Trailer
Sinopse
Dra. Ryan Stone e o astronauta Matt Kowalsky trabalham juntos para sobreviver depois que um acidente os deixa completamente à deriva no espaço, sem ligação com a Terra e sem esperança de resgate.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
'Gravidade' tem 90 minutos de duração, mas você sabia que há efeitos visuais em cerca de 80 minutos do filme? Além das tomadas de sequência extremamente complexas e de ritmo acelerado – uma conquista do fotógrafo mexicano Emmanuel Lubezki, que lhe rendeu um merecido Oscar – a produção procurou emular a sensação de leveza no espaço ao longo do filme.

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Do mesmo diretor

Filhos da Esperança
Que o mexicano Alfonso Cuarón é um dos melhores diretores em atividade hoje em dia não é surpresa pra ninguém. No entanto, o longa-metragem ‘Filhos da Esperança’ consegue superar qualquer expectativa. Afinal, a partir da trama de uma sociedade doente, em que as mulheres não conseguem mais ter filhos, Cuarón cria um filme poderoso, enérgico e um dos melhores da década de 2000. A direção é consistente, a produção é madura e algumas cenas são históricas, como o plano-sequência dentro em carro. Tudo é motivos para assistir ‘Filhos da Esperança’ que, junto com ‘Roma’, consolida Cuarón na história do cinema.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
O premiado Alfonso Cuarón (‘Filhos da Esperança’, ‘Roma’) assume o controle do terceiro filme da saga e coloca sua visão de mundo sobre a história de Harry Potter. O tom é muito mais sombrio do que os dois filmes anteriores, com personagens como os assustadores Dementadores e o complexo Sirius Black. Mas, mais do que isso, ‘O Prisioneiro de Azkaban’ coloca camadas e personagens na briga contra Lorde Voldemort e, principalmente, faz experimentações de roteiro e direção -- se tornando, assim, o filme favorito da crítica, de grande parte do público e, até mesmo, da escritora JK Rowling.

Roma
‘Roma’ é, simplesmente, a obra-prima do diretor mexicano Alfonso Cuarón, responsável pelo elogiadíssimo ‘Gravidade’. Vencedor do prestigioso Leão de Ouro no Festival de Veneza, o filme é a aposta da Netflix para levar o Globo de Ouro e o Oscar. A obra é um retrato nostálgico do México do passado (incluindo alguns elementos autobiográficos do diretor), oferecendo um olhar crítico da desigualdade e o machismo que, até hoje, afetam a sociedade mexicana (e a latino-americana, em geral). Uma joia de imensa beleza visual e narrativa que você não pode perder.
Drama

Deception
Adaptação do romance ‘Deception’ do escritor Phillip Roth, esta é versão francesa do diretor Arnaud Desplechin e fez parte da seleção do Festival de Cannes 2021. O filme segue Phillip (Denis Podalydès), um escritor americano que vive em Londres (que só fala francês) e seus relacionamentos com diversas mulheres. Contracenando com ele temos Léa Seydoux, que dá vida a uma inglesa casada, descontente com o relacionamento, e que tem um caso com o escritor. À medida que conhecemos cada uma das mulheres, fica claro que elas são apenas corpos que usamos para atrair o ego do personagem central, dono de uma total falta de consciência de seus maus tratos, o que é desconcertante. A trama ainda discute sexismo e misoginia de uma forma deveras problemática. É palatável dizer que essa é uma adaptação pretensiosa que reduz totalmente as personagens femininas ao sofrimento, mulheres irracionais que procuram um homem para serem salvas. A atuação de Seydoux é um motivo para assistir ao filme, mas mesmo isso não pode salvar um roteiro que usa a misoginia como fio condutor.

Pureza
Baseado na história real de Pureza Lopes Loyola, uma mãe que fez o possível e o impossível para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo. No filme, Dira Paes dá vida a essa mulher real e faz um trabalho delicado, potente e bonito. Com direção de Renato Barbieri (‘Cora Coralina: Todas as Vidas’), consegue construir bem está cinebiografia, com a dose necessária de emoção e desenvolvimento dos personagens. ‘Pureza’ tem uma fotografia belíssima, que destaca o poder da floresta amazônica. Sem dúvida, temos aqui uma história que merece ser conhecida.

Mentes Extraordinárias
Alexandre Jollien é um filósofo e escritor suíço que, quando nasceu, passou por um problema: o cordão umbilical enroscou em seu pescoço e, por conta desse estrangulamento, teve paralisia cerebral. Dos três aos vinte anos, viveu em uma instituição especializada para deficientes até que entrou na universidade para obter uma licenciatura em letras e, depois, um mestrado em filosofia. Em 2022, ele é o protagonista absoluto do bonito ‘Mentes Extraordinárias’. O longa-metragem conta a história de Louis (Bernard Campan), um agente funerário que atropela Igor (Jollien), um rapaz esforçado e com deficiência mental. Esse acidente une os dois em uma viagem à França adentro. É um típico road movie, que se vale da movimentação em uma estrada (ou qualquer outra coisa equivalente), para desenvolver os personagens e, acima de tudo, a relação entre pessoas -- neste caso, os diferentes Igor e Louis. ‘Mentes Extraordinárias’ já começa com o pé direito, colocando um deficiente mental no papel de um deficiente mental. Não é como ‘A Teoria de Tudo’, por exemplo, que coloca um ator que não entende a força e os desafios de uma deficiência. A direção do filme, que é assinada pelos dois protagonistas Bernard e Jollien, abraça a diversidade e coloca o longa-metragem em outra prateleira. Há diversidade, há respeito e inclusão, em um filme que também acerta na emoção, na beleza e na poesia.

A Felicidade das Coisas
Paula é uma mulher chegando na casa dos 40 anos e que tem um sonho: construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia, na cidade de Caraguatatuba, no interior de São Paulo. Esse sonho, em conjunto com esse cenário inesperado da cidade litorânea e uma relação conturbada com a família no momento, se tornam o motor de ‘A Felicidade das Coisas’. Facilmente relacionável com ‘Benzinho’, não só pela piscina, mas também pelos sonhos de uma classe média brasileira típica, o longa-metragem de estreia de Thais Fujinaga traz memórias, nostalgias e sonhos, realizados ou não, que falam muito sobre a própria realizadora, mas que podem ser facilmente identificáveis pelo público – que não necessariamente queria uma piscina na casa de praia, mas que sonhava em encontrar a felicidade nas coisas. Bom filme de estreia de Thais, que traz mais um olhar apurado sobre a vida dos brasileiros indo para além das grandes cidades e centros urbanos do país.
