Trailer
Sinopse
Um matador de aluguel mantém um taxista como refém durante uma noite em que vai cometer uma série de assassinatos. Enquanto o serviço vai sendo feito, o motorista tenta encontrar um jeito de escapar.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Em ‘Colateral’ temos Tom Cruise em um papel incomum para o ator: o de vilão – e, ao assisti-lo, percebemos que Cruise deveria aparecer no posto de antagonista mais vezes, já que é uma das mais interessantes performances da carreira do ator. Ainda assim, a estrela aqui é Jamie Foxx, que vive um taxista pego no meio de um turbilhão de uma noite de assassinatos, e foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Além disso, o diretor Michael Mann (de ‘O Informante’) sabe construir uma atmosfera de thriller com interessantes reviravoltas. A edição, de Jim Miller e Raul Rubell, também ajuda bastante no ritmo – e, por isso, também foi indicada ao Oscar.

Filmelier
As nossas sugestões
Michael Mann é um cineasta que consolidou sua carreira em cima de bons filmes de ação ao melhor estilo tiro, porrada e bomba, como em ‘Fogo Contra Fogo’, ‘Miami Vice’ e ‘Inimigos Públicos’. Em ‘Colateral’, porém, o cineasta dá uma guinada diferente em seu trabalho com um thriller bem mais profundo e delicado do que estava acostumado. Lembrando o excelente ‘Dia de Treinamento’, o filme convida o espectador a embarcar em uma noite cheia de segredos, mentiras e violência a bordo do táxi de Max (Jamie Foxx), que precisa lidar com um passageiro violento e fora do padrão (Tom Cruise, numa atuação totalmente fora de sua zona de conforto). Ainda que haja alguns problemas de ritmo aqui e ali, e algumas facilitações de roteiro que não devem escapar nem sob o olhar de uma criança, ‘Colateral’ é daquelas produções que você vê os créditos subirem quase sem fôlego, observando como a vida -- e o mundo, no geral -- pode ser uma caixa de surpresas.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Indisponível nos cinemas
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Do mesmo diretor

O Último dos Moicanos
Um épico que mistura ação, aventura, drama e romance - e com um grande ato final. Um clássico do cinema dos anos 1990.

Fogo Contra Fogo
Al Pacino e Robert De Niro estrelaram em 'O Poderoso Chefão: Parte II' em meados dos anos 1970, mas não voltaram a atuar juntos até a estreia deste filme, já em 1995. O resultado é um duelo de lendas, em um longa-metragem extremamente elogiado por suas atuações. Considerado o melhor filme de Michael Mann (que, veja só, fez ‘O Informante’ e ‘O Último dos Moicanos’), ‘Fogo Contra Fogo’ tem um dos disparos mais intensos já feitos na tela, e anos depois influenciou outra obra-prima: ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas’, de Christopher Nolan.

Miami Vice
Depois de 22 anos do sucesso da série de televisão, ‘Miami Vice’ finalmente ganhou as telonas em 2006. O elenco da produção de TV não foi convocado de volta, ficando a responsabilidade de representar os veteranos nas mãos de Colin Farrell e Jamie Foxx — além disso, Michael Mann (‘Colateral’) assina como diretor, enquanto anteriormente era produtor da série. O clima não é o mesmo e aqueles que forem assistir ao filme com vontade de resgatar o antigo espírito da série vão se decepcionar. Muita coisa mudou, o tom não é mais o mesmo. No entanto, ao pensar em ‘Miami Vice’ como uma produção independente, as qualidades de uma boa trama policial estão ali: momentos tensos, uma investigação em curso perturbadora e bons atores liderando ação e suspense em iguais medidas. O conselho, então, é esquecer a série e embarcar na proposta. Apesar de erros aqui e ali, a diversão chega e, quem sabe, não surge o gosto da produção dos anos 1980?
Drama

Glamour Girls
Uma produção nigeriana da Netflix com um elenco diverso. 'Glamour Girls' segue um grupo de mulheres que trabalham como acompanhantes de luxo, e aspiram às promessas de glamour e riqueza. No entanto, um assassinato e um roubo complicam as coisas para elas. O orçamento da produção, é preciso dizer, é bastante limitado, e a história segue tantos personagens que resulta em algo esparso. No entanto, há boas atuações e pode ser uma oportunidade interessante para conhecer o cinema do país africano.

Beauty
Selecionado no Tribeca Film Festival de 2022, 'Beauty' é um drama ambientado nos anos 1980 sobre as vicissitudes do caminho de uma jovem artista para a fama, com roteiro de Lena Waithe ('Master of None'). A protagonista (Gracie Marie Bradley) é uma jovem negra cujo talento lhe promete um grande futuro, e tudo parece estar indo bem quando uma gravadora oferece para ela um contrato lucrativo. No entanto, a garota deve encontrar um equilíbrio entre o que deseja, as ambições de seu pai (Giancarlo Esposito), seu relacionamento com outra mulher (Aleyse Shannon) e sua vida pública. Embora seus personagens sejam um tanto arquetípicos, 'Beauty' é interessante porque consegue explorar a ganância, manipulação e repressão interna da indústria fonográfica, com ótimas atuações de um elenco que também inclui nomes como Sharon Stone ('Cassino') e Niecy Nash ('Selma').

A Colmeia
Este é o segundo longa-metragem de Gilson Vargas (‘Dromedário no Asfalto’), que foi premiado com o Kikito de Melhor Direção em Curta-Metragem no Festival de Gramado por ‘Casa Afogada’. ‘A Colmeia’, selecionado para diversos festivais internacionais, aborda uma relação entre brasileiros e alemães durante a Segunda Guerra Mundial no interior do Rio Grande do Sul. A produção foca em toda a tensão de estar escondido e longe de sua terra, já que a trama mostra um grupo de imigrantes isolados, e os conflitos que uma situação deste tipo trazem. Apesar da grande quantidade de filmes sobre esta fase, este consegue trazer uma visão bem diferente do que estamos acostumados e se destacar - principalmente por ser uma produção nacional.

Yo nena, yo princesa
Esta é a história de Gabriela, uma sofrida mãe de gêmeos que não sabe que a angústia, a insônia recorrente e a autoflagelação impostas à filha transgênero, que foi designada homem ao nascer, se deve ao desejo reprimido de expressar livremente como o que ela sente ser: uma menina.
