Lina Wertmüller, primeira mulher indicada ao Oscar de direção, morre aos 93 anos

Lina Wertmüller, a primeira mulher a conseguir uma indicação de Melhor Direção no Oscar, morreu na última quinta-feira, dia 2, na Itália. Ela tinha 93 anos. A escritora e diretora morreu “pacificamente em casa, ao lado da filha e de entes queridos”, segundo declaração de uma amiga à imprensa italiana divulgada na Variety.

Nascida em Roma, Wertmüller era apaixonada por histórias em quadrinhos e um de seus primeiros trabalhos foi com a lenda do cinema Federico Fellini, que se tornou seu mentor. Ela foi assistente de direção do clássico '8 1/2', em 1963. No mesmo ano, ela dirigiu seu primeiro longa, 'I Basilischi' - que rendeu o primeiro prêmio de Melhor Direção no Festival de Cinema de Locarno.

Em 1972, ela fez sua estreia em Cannes com 'Mimi, o Metalúrgico', uma sátira da libido masculina, retornando no ano seguinte com 'Amor e Anarquia'. Anos depois, Lina lançou 'Tutto a posto e niente in ordine' (1974) e 'Por um Destino Insólito' (1974), que ganharia uma refilmagem de Guy Ritchie estrelada por Madonna em 2002.

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O original de Wertmüller recebeu aclamação da crítica, ganhando uma série de prêmios, incluindo um de Melhor Direção do New York Film Critics Circle, já o remake foi um fracasso nas bilheterias.

Sua indicação ao Oscar veio com 'Pasqualino Sete Belezas', sobre a experiência de um soldado italiano durante a Segunda Guerra Mundial. Embora tenha perdido para John G. Avildsen por 'Rocky', sua indicação fez história e abriu caminho para mais indicações femininas.

Até porque sabemos que, até hoje, apenas duas mulheres ganharam: Kathryn Bigelow ('Guerra ao Terror') e Chloe Zhao ('Nomadland').

Seu último longa-metragem como diretora foi 'A Casa dos Gerânios' (Too Much Romance… It's Time for Stuffe) de 2004. Em 2019, ela foi premiada com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, além de receber um Oscar honorário por suas realizações no cinema.

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