‘Tenet’ pode ganhar diferentes datas de estreia ao redor do mundo
A decisão de adiar ‘Tenet’ por tempo indeterminado, no começo da semana, foi um balde de água fria para exibidores, que contavam com o longa-metragem para alavancar as bilheterias. No entanto, agora, a Warner Bros. poderia estar pensando em lançamentos escalonados ao redor do mundo.
Afinal, enquanto os Estados Unidos enfrentam um novo momento da pandemia do novo coronavírus, grande parte dos países da Europa já está voltando às atividades. China está reabrindo. Em São Paulo, os cinemas também deverão receber os novos protocolos a partir de segunda-feira, 27.
Estrelado por Robert Pattinson, ‘Tenet’ está sem data de estreia (Crédito: Divulgação/Warner Bros.)Com isso, segundo o site The Hollywood Reporter, a Warner Bros. está cogitando romper com essa tradição antiga do mercado audiovisual de lançar seus filmes primeiramente nos EUA para, só depois, colocar o título no exterior. Não seria proveitoso para nenhuma das partes esperar os EUA.
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Assim, sem citar nominalmente fontes, o THR afirma que ‘Tenet’ pode chegar aos mercados internacionais ainda no final de agosto antes de chegar aos EUA na primeira quinzena de setembro, mesmo que apenas em cidades selecionadas. Eles enfatizam que a situação é fluída, no entanto. “Nosso normal para o futuro são alguns mercados abertos e outros fechados”, disse Patrick Corcoran, vice-presidente e diretor de comunicações da Associação Nacional de Proprietários de Teatros, ao Hollywood Reporter. “Não podemos esperar. Precisamos seguir em frente”. Christopher Nolan é o diretor de ‘Tenet’ (Crédito: Divulgação/Warner Bros.)
‘Tenet’ e a bilheteria
‘Tenet’ está numa “sinuca de bico”. Afinal, há pressão vindo de todos os lados. Christopher Nolan, o diretor do longa-metragem, quer que o filme seja o primeiro a estrear nos cinemas após a reabertura. Exibidores também fazem pressão, já que querem alta bilheteria desde o começo. No entanto, ‘Tenet’ não é um filme barato para a Warner Bros. rifar na reabertura de qualquer maneira. Custou US$ 205 milhões. Para faturar, o longa-metragem precisaria fazer uma bilheteria de mais ou menos US$ 500 milhões. Por isso, é preciso amplo planejamento no lançamento por fases. “Podemos não ter uma data perfeita para lançarem filmes no modelo tradicional. Lançamento gradual permitiria ao estúdio começar a monetizar o filme sem canibalizar as receitas”, diz Eric Wold, da R. Riley FBR, para The Hollywood Reporter. “E ajuda a fazer barulho em outros mercados”.
Matheus Mans
Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.