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“A série é um outro nível”, diz Pedro Pascal sobre ‘The Last of Us’
Ator, conhecido por seu papel em ‘The Mandalorian’, veio ao Brasil para participar da CCXP22
Pode ser estrelada por qualquer ator, comandada por qualquer diretor: uma adaptação de um videogame para as telas causa preocupação. A pergunta sempre surge: será que vai ser tão bom quanto o jogo? É algo que foge sentido, já que são mídias diferentes, mas fãs se questionam e não há o que fazer. Pedro Pascal, em coletiva de imprensa com a presença do Filmelier, tratou de tranquilizar os fãs de ‘The Last of Us’, série que estreia em janeiro de 2023 na HBO.
Em essência, ‘The Last of Us’ é um drama apocalíptico de sobrevivência em que um homem e uma menina tentam escapar de um planeta em seus últimos suspiros. Um fungo ataca tudo e todos, enquanto uma espécie de zumbi ataca aqueles que tentam escapar. Na série, Pedro Pascal (‘The Mandalorian’) e Bella Ramsey (‘Game of Thrones’) são os protagonistas, enquanto Craig Mazin e Neil Druckmann assinam a produção e a criação dessa nova adaptação.
“Craig estava nervoso que a gente visse muito do jogo, jogasse muito. Foram várias peças de quebra-cabeça que fomos colocando em ordem”, diz o astro, em alta por conta de seu papel na série de ‘Star Wars‘. “Mas [a série] vem em um outro nível. Vem de uma experiência imersiva e os criadores realmente amam o jogo. Eles fizeram isso pra vocês”.
Aliás, há outros pontos que podem tranquilizar os fãs do jogo. ‘The Last of Us’ é, facilmente, uma das obras mais fáceis de adaptar. O game é cinematográfico por natureza, com uma história muito bem definida, com objetivos tensos e dramáticos, além de personagens que vão encantando pelo caminho. Qualquer pessoa que joga o game, seja em um computador ou em um console de videogame, consegue perceber esse caráter cinematográfico. Ela vem “pronta”. “O maior desafio foi considerar a imersão do jogo enquanto a série é uma experiência passiva. Quais partes do jogo são facilmente traduzidas pro drama? As últimas adaptações de jogos sofreram depois que tentaram replicar a experiência de jogar. Não fizemos isso”, explica Craig Mazin, criador da série, ao ser questionado sobre esse desafio.
‘The Last of Us’ e o desafio do “fandom”
Pedro Pascal e Bella, aliás, sabem muito bem o que é lidar com fãs raivosos, que sentem que estão controlando toda a história das franquias que mais amam – ambos estiveram em ‘Game of Thrones’ e ele lida com os complicados fãs de ‘Star Wars’. Bella, mesmo jovem, já conta com experiência para lidar com isso. “Não estou preocupada”, diz a britânica, serena, ao ser questionada sobre a recepção da série. “Vai ser ótimo. E se as pessoas não gostarem, não gostaram”. É uma mentalidade que parece estar ganhando força em Hollywood depois das polêmicas envolvendo ‘Star Wars: Os Últimos Jedi‘ e, posteriormente, com ‘Star Wars: A Ascensão Skywalker‘. A Lucasfilm ouviu parte dos comentários raivosos envolvendo o primeiro filme, resolver fazer mudanças e ficou perdida. ‘The Last of Us’ não deve ser assim.
Quem coloca um ponto final nessa discussão toda, mostrando tranquilidade com a produção, é o outro criador da série, Neil Druckmann. “As pessoas se perguntam: ‘qual motivo para adaptarmos esses jogos? Eles já são tão bons!’”, diz, sobre o que ouve por aí. “Parece que a gente só tem a perder. Mas muitas pessoas não jogam e não vão experienciar a história. A maior esperança é que alguém assista a série e se surpreenda que é baseada em um game”.