‘Stand Up: Minha Vida É Uma Piada’ diverte com história de crise de meia-idade ‘Stand Up: Minha Vida É Uma Piada’ diverte com história de crise de meia-idade

‘Stand Up: Minha Vida É Uma Piada’ diverte com história de crise de meia-idade

Fábio Rabin e o diretor Miguel Rodrigues falam sobre a inspiração e a importância da piada de ‘Stand Up: Minha Vida é uma Piada’

Matheus Mans   |  
26 de novembro de 2023 14:32

João (Fábio Rabin) está cansado de sua vida como acupunturista. Em sua crise de meia-idade, sonha em se tornar um comediante de stand-up reconhecido, mas tem sua piada mais brilhante roubada por Gérson (Marco Luque), um comediante em decadência que monta um show e ganha a fama que João queria. E agora? Como se vingar e como conseguir algum prestígio? Essa é a história de Stand Up: Minha Vida É Uma Piada, estreia da última quinta-feira, 23.

Dirigido por Miguel Rodrigues e com roteiro de Guilherme Avzaradel, o longa-metragem toca em um dos temas mais sensíveis para comediantes: o roubo de propriedade intelectual. “A piada é a coisa mais importante pro comediante”, explica Rabin, ao Filmelier. “Você não entra sozinho no palco, você entra com a sua piada. Roubar uma piada é como se roubasse a sua alma. Então é uma coisa bem profunda, bem séria. É como se roubasse a ideia da sua vida”.

Por isso, não é surpresa quando João jura seu inimigo, Gérson, de morte. Desde o roubo da tão preciosa piada, o protagonista do longa-metragem, distribuído pela Imagem Filmes e com exibição na rede Cinépolis, passa a querer uma vingança de vida ou morte. Para perceber a seriedade da situação, o acupunturista chega a fazer vudu.

João chega a fazer vudu com seu "inimigo mortal" em Stand Up: A Vida é uma Piada (Crédito: Imagem Filmes)
João chega a fazer vudu com seu “inimigo mortal” em ‘Stand Up: A Vida é uma Piada’ (Crédito: Imagem Filmes)

‘Stand Up: Minha Vida É Uma Piada’: o nascimento da ideia

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Essa ideia toda, conta Miguel Rodrigues, nasceu durante a pandemia. Ele estava sem nada para fazer, por conta do isolamento social, e resolveu buscar ideias com alguns roteiristas. Foi aí que Guilherme Avzaradel surgiu com a proposta de fazer um filme sobre esse homem, em crise de meia-idade, tentando embarcar na comédia profissional.

“Achei que a história funcionava muito bem. Afinal, fala de standup, tenho vários amigos [nessa área]. Isso agregou”, explica Miguel. “Tive alguns nãos até que o projeto começou a andar. Pensei no Rabin e começou a gerar interesse, o Luque entrou no projeto e fechamos com a Imagem Filmes. Foram apenas 15 diárias, um filme de médio orçamento”.

Fábio conheceu Miguel durante a pandemia, quando surgiu a proposta de atuar em outro filme, Partiu Fama. Mas o comediante afirma que a experiência com Stand Up: Minha Vida É Uma Piada foi diferente como protagonista.

“Foi muito corrido. Entrava 6h e saía 22h, depois já ia pro standup”, explica Rabin ao Filmelier. “É muito desafiador, cansativo. Tem que valorizar os atores. Cansa pra cacete. Troca figurino, coloca microfone, arranca seu pelo, tem texto pra decorar, a família tem que aguentar. Você chega em casa e não dava pra dar atenção. Tinha 30 cenas para decorar. Uma hora você se perde, pensa que você é o personagem. Ainda mais nesse filme, que fala de um comediante ruim”.

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Busca pelo tom

Algo que chama a atenção no filme, e que talvez seja o ponto alto de Stand Up: Minha Vida É Uma Piada, é o tom da história. Afinal, é uma tragicomédia bem diferente, em que um personagem sofre ao longo de toda a história, por perder a oportunidade de ser um comediante de sucesso, mas que acaba produzindo humor voluntário e involuntário.

Segundo Miguel conta, foi difícil achar o tom. “É uma tragicomédia. Não queria que fosse só tragédia, só comédia. Precisava achar um tom que misturasse os dois, achando um tom que não fosse exagerado, mas que também divertisse a galera e passasse verdade. Foi bem difícil. Mas o elenco muito bom, muito ajustado, fez o melhor”, afirma.

Stand Up: A Vida é uma Piada está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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