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Morre Kim Ki-duk, premiado cineasta sul-coreano, vítima de covid-19

Um dos maiores nomes do cinema sul-coreano, diretor de filmes como ‘Pietá’ e ‘Samaritana’, Kim Ki-duk morreu nesta sexta-feira, 11, após contrair covid-19. O cineasta, que ganhou projeção internacional muito antes de conterrâneos como Park Chan-wook e Bong Joon-ho, tinha apenas 59 anos.

Por conta do longa-metragem ‘Samaritana’, de 2004, Kim Ki-duk recebeu o Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim. Já com ‘Pietá’, talvez o seu sucesso mais popular, de 2012, ele faturou o Leão de Ouro no Festival de Veneza. ‘A Ilha’ e ‘Primavera Verão Outono Inverno e… Primavera’, ‘Casa Vazia’ e ‘Sem Fôlego’ são alguns outros sucessos em sua prolífica carreira.

‘Pietá’ é um dos maiores sucessos internacionais de Kim Ki-Duk (Crédito: Divulgação / Califórnia Filmes)
De acordo com a Variety, ele estava em processo de compra de uma casa na Letônia, para onde pretendia se mudar. No entanto, antes mesmo do primeiro encontro com um corretor de imóveis, foi internado no país por conta de complicações da covid-19. Dias depois, não resistiu e veio a falecer.

História de Kim Ki-Duk

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O cineasta nasceu em Bonghwa, em 1960, em uma família de agricultores. Na juventude e na vida adulta, Kim foi pintor, pedreiro e escultor. Acabou se encontrando definitivamente na profissão de cineasta apenas aos 36 anos, quando lançou o longa-metragem ‘Ag-o’ — ‘Crocodile’, em inglês.

Nos últimos anos, Kim Ki-duk estava afastado da vida público após uma atriz, que optou por não revelar sua identidade, o acusou formalmente de violência física e sexual durante gravações de ‘Moebius’. O cineasta foi condenado a pagar o equivalente a R$ 15 mil, na época, por agressão física.

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Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.

Escrito por
Matheus Mans

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