Trailer
Sinopse
Por mais de uma década, os pais Andy e Vicky estão fugindo, desesperados para esconder sua filha Charlie de uma agência federal sombria que quer aproveitar seu dom sem precedentes para criar fogo em uma arma de destruição em massa. Andy ensinou Charlie como desarmar seu poder, que é desencadeado pela raiva ou pela dor. Mas quando Charlie faz 11 anos, o fogo fica cada vez mais difícil de controlar. Depois que um incidente revela a localização da família, um agente misterioso é enviado para caçar a família e capturar Charlie de uma vez por todas. Charlie tem outros planos.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Lá pelos idos de 1980, Stephen King não estava bem. O autor norte-americano estava passando pelo período mais turbulento de sua vida, abusando de álcool e drogas pesadas -- não à toa, o autor já contou, em seu livro ‘Sobre a Escrita’, que a década é um borrão. Não se lembra sequer dos livros que escreveu. São obras como ‘Cujo’, ‘Christine’, ‘O Cemitério’, ‘It: A Coisa’ e, justamente, ‘A Incendiária’, obra adaptada em ‘Chamas da Vingança’. O filme, que tem uma outra versão de 1984, conta a história de uma garotinha (Ryan Kiera Armstrong) que, tal qual uma mutante do universo de X-Men, tem o poder de criar fogo. É, como diz o título do livro em português, uma incendiária. Os pais (Zac Efron e Sydney Lemmon) fazem de tudo pra tentar impedir que a criança se machuque ou machuque os outros ao redor. Mas não adianta: ela está crescendo e, aos poucos, perdendo a capacidade de controlar esse dom tão poderoso. É uma trama simples e que adapta fielmente o livro de King -- e é esse o problema. Nessa época em que estava mergulhado no vício, ele teve uma carreira extremamente irregular. Há livros brilhantes, como ‘It: A Coisa’, e outros sem muita força e sem história, como ‘A Hora do Lobisomem’ e ‘A Incendiária’. Não é um livro ruim, mas peca em ser muito corrido (127 páginas!) e por não ter um arco dramático muito bem definido. No entanto, há um acerto evidente em ‘Chamas da Vingança’ e que deve empolgar os fãs do terror do cinema dos anos 1980: o diretor Keith Thomas (‘The Vigil’) traz, sempre que pode, um ar kitsch para a produção, bem oitentista, e que é reforçado pela trilha sonora brilhante assinada, dentre outros, por John Carpenter. Poderia ser melhor? Sem dúvidas. Poderia assustar mais, emocionar mais. Mas, desse jeito, ‘Chamas da Vingança’ parece uma cápsula no tempo que, dá para arriscar, pode se tornar cult com as décadas -- assim como aconteceu com o filme com Drew Barrymore.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Suspense

As Verdades
Ryûnosuke Akutagawa escreveu, na década de 1920, dois textos que impactaram significativamente a literatura: ‘Dentro do Bosque’ e ‘Rashomon’. Foi o autor japonês que trouxe as histórias de versões, em que um mesmo fato é contado a partir de diferentes perspectivas -- o que inspirou o clássico Rashomon nos cinemas. ‘As Verdades’ embarca justamente nesse formato. Dirigido por José Eduardo Belmonte (‘Alemão 2’), o longa conta a história de um crime cometido em um pequeno município baiano. É o primeiro caso de Josué (Lázaro Ramos), um delegado recém-chegado na cidade. Depois disso, essa história é contada de pontos de vista diferentes, dos três personagens presentes no momento do crime: Cícero (Thomas Aquino), o matador de aluguel; Francisca (Bianca Bin), a noiva da vítima; e o próprio Vladmir (ZéCarlos Machado). A partir disso, José Eduardo Belmonte constrói um interessante quebra-cabeça em que, em última instância, fala sobre o crime. Só que em camadas mais profundas, há aqui uma história muito potente sobre violência contra mulher. Com boa atuação de Bin (‘Canastra Suja’), há a reflexão sobre como a sociedade encara esse tipo de violência e, é claro, como a vítima é desacreditada com "várias verdades".
Aparências
Ève e Henri parecem ser o casal perfeito da alta sociedade até que ela descobre uma traição. Em um impulso vingativo, ela passa a noite com um jovem que começa a persegui-la. Agora ela fará de tudo para recuperar o controle e manter as aparências.

Colisão
'Colisão’ é dirigido pelo multipremiado cineasta francês Fabien Martorell, que estrutura um emocionante thriller do emergente cinema sul-africano, e promete manter o espectador na ponta da cadeira para descobrir o motivo de a liberdade sempre ter um preço. A história se passa em Joanesburgo, com um empresário corrupto que enfrenta um mafioso criminoso para salvar sua filha. O filme tem sido descrito pelo próprio diretor como uma história intensamente emocional e complexa, com personagens de diferentes linhas raciais e culturais mas que, por sua vez, explora temas universais, usando edição acelerada e fotografia visualmente poderosa que promete interessar a todo tipo de público.
