Conheça ‘O Falsificador’, drama inspirado em fatos com ator de ‘Dark’, da Netflix
São várias as grandes histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, sobretudo sobre heróis que, de diferentes formas e talentos, salvaram a vida de dezenas e até milhares de judeus. Quem nunca se emocionou com o esforço do empresário Oskar Schindler no drama A Lista de Schindler? Ou até mesmo pequenas histórias de salvação, mesmo as fictícias, como A Vida é Bela? Agora, um novo drama estreias nas plataformas de streaming com uma história inspiradora: O Falsificador, drama inspirado em fatos com o ator de Dark, da Netflix, que estreou na última semana.
Dirigido por Maggie Peren (da simpática comédia Um Dia para Sempre!), o filme acompanha a história de um jovem judeu que descobre talento para falsificação e ajuda outros a escapar dos nazistas em Berlim, capital da Alemanha e um dos epicentros da Segunda Guerra Mundial. No papel principal, Louis Hofmann, um dos jovens astros de Dark.
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Confira, abaixo, mais detalhes sobre O Falsificador já disponível nos serviços de streaming e a história da produção.
Qual é a história de O Falsificador?
De acordo com a sinopse oficial:
Um jovem judeu não deixa ninguém tirar sua alegria de viver, muito menos os nazistas. Em 1942, ele precisa encontrar novas maneiras de ganhar a vida em Berlim e descobre seu talento para a falsificação.
Louis Hofmann é o grande astro de O Falsificador (Crédito: Synapse Distribution)Baseado em uma história real, a jornada de Cioma Schönhaus (Hofmann) é tão triste quanto inspiradora. Afinal, sua família foi deportada para campos de concentração e o amigo mais próximo parece que vai enfrentar um destino semelhante. Tudo muda quando surge uma oferta para falsificar documentos para enviar os judeus para fora do país — criando, assim, um fluxo de refugiados que conseguem salvar suas vidas graças ao trabalho de Cioma Schönhaus.
O Falsificador é uma história real?
Sim, grande parte do que acontece no filme também aconteceu na vida real. Afinal, o roteiro de Peren foi inspirado no livro de memórias de Cioma, publicado originalmente em alemão em 2004 e com edição em inglês lançada em 2008. “Decidi fazer o filme depois de conhecer Cioma em novembro de 2013. Não conseguia tirar da cabeça sua história e amor pela vida depois de ler seu livro. Acabei ligando para ele e peguei um trem para encontrá-lo”, disse Peren em entrevista ao site The Times of Israel. Segundo Peren, eles se encontraram quatro vezes e mantiveram contato constante por telefone até a morte de Schönhaus, em 2015, aos 93 anos. Agora, dirige o filme para homenageá-lo. “Quando ele morreu, eu estava no quarto ou quinto rascunho do roteiro do filme”, disse Peren ao jornal israelense.
Uma história minimalista
Ao contrário de grande parte dos filmes da Segunda Guerra Mundial, com cenas impactantes de guerra ou até mesmo com grandes discursos de autoridades e líderes da época, O Falsificador foca no minimalismo: retrata Cioma em sua intimidade, tentando sobreviver como judeu no meio do conflito, enquanto salva algumas pessoas da morte iminente. “O Cioma estava escondido, então não fazia sentido fazer um filme de grande envergadura. Queria refletir sobre o mundo pessoal de Cioma naquela época. Ele não iria aos desfiles nazistas”, disse Peren. A estrela do longa-metragem e que interpreta o judeu, Louis Hofmann, concorda. “Vimos tantos filmes de guerra. Conhecemos essas imagens por dentro e por fora. Não precisamos de mais cenas nazistas grandes e cruéis. Este filme é o oposto disso”, afirmou ele.
Quem está no elenco de O Falsificador?
Estão no elenco nomes como Jonathan Berlin, Luna Wedler, Marc Limpach e Nina Gummich. No entanto, a grande estrela é Louis Hoffman, que dá vida ao herói da Segunda Guerra e que mostra, depois de Dark, que é um ator talentoso. Mesmo em meio ao caos, Cioma tem tempo de sorrir e de amar (Crédito: Synapse Distribution)Na tela, ele consegue misturar o medo que existe pairando em sua existência com uma alegria ímpar (e inesperada) de estar vivendo, mesmo escondido. É o ator ideal para esse papel. Maggie Peren, aliás, explica como Louis funciona nesse personagem que sofre, mas sorri quase o tempo todo. “Quando você sorri, você está tentando fazer com que os outros se sintam confortáveis. Eu também faço isso – quando alguém me pergunta sobre coisas que são dolorosas, tenho tendência a sorrir”, disse ela ao CineEuropa. “No início, foi difícil para os atores entenderem. Mas quando um policial chega ao apartamento de Cioma, o objetivo da cena é que ele se sinta bem-vindo. Acho que é assim que as pessoas se comportam para sobreviver”.
Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.