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Conheça Dave Fishwick, o homem que inspirou a emocionante história de ‘David Contra os Bancos’
Dave criou seu próprio banco comunitário no Reino Unido e, agora, inspira a história de ‘David Contra os Bancos’
Dave Fishwick tem uma vida de cinema. Ele é um britânico ganha a vida em Burnley, uma pequena cidade industrial que está passando por um período de decadência. No entanto, no trabalho, Dave se torna uma exceção em meio às falências: seu empreendimento vai tão bem que ele começa a emprestar dinheiro para seus clientes. E é aí que vem a grande ideia de Fishwick: abrir um banco comunitário, emprestando dinheiro sem juros. Essa é a história de David Contra os Bancos, estreia da última quinta, 28.
O longa, que conta com Rory Kinnear (Penny Dreadful) interpretando o papel de Dave e direção de Chris Foggin (Música a Bordo), é certeiro ao mostrar esse personagem não como uma figura mística, mas como uma pessoa comum que sabe como pensar no coletivo mesmo quando as grandes corporações trabalham contra – no caso dele, os bancos.
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“Eu quero que [os espectadores] sintam um calor real por dentro e uma sensação de bem-estar”, explica Dave, em entrevista ao Filmelier. “Eu gostaria que eles sentissem que poderiam alcançar o mesmo. Talvez eles não queiram abrir um banco, mas talvez queiram conseguir um novo emprego. Talvez queiram conseguir um aumento de salário. Talvez queiram chegar a uma situação em que vão talvez se casar ou fazer algo especial ou ter um filho, ou simplesmente sair desse filme pensando que o que quer que façam, vão fazer. Porque se você se dedicar a isso, você pode conquistar qualquer coisa na vida”.
Essa não é a primeira vez que a história de Fishwick, o primeiro britânico a conseguir abrir um novo banco em mais de 100 anos, chega às telas. Em 2012, uma série documental de mesmo nome foi lançada no Channel 4. Esse, aliás, foi o primeiro contato que o roteirista Piers Ashworth teve com o assunto, percebendo que poderia render um longa-metragem. “Há cerca de dois anos, recebi uma ligação dos Estados Unidos, de Hollywood, de um cara chamado Piers Ashworth. […]. Ele queria fazer um filme sobre minha vida”, conta Dave. Nesse processo, Piers foi até a pequena Burnley para conhecer Dave, entender o processo do banco comunitário e, é claro, discutir quem deveria interpretar Dave. “Eu disse que me pareço muito com Tom Cruise. Então sugeri: ‘que tal o Tom?’. Então ele discou o número do Tom Cruise no celular dele e perguntou: ‘Devemos ligar para ele?’. E eu não podia acreditar, porque ele realmente o conhecia muito bem. Mas, na verdade, conseguimos o ator Rory Kinnear para me interpretar. Ele se parece mais comigo do que eu mesmo, então tivemos que esquecer o Tom Cruise e seguir com Rory Kinney. E Rory é um homem tão adorável”.
A partir daí, Dave se envolveu intimamente com o processo de produção – algo que não é muito comum em filmes sobre histórias reais. Não à toa, acabou assinando como produtor. “Foi importante para mim me envolver, pois eu queria ter certeza de que o filme fosse filmado nos lugares certos. Eles filmaram na minha garagem de minivans. Aquela é a garagem real onde filmaram. Filmaram na minha casa”, contextualiza Fishwick. “Então, quando você assiste ao filme, pode me ver, ver o Rory me interpretando e ver a Jo Hartley, que interpreta minha esposa, todos na minha cozinha. Você tem Phoebe Dynevor, que é a maior estrela de Bridgerton, e lá está ela na minha cozinha. É realmente estranho”.
Coração de Dave
Quando as biografias chegam aos cinemas, espectadores se perguntam: será que o filme conseguiu captar a essência do que aconteceu? Tudo que está ali é real? “É uma representação cinematográfica de uma jornada da vida real. Eles não mudaram nada”, diz.
Mas, mais do que não mudar, essa é a essência de sua jornada? Dave responde. “Quando comecei o projeto, eu queria criar um banco administrado pelo povo para beneficiar o povo, em vez da cultura dos juros. […] As pessoas que roubam bancos vão para a prisão, mas os bancos que roubam pessoas recebem juros e isso está acontecendo em todo o mundo, e isso precisa parar”, diz Dave que, por meio de seu banco, já emprestou US$ 50 milhões. “Foi uma grande jornada e o fato de o filme ter surgido no final, com Hollywood aparecendo no final, é simplesmente louco. Mas que maneira maravilhosa de encerrar essa jornada” * Entrevista feita por Vitor Leite para o Filmelier.