) fiquem sem espaço para serem exibidos.

Com a mudança, cineastas e estúdios ganham mais tranquilidade para lançarem seus filmes sem abrir mão do sonho de ganhar uma dessas estatuetas (crédito: divulgação / AMPAS)

Além disso, gravações foram interrompidas e produções ficaram pela metade. Mesmo o retorno disso não será como antes, já que produtores, atores e trabalhadores envolvidos vão ter que seguir diversos protocolos sanitários, o que também terá impacto financeiro e demandarão mais tempo.

Essa não será a única mudança prevista para 2021 após a deflagração da pandemia. Excepcionalmente, a Academia passará a aceitar produções que, por causa da covid-19, não foram lançadas inicialmente nos cinemas, chegando direto às plataformas de streaming.

Tal medida beneficiará filmes como ‘Destacamento Blood’, lançado direto na Netflix. É possível, também, ver no vencedor da categoria de Melhor Filme um longa-metragem que nunca passou pelo cinema enquanto local físico.

A ver.