“Quanto mais pudermos falar de paz, melhor”, diz Paulo Vieira sobre ‘O Lendário Cão Guerreiro’ “Quanto mais pudermos falar de paz, melhor”, diz Paulo Vieira sobre ‘O Lendário Cão Guerreiro’

“Quanto mais pudermos falar de paz, melhor”, diz Paulo Vieira sobre ‘O Lendário Cão Guerreiro’

Ary Fontoura e Vieira falam sobre a experiência de dublar Shogun e Hank, além da experiência e mensagem de ‘O Lendário Cão Guerreiro’

Matheus Mans   |  
27 de agosto de 2022 16:32
- Atualizado em 30 de agosto de 2022 15:16

Hank (Paulo Vieira, na dublagem brasileira) é um cachorro que sonha em ser samurai, mas não é dos mais habilidosos do mundo. Até que, um dia, é enviado para ser o xerife-samurai de uma cidade comandada por gatos. Mas o que era sonho vira pesadelo, já que os gatos não querem saber de cachorros. É aí que entra a graça de ‘O Lendário Cão Guerreiro‘, estreia dos cinemas da última quinta, 25, com Hank tendo que se adaptar ao mundo dos gatos (e vice-e-versa).

Mistura bem óbvia e simples, unindo o universo do kung-fu com o do Velho Oeste, ‘O Lendário Cão Guerreiro’ acerta principalmente em sua mensagem. Em tempos de ódio, o filme prega pelo respeito. Em tempos de separação, o filme segue pelo caminho da reconciliação. Afinal, Hank, aos poucos, vai mostrando seu valor, principalmente a partir da relação que tem com um mestre do kung-fu: Jimbo, um gato mais velho e sábio que tinha deixado a função de lado.

Jimbo e Hank são a alma de ‘O Lendário Cão Guerreiro’, animação que estreia nos cinemas (Crédito: Divulgação/Paramount)

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“A gente está em um país, em um mundo guerra. Quanto mais a gente puder falar de paz, de tolerância e de união, melhor. A mensagem do filme de que a gente pode perder tempo brigando ou se unir em um objetivo comum para ter sucesso nisso é o que estamos precisando”, comenta Paulo Vieira, dublador do Hank, em entrevista ao Filmelier. “É a junção das pessoas, com uma história que nos convida a entender que tudo é possível quando as pessoas se unem”, complementa o ator Ary Fontoura, também em conversa com o Filmelier, e que interpreta o imperador-gato Shogun.

Ainda que não atinja a complexidade de alguns dos melhores filmes da Pixar, por exemplo, ‘O Lendário Cão Guerreiro’ chama a atenção por ter uma história importante para as crianças — como Paulo Vieira ressaltou, que fala sobre união em tempos de guerra. “A criança tem uma inteligência poética apurada. Você não precisa explicar tanto. Se diz que o barco é uma borboleta, tá tudo bem, tudo dito. Mas ela precisa de uma tinta a mais nas emoções”, diz Vieira.

Ary completa: não dá para subestimar as crianças. “Elas nos surpreendem. Na minha época, eram menos avançadas. Agora, andam com a tecnologia nas mãos. O celular é uma grande arma, em todos os sentidos. Estão ali, a toda hora. Isso tudo implica que você mude o tratamento, às vezes, em relação às elas. Estão mais do que habituadas e dão lições de vida. Você acha que vai ser o mentor e é o contrário. Não dá para transformar as crianças em babaquinhas”, diz.

‘O Lendário Cão Guerreiro’ e a dublagem

Nos bastidores de ‘O Lendário Cão Guerreiro’, Vieira admite que sentiu emoção com a dublagem de Hank. Afinal, é sua primeira experiência com trabalho de voz. “Tô muito feliz. É um sonho. Sempre quis dublar, ainda mais um filme tão importante”, diz. Ary, enquanto isso, já dublou com ‘Red: Crescer é uma Fera‘, mas chama a atenção de que esta experiência foi diferente. “É profundamente gratificante”, diz. “É representação não com o corpo todo, mas com a voz”.

Falando em representação, é interessante como dá para sentir Paulo e Ary em Hank e Shogun. Eles não ficam atrás da sombra de Michael Cera ou Mel Brooks, os respectivos dubladores dos personagens na versão original em inglês.

“Mais do que a personalidade, a gente coloca o nosso olhar nesses personagens. A voz rouca, mais fraquinho, sem coragem, fraco na hora de lutar. Nossa colaboração, assim, é no timing. No tom que a gente dá para as frases. É aí que entra o trabalho de criação, sem ouvir o original”, comenta Paulo Vieira. “Por mais que um personagem esteja sozinho, sempre tem uma parte da gente que vai junto. Você nunca escapa de ser identificado”, finaliza Ary Fontoura.

‘O Lendário Cão Guerreiro’ está em cartaz nos cinemas. Se você quiser saber mais sobre o filme ou encontrar o link para comprar ingressos, clique aqui.

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