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União entre Telecine e Globoplay pode criar 3º maior streaming do Brasil

Considerando o interesse do público brasileiro pelas plataformas por assinatura, os serviços do Grupo Globo juntos superam Disney+ e HBO Max

Renan Martins Frade | 06/10/2021 às 19:17 - Atualizado em: 09/08/2022 às 10:43


Nesta quarta, 6, foi anunciado que o Telecine irá encerrar as atividades de seu serviço de streaming próprio, anteriormente conhecido como Telecine Play, migrando o seu conteúdo de filmes para o Globoplay - onde se tornará um channel. A iniciativa, que faz parte do grande movimento da chamada "guerra dos streamings", tem potencial para criar, hoje, o terceiro maior serviço de video on demand por assinatura no Brasil - ao menos em termos de interesse dos usuários.

De acordo com dados do JustWatch disponibilizados ao Filmelier, 7% dos usuários da ferramenta demonstraram interesse por conteúdos do Globoplay no último trimestre, entre julho e setembro. No mesmo período, o Telecine conquistou 5%. Somados, os dois serviços se igualam ao Disney+ na terceira posição do ranking de market share por lá, com 12%.

A Netflix (com 30%) e o Amazon Prime Video (23%) são os distantes líder e vice-líder.

O market share do streaming por assinatura no Brasil no último trimestre (Crédito: divulgação / JustWatch)

Vale lembrar que esse dado não se refere ao número de usuários pagantes de cada plataforma no Brasil - dado esse que é guardado a sete chaves por todos.

Os números se equivalem aos do Filmelier. Considerando as interações dos usuários do portal no momento em que escolhem em qual plataforma vão assistir aos conteúdos, o Telecine teve um market share de 3,5% no último mês de setembro - contabilizando aí todas os modelos de negócio do streaming, incluindo os serviços transacionais como NOW e Google Play. Já o Globoplay ficou em 0,4%.

Somadas, ambas superam o Disney+ (com 3,8%) - ficando atrás, entre os serviços por assinatura, também apenas de Netflix (17,1%) e Amazon Prime Video (9,8%).

Vale ressaltar que os números do Filmelier são apenas em relação ao interesse por filmes, que são a especialidade do portal e também do Telecine. Já o Globoplay é muito mais forte com conteúdos como séries, novelas e especiais, se beneficiando do vasto catálogo do Grupo Globo.

Até por isso, o dado também revela a força do catálogo combinado dos serviços - fortalecendo a área onde o outro não era tão forte ou não atuava.

Competição acirrada

Tudo isso, vale lembrar, são dados de hoje. O mercado de streaming vê atualmente uma disputa acirrada, com muito conteúdo mudando de casa diariamente e novas plataformas sendo lançadas.

Por isso, os serviços do Grupo Globo já estavam experimentando uma queda no market share nos últimos meses - principalmente o Telecine. A chegada do Star+, em agosto, intensificou ainda mais essa queda, como podemos ver nos números do JustWatch:

A evolução trimestral do market share no streaming por assinatura brasileiro (Crédito: divulgação / JustWatch)

O panorama se repete no Filmelier. Considerando apenas o interesse por filmes nas plataformas entre os usuários do portal, o Telecine registrou uma queda de 17% e 20% nos últimos dois meses. Curiosamente, no mesmo período, o Globoplay cresceu respectivamente 20% e 29% - resultado de adições de novos filmes ao catálogo do serviço, além do lançamento de alguns longas documentais exclusivos.

Por isso, para efetivamente se tornarem o terceiro maior streaming em termos de interesse dos usuários no Brasil quando a união for concretizada, os dois serviços devem também conseguir estancar a queda no market share.

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Renan Martins FradeRenan Martins Frade

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

Renan Martins Frade
Renan Martins Frade

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

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