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Elizabeth II também foi um ícone do cinema e da cultura pop
A rainha, morta aos 96 anos, se tornou presença constante em diversas produções durante os seus 70 anos de reinado - seja nos filmes de 'James Bond 007' ou em séries como 'The Crown'
Renan Martins Frade | 08/09/2022 às 14:32 - Atualizado em: 14/09/2022 às 22:37
O personagem Mr. Bridger (Noël Coward) é um sujeito educado, de compostura, e um fervoroso súdito da rainha. Inclusive, na parede de seu escritório, há uma foto de Elizabeth II. Mas ele também é um mafioso - que convoca Charlie Croker (Michael Caine) para uma operação complicadíssima: roubar um carregamento de barras de ouro da FIAT, em Turim. Enquanto eles combinam a estratagema, a figura da monarca acompanha tudo com a sua expressão serena.
Tal cena faz parte de um clássico do cinema britânico, 'Um Golpe à Italiana', e exemplifica se certa forma não só a importância da figura história da Elizabeth II, que morreu nesta quinta (8) aos 96 anos, como também o seu papel dentro da cultura pop.
No trono desde 1952, Elizabeth viu em seu reinado diversas explosões culturais - e essa devoção de seus súditos a levou para todas elas. Para além do longa estrelado por Michael Caine, talvez o maior veículo dessa presença tenha sido os filmes de James Bond. Afinal, 007 esteve - até hoje - à serviço secreto de sua majestade.
Mesmo que ela não apareça de carne e osso ali, é como se, espiritualmente, a representação de seu imperialismo fizesse parte das ações do agente secreto, que nessas décadas todas foi interpretado por Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig. Desde 1962 são vários atores, mas uma só rainha.
O auge dessa parceria entre realeza e MI6, no entanto, veio apenas em 2012. Foi quando, nos Jogos Olímpicos de Londres, o próprio Bond foi ao encontro de Elizabeth para escoltá-la até a cerimônia de abertura. Sem dúvida alguma, essa é a maior atuação da rainha e de seus cachorros da raça corgi - incluindo até uma cena de ação de tirar o fôlego.
Ninguém da família Windsor foi ferido durante as filmagens. Confira:
Mais britânico, impossível - o que mostra como esses personagens (um ficcional, a outra real - em mais de um sentido) passaram a ser parte indissociável da cultura do país.
Não só isso. Elizabeth se tornou personagem em diversas produções. No começo, mais como participações especiais e brincadeiras. Não tem como esquecer, por exemplo, de 'Corra Que a Polícia Vem Aí!', no qual o policial Frank Drebin (Leslie Nielsen) é incumbido de proteger a rainha (Jeannette Charles, que foi quase que a atriz oficial da personagem) - rendendo cenas hilárias como esta aqui:
Nessa mesma linha de comédia, incluindo o seu notório amor por cachorros, Elizabeth II abraçou até os pequenos: ela é a personagem coadjuvante de 'Corgi: Top Dog', simpática animação belga sobre o mascote preferido da rainha - e que vem a ser, veja só, um agente secreto quando não está recebendo os afagos de sua tutora.
A Elizabeth para além da personagem
Com o passar do tempo, foi crescendo o interesse pela Elizabeth verdadeira, para além da figura quase mitológica - muito pelas fofocas envolvendo a família real, incluindo o conturbado casamento do filho dela, Charles, com a princesa Diana.
Em 2006, por exemplo, Helen Mirren encarnou a monarca em 'A Rainha', drama biográfico que se concentra nas repercussões da morte de Lady Di. A atriz acabou vencendo o Oscar pelo papel.
Essas histórias envolvendo Diana, aliás, renderam o recente 'Spencer', no qual a relação da então princesa (aqui, vivida por Kristen Stewart) com Elizabeth II (Stella Gonet) é um dos sub-enredos da trama
Houve, também, 'Uma Noite Real', uma interessante dramédia sobre a jovem Elizabeth (Sarah Gadon), ainda princesa, quando ela resolveu sair com a irmã, a princesa Margareth, para comemorar o Dia da Vitória com o final da Segunda Guerra Mundial.

Porém, nada supera a relevância de 'The Crown'. A série da Netflix parte justamente do ponto de vista de Elizabeth para contar a trajetória moderna da Casa de Windsor, a da realeza britânica, desde momentos antes da princesa assumir o posto de monarca do Reino Unido. Por meio de suas (até aqui) quatro temporadas, a produção trouxe uma versão ficcional de todos os problemas que, antes, só sabíamos pelos tabloides.
É um sucesso.
O reinado de Elizabeth II no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, assim como na Comunidade das Nações, chegou ao fim. Durou, na vida real, 70 anos. No entanto, por meio do que já foi produzido e do que ainda será feito, ela viverá para sempre na cultura pop, tamanho o fascínio que traz entre seus súditos - e também entre os seus detratores.
A rainha está morta. Longa vida à rainha.

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.
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