Trailer
Por que assistir a este filme?
O estilo found footage, que emula uma filmagem amadora, se tornou um recurso de sucesso no cinema de terror com filmes como ‘A Bruxa de Blair’ e ‘Atividade Paranormal’. Só que caiu em desuso nos anos 2020 após excesso do formato. ‘A Médium’, porém, mostra que o mocumentário ainda tem espaço – ou seja, a linguagem de documentário em uma história de ficção, como ‘The Office’ e ‘Modern Family’. Na trama, acompanhamos Nim (Sawanee Utoomma), uma médium que incorpora o espírito de uma entidade. Ela começa o filme explicando como foi a descoberta do dom da mediunidade, os desafios da incorporação e a relação com a família. No entanto, após uma tragédia no seio familiar, ela começa a desconfiar que a sobrinha Mink (Narilya Gulmongkolpech) está passando por uma incorporação -- mas não de uma entidade benigna e sim de um demônio. Pisanthanakun, na primeira uma hora do filme, surpreende: há força nessa linguagem de mocumentário em uma trama típica de possessão, colocando alguns degraus em uma história que seria banal se filmada de maneira convencional ou como um simples found footage. O roteiro, esperto, também vai inserindo a tensão da história aos poucos, fazendo com que o público descubra detalhes da possessão junto com a personagem de Sawanee Utoomma. Lá pela metade do filme, pouco depois de uma hora de duração, é difícil segurar o medo. É um filme tenso acima de tudo, mas que deixa o terror impregnado em diálogos e formas de filmagem. No final, derrapa – traz o found footage sem grandes invenções, e com clichês americanos. Mas fica a lição de que o terror ainda pode dar muito medo.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Nim, uma importante médium que mora ao norte da Tailândia, percebe comportamentos cada vez mais sinistros de sua jovem sobrinha Mink, indicando que talvez ela esteja sendo possuída por uma entidade maligna ancestral. O que acaba se revelando é algo muito mais apavorante do que o pior de seus pesadelos.
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Onde assistir?
Terror

Skinamarink: Canção de Ninar
Dois irmãos acordam durante a noite e descobrem que todas as portas e janelas dentro de sua casa desapareceram. Com medo e sem saber o que fazer, eles reproduzem antigas fitas de vídeo de desenhos animados para distrair-se. No entanto, eventos estranhos começam a acontecer na casa, e eles percebem que algo está cuidando deles.

Medusa
Filme brasileiro que levou o San Sebastián International Film Festival em 2021, ‘Medusa’ é um filme que reflete com poesia, crueza e exatidão sobre os tempos obscuros que o Brasil viveu no final dos anos 2010 e começo dos anos 2020. A história, afinal, reflete sobre a influência cristã na sociedade brasileira ao acompanhar a jornada de Mariana, uma jovem que faz de tudo para se manter nos padrões dessa sociedade cristã – inclusive forçando outras pessoas a seguirem esses padrões, forçando com uma espécie de gangue ao melhor estilo ‘Laranja Mecânica’. Com toques de horror, a cineasta Anita Rocha da Silveira olha com preocupação para essa influência religiosa no Brasil, mas sempre apontando como isso acaba sendo uma construção artificial e que atinge todas as pessoas.

Descida ao Inferno
'Descida ao Inferno' é baseado no curta-metragem 'The Ten Steps' dirigido pelo próprio diretor do filme, Brendan Muldowney, em 2004, que foi amplamente reconhecido pela crítica e premiado no Festival de Sitges no mesmo ano. A história é sobre uma mulher que deve descobrir a verdade por trás de sua casa depois que sua filha desaparece nas mãos de uma entidade maligna. É um filme que explora o sobrenatural, mas a partir de uma perspectiva da cultura pagã. Além disso, a atriz Elisha Cuthbert retorna ao gênero pela primeira vez desde sua participação no remake de 'A Casa de Cera' em 2005.

13 Exorcismos
Filmes de exorcismos, com exceção de alguns clássicos do gênero, como ‘O Exorcista’ e ‘O Exorcismo de Emily Rose’, são majoritariamente panfletos religiosos. Afinal, colocam representantes da Igreja (padres, geralmente) como salvadores de possuídos -- deixando de lado outras soluções e outras possibilidades para aquilo acontecer. ‘13 Exorcismos’ começa exatamente assim: a jovem Laura (María Romanillos) brinca com o que não deve e, depois, começa a apresentar os primeiros sintomas de estar possuída. Vê assombrações, escuta vozes. Até o fim do segundo ato, o diretor Jacobo Martínez (‘Grande Hotel’) insere elementos que nos fazem pensar que o longa espanhol vai seguir por outros caminhos. Ao invés de trazer elementos apenas de possessão, o roteiro conta com acontecimentos que provocam o público a pensar que Laura tem, na verdade, algum tipo de condição psicológica grave. Ela não toma remédios, tem familiares também com questões e tem sintomas claros de esquizofrenia. O filme, assim, parece que vai seguir por um caminho de problematizar o exorcismo, apontando para casos em que, ao invés de tratar como uma questão médica e psicológica, familiares e Igreja veem tudo como obra do demônio. Seria uma sacada genial. Mas não: ‘13 Exorcismos’, de uma hora pra outra, desiste dessa ideia e parte de novo para o terrorzão. Há algumas coisas que funcionam aqui e ali, como o design de som e a atuação da jovem María Romanillos (‘Consequências’), mas para por aí: o filme é um terror banal, sem nada de novo, para levar alguns sustos e se divertir com os amigos.
