Trailer
Sinopse
Durante suas férias no Egito, Hercule Poirot precisa investigar o assassinato de uma jovem herdeira, um crime que aconteceu a bordo de uma embarcação no Nilo. Um crime, muitos suspeitos. Um visual deslumbrante, luxuoso e com muito mistério que desperta a curiosidade. Você nunca viu um crime assim.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Há algo bem simples ao falar sobre ‘Morte no Nilo’: se gostou de ‘Assassinato no Expresso do Oriente’, sem dúvida esta segunda produção de Kenneth Branagh também irá te agradar. Afinal, é um filme sem grandes sobressaltos ou surpresas, sendo principalmente um suspense calcado nas tradições do gênero e focado apenas em divertir. E isso funciona. Afinal, Agatha Christie sabia como contar boas histórias de mistério e Branagh, um realizador clássico, passa todo o charme, elegância e tons clássicos do livro para a tela do cinema. Difícil não prestar atenção nos detalhes suntuosos nas paisagens no Nilo e do Egito, onde um casamento termina mal -- com familiares, amigos e uma ex como suspeitos. Ainda que o filme tenha envelhecido mal antes mesmo de seu lançamento, por conta das acusações contra Armie Hammer e a posição anti-vacina de Letitia Wright, ‘Morte no Nilo’ ainda pode ser encarado como um divertimento leve e sem compromisso, assim como são os livros da Rainha do Crime. Não vai mudar sua vida, tampouco ser um filme memorável. Mas será que não vale a pena, de vez em quando, apenas curtir uma boa trama de mistério?

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Fora de cartaz nos cinemas
Disponível em casa
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Do mesmo diretor

Frankenstein de Mary Shelley
Apesar de algumas modificações, esta é a adaptação mais fiel do livro ‘Frankenstein; ou o Prometeu Moderno’, da escritora Mary Shelley. Assim, o longa aborda de forma interessante a evolução da ciência enquanto o homem desafia a ordem natural da vida – que é uma dos temas centrais da obra da escritora britânica. Na visão do cineasta Kenneth Branagh, esta história ganha ares de drama existencialista, sem apostar em um terror mais claro, algo que pode atrair algumas pessoas e afastar outras. Visualmente deslumbrante e com um grande elenco (incluindo nomes como Robert de Niro, Tom Hulce, Helena Bonham Carter e o próprio Branagh), o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Maquiagem.

A Pura Verdade
Vencedor do Oscar, Kenneth Branagh tem um relacionamento pessoal (ou, melhor dizendo, apaixonado) com William Shakespeare. Aos 28, ele adaptou, dirigiu e estrelou ‘Henrique V’- hoje, ele soma nada menos que seis adaptações cinematográficas de obras do mestre da dramaturgia britânica. Dito isto, ‘A Pura Verdade’ se destaca por duas razões: é o primeiro filme relacionado a Shakespeare que Branagh faz em mais de dez anos e é a primeira vez que ele interpreta o próprio autor. O drama oferece performances principais de Branagh e Judi Dench do primeiro nível, uma fotografia requintada e um roteiro que oferece boas informações sobre o escritor. No entanto, peca pelo sentimentalismo na hora expor as motivações por trás das ações dos personagens. Ainda assim, é um belo retrato de um dos mais importantes fãs e estudiosos da obra de Shakespeare, que merece ser apreciado.

Muito Barulho por Nada
Adaptação do grande clássico de William Shakespeare com um elenco de estrelas, com atores como Emma Thompson, Richard Briers, Keanu Reeves, Kate Beckinsale, Denzel Washington e Michael Keaton. Apesar de ser de outra época, o texto do dramaturgo britânico continua belo e divertido, enquanto a adaptação liderada por Kenneth Branagh consegue transpor para a tela toda essa exuberância.

Operação Sombra: Jack Ryan
Jack Ryan é um nome conhecido dos filmes de espionagem, ele já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford, Ben Affleck e em ‘Operação Sombra’, Chris Pine dá vida ao espião. O personagem, criado pelo escritor Tom Clancy’, é tão famoso que ganhou até mesmo uma série da Amazon Prime Video, em 2017. Na TV, Ryan é interpretado por John Krasinski (O Jim de ‘The Office’). Como já entregamos, ‘Operação Sombra: Jack Ryan’ é um filme de espionagem dirigido por Kenneth Branagh, - que também faz o vilão da história - com Chris Pine e Keira Knightley. Pode se preparar para ótimas cenas de ação, uma trama inteligente e bem pensada, e muita adrenalina.

Thor
Adaptação do clássico personagem das HQs da Marvel, criado pela mítica dupla Stan Lee e Jack Kirby. A direção fica a cargo de Kenneth Branagh, famoso por filmes como ‘Hamlet’ e ‘Frankenstein de Mary Shelley’. O cineasta traz essa visão mais poética para o herói, aliada com humor, algo que casa com personagem (apesar de ser criada certa distância do público – algo que não acontece, por exemplo, em ‘Homem de Ferro’). Chris Hemsworth está impecável no papel-título, se mostrando como mais uma das escalações acertadas da Marvel Studios. Destaque, também, para a grande atuação de Tom Hiddleston como o vilão Loki e para os efeitos especiais, que transformam a mítica Asgard em realidade – do jeitinho imaginado por Lee e Kirby, com a tecnologia (ainda que não totalmente compreendida por nós, espectadores) tomando um pouco o lugar da mística.

