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    Após tombo histórico, Netflix anuncia que terá plano mais barato e com publicidade

    Antes completamente contra publicidade, a gigante do streaming mudou de ideia depois de ver um aumento no número de cancelamentos

    Renan Martins Frade | 19/04/2022 às 21:19 - Atualizado em: 21/04/2022 às 11:22


    Precisou ter o pior resultado em sua história para a Netflix mudar de opinião em relação à publicidade na plataforma. Na conferência online com investidores realizada logo após a divulgação do último balanço trimestral, nesta terça (19), o co-CEO Reed Hastings confirmou que a gigante do streaming está planejando lançar um plano com mensalidade mais barata e bancado com anúncios.

    Normalmente, esse tipo de plano costuma custar a metade do pacote padrão, sem publicidade. Em teoria, seria algo entre R$ 12,50 e R$ 20 para o público brasileiro, considerando os valores atuais da Netflix. Os pacotes sem qualquer anúncio continuam, com foco naqueles que não querem ter o seu conteúdo interrompido. A intenção da empresa é estudar esse modelo de negócio para aplicá-lo no próximo um ou dois anos.

    "Aqueles que seguem a Netflix sabem que somos contra a complexidade da publicidade e grandes fãs da simplicidade da assinatura", disse Hastins. "Mas mais fã do que isso, eu sou o maior fã da escolha do consumidor. E permitir aos consumidores que eles possam escolher um preço mais barato, e são tolerantes à publicidade para conseguir o que querem, faz muito sentido".

    Reed Hastings, CEO da Netflix, ladeado por parte do elenco da plataforma (crédito: divulgação / Netflix)
    Reed Hastings, CEO da Netflix, ladeado por parte do elenco da plataforma (crédito: divulgação / Netflix)

    Como o executivo deixa claro, a plataforma sempre teve como religião ser contra a publicidade para os seus assinantes. Porém, com o aumento de cancelamentos e a pressão de Wall Street para aumentar lucros, passa a ser necessário ter um novo plano com publicidade. De um lado, mais barato para o assinante. Do outro, permite à empresa ganhar mais em cada assinatura.

    Nos EUA, o modelo já é adotado por Hulu, Paramount+ e HBO Max, por exemplo - e ele tem ajudando muito na expansão para novos assinantes. O Disney+ é outro streaming que anunciou que adotará o modelo em breve, inclusive no Brasil.

    Além disso, é possível imaginar que o famoso algoritmo da Netflix, o queridinho da empresa, poderia ajudar a ser mais assertivo na entrega da publicidade. Afinal, da mesma forma que a plataforma sugere novos filmes e séries a partir do que você assiste e gosta, ela tem como entregar anúncios em vídeo baseados nesse mesmo comportamento, aumentando a efetividade e o engajamento.

    É o famoso ganha-ganha: o usuário ganha uma opção mais barata de assinatura, Wall Street ganha o tão sonhado aumento de assinantes e de receita, enquanto o mercado publicitário ganha mais uma janela para anúncios.

    Netflix vai diminuir gasto com conteúdo

    Além disso, o CFO Spencer Heumann também aproveitou a conferência para afirmas que a Netflix "pisar no freio" do gasto com conteúdo e em "não conteúdo" (provavelmente se referindo a investimentos em tecnologia) nos próximos dois anos, focando no aumento de receita. "Estamos tentando ser inteligentes sobre isso, e prudente em termos de recuar parte do crescimento de gastos para refletir a realidade do crescimento de receia do nosso negócio".

    Na prática, isso resultará em menos filmes e séries entrando no catálogo da plataforma, principalmente exclusivos. Por outro lado, exigirá uma maior assertividade na hora de garantir produções que deixem os assinantes mais felizes.

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    Renan Martins FradeRenan Martins Frade

    Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

    Renan Martins Frade
    Renan Martins Frade

    Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

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