Cinderela
É desafiador traduzir clássicos do cinema em novas versões, visões, olhares, adaptações. Kenneth Branagh ('Assassinato no Expresso do Oriente'), porém, aceitou o desafio de trazer ás telonas uma versão em carne e osso de 'Cinderela', conto de fadas clássico e que ganhou uma adaptação marcante pelas mãos da própria Disney. Aqui, para compensar a falta de magia de um desenho animado, Branagh compensou com grandiosidade. O elenco é estupendo (Cate Blanchett, Lily James, Helena Bonham Carter e Stellan Skarsgård são os destaques) e o visual do filme é arrebatador, com destaque especial ao figurino. Obviamente, não dá pra dizer que é melhor do que a animação da década de 1950. Mas, ainda assim, empolga e emociona.

Artemis Fowl: O Mundo Secreto
Dirigido por Kenneth Branagh ('Thor') e baseado no romance de sucesso de 2001 com o mesmo nome, 'Artemis Fowl: O Mundo Secreto' (ou simplesmente 'Artemis Fowl') é a adaptação cinematográfica esperada pelos fãs por quase duas décadas, e que agora se tornou famosa por sua liberdade criativa com o material original. Com a ajuda de recursos visuais e talentos de primeira linha como Colin Farrell ('Animais Fantásticos'), Judi Dench ('Victoria e Abdul') e Josh Gad ('A Bela e a Fera'), o resultado parece uma mistura de 'Harry Potter' com 'Homens de Preto', mas desprovido do carisma ou originalidade de ambos. Vale a pena como diversão inocente para crianças, mas dificilmente será apreciado pelos fãs do livro original.

Belfast
Em uma filmografia que inclui fantasias de grande orçamento ('Thor'), adaptações de Shakespeare ('Hamlet') e clássicos literários ('Frankenstein de Mary Shelley'), 'Belfast' é a obra mais pessoal do diretor Kenneth Branagh, que se inspira em seu memórias de infância na cidade irlandesa onde nasceu e viveu seus primeiros anos. A história nos coloca com o pequeno Buddy (Jude Hill), um menino que vive feliz com sua família até que o conflito na Irlanda do Norte na década de 1960 quebra a paz em seu bairro. Por isso, seus pais começam a considerar a possibilidade de deixar a única casa em que a família viveu. A narrativa de 'Belfast' é enquadrada na perspectiva infantil de Buddy, então há um ar de brincadeira e inocência em todo o enredo. O outro lado da moeda é que as questões em torno do conflito não são retratadas tão profundamente quanto poderiam ser, e são mal descritas no roteiro. Em outras palavras, não espere um drama complexo ilustrando os problemas políticos e sociais da Irlanda na época. Pelo contrário, 'Belfast' é um típico e agridoce "feel good movie" com boas atuações e uma trilha sonora animada.
Mistério

Como Matar a Besta
Produção de Brasil e Argentina, ‘Como Matar a Besta’ é um filme desconfortável – pra dizer o mínimo. Afinal, a trama dirigida e roteirizada por Agustina San Martín (do curta ‘Monstruo Dios’) acompanha uma garota (Tamara Rocca), na fronteira entre Brasil e Argentina, que tem um objetivo claro: encontrar seu irmão, sumido já há algum tempo. No entanto, nessa região religiosa e em busca permanente de identidade, essa jovem acaba esbarrando em preconceitos, opressão e uma besta, que circunda a mata daquela fronteira. Com excelente atuação de Rocca, o longa-metragem adota um ritmo lento e cadenciado para falar sobre esse cenário em que o meio traz impactos direto na vida e objetivos das pessoas – por mais determinadas que estejam. Destaque para a direção madura de Agustina que, apesar de estar em seu primeiro longa, consegue se livrar de amarras e se despedir na telona.
Decision to Leave
A detective investigating a man's death in the mountains meets the dead man's mysterious wife in the course of his dogged sleuthing.

Meu Filho
Foi em 2021 que uma notícia chamou a atenção nos portais sobre cinema ao redor do mundo: o astro James McAvoy (‘X-Men: Dias de um Futuro Esquecido’) estava gravando um filme sem roteiro, apenas com direcionamentos pontuais do diretor, sobre um pai em busca do filho desaparecido. O resultado desse projeto é ‘Meu Filho’, longa-metragem exclusivo do Amazon Prime Video. Dirigido por Christian Carion, o longa-metragem é um remake de um filme homônimo do próprio diretor, de 2017. A trama é simples, sem complicações: McAvoy é Edmond, pai ausente, quase sem contato com o próprio filho, que se vê no meio de um possível sequestro. Ao seu lado, apenas Joan (Claire Foy), a ex-esposa que também está em busca do rapazinho desaparecido. Roteiro assinado a quatro mãos por Carion e Laure Irrmann, ‘Meu Filho’ é um thriller com duas observações. Primeiramente, o tom é lento, quase demais, evidenciando a ausência de roteiro em favor das emoções genuínas do elenco – algo que nem sempre funciona, deixando alguns buracos na história. Por outro lado, o suspense ao redor da situação é bom, com tensão sob medida em momentos-chave, deixando a audiência curiosa sobre o desenrolar. ‘Meu Filho’, assim, é um thriller em que o público precisa saber dosar suas expectativas: não é ágil demais, tampouco é exageradamente artístico ou lento. É uma mistura dos dois em que o cineasta Christian Carion tentou (e conseguiu) fazer algo diferente do que é visto por aí.

Erax
Curta-metragem exclusivo da Netflix, ‘Erax’ é bonitinho e divertido. Na história, Tia Opal e sua sobrinha Nina liberam sem querer monstros míticos e perigosos que precisam voltar para o livro de onde fugiram. Com toques de ‘Goosebumps’, o curta-metragem brinca com a imaginação infantil e, em apenas 13 minutos, consegue ir do riso aos arrepios com facilidade. Os mais velhos talvez achem a história bobinha demais, mas os mais novos vão sentir algumas boas emoções com tudo que ‘Erax’ pode proporcionar em tão pouco tempo.